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Estudo usa smartwatch e celular para entender a doença de Parkinson

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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DragonImages/Envato Elements
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No Reino Unido, pesquisadores da Universidade de Oxford testam uma forma inédita de acompanhar e estudar a evolução da doença de Parkinson: o uso de tecnologias vestíveis. A partir de um smartwatch e um celular, cada paciente é acompanhado diariamente. A expectativa é que seja possível captar detalhes sutis da doença e que, no futuro, isso ajude no desenvolvimento de técnicas para o diagnóstico precoce da condição.

Durante o estudo de Oxford, a equipe de pesquisadores acompanha os voluntários através de teleconsultas e configura os aparelhos remotamente. Pelo menos uma vez por mês, cada participante deve realizar uma série de atividades pré-definidas, com todos os dispositivos ajustados, como testes de reação e alguns exercícios cognitivos.

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Como o Parkinson afeta o corpo?

Vale explicar que a doença de Parkinson é uma condição neurológica progressiva, ou seja, sua evolução é gradual. Entre os principais sintomas, estão:

  • Tremores e agitação das mãos;
  • Lentidão de movimentos;
  • Rigidez muscular.

Até onde se sabe, os sintomas deste tipo de demência começam a aparecer quando não há dopamina química suficiente no cérebro para controlar o movimento de forma adequada. Isso acontece porque as células nervosas (neurônios) que seriam responsáveis pela produção morreram e, neste ponto, a condição se torna irreversível. Atualmente, os tratamentos disponíveis buscam retardar o avanço da doença.

Como os tremores e sintomas são estudados hoje?

Para monitorar a evolução de um caso de Parkinson, os médicos avaliam os sintomas a partir de uma “escala de classificação clínica”. De forma geral, isso se baseia na impressão subjetiva do próprio clínico sobre a condição da pessoa e depende de visitas regulares do paciente para a análise médica.

Durante os exames de acompanhamento, os médicos podem identificar algumas anormalidades na velocidade e coordenação dos movimentos rápidos dos olhos e das mãos, por exemplo. Nestas sessões, também são avaliados o desempenho cognitivo do paciente em algumas atividades. Só que, hoje, isso ocorre apenas em ambientes controlados, como clínicas e hospitais.

Além disso, outra dificuldade é que os sintomas de Parkinson flutuam ao longo do dia e de um dia para o outro. Em outras palavras, a pessoa pode ir para a consulta em um dia bom e ter uma falsa análise da evolução do seu quadro.

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A ideia é que o uso das tecnologias vestíveis, como um celular ou um smartwatch, permitam a captura de dados do Parkinson mais reais e de difícil obtenção, como detalhes que são somente percebidos em momentos de descontração, em casa ou com familiares.

Fonte: Universidade de Oxford