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Estudante de 14 anos cria sabonete que trata câncer de pele

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Simbiothy/Envato
Simbiothy/Envato

Um adolescente ainda cursando o ensino médio recebeu o prêmio de Melhor Jovem Cientista dos Estados Unidos pelo desenvolvimento de um sabonete que atua no tratamento de melanoma, tipo de câncer de pele que está entre os mais comuns do mundo. Nos EUA, são 100.000 casos diagnosticados todos os anos, com cerca de 8.000 mortes no mesmo período — no Brasil, desde 2020, foram diagnosticados cerca de 8.450 novos casos anualmente.

O jovem em questão é Heman Bekele, de apenas 14 anos, do estado americano da Virgínia, e competiu com outros nove finalistas pelo prêmio. Na inscrição, ele escreveu: “Curando câncer, uma barra de sabonete por vez. [...] Sempre me interessei por biologia e tecnologia, e esse desafio me deu a plataforma perfeita para demonstrar minhas ideias”.

Como funciona o sabonete anti-câncer?

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Segundo a ideia de Bekele, o sabonete que trata o câncer seria fabricado com compostos que reativam as células dendríticas, elementos que protegem a pele humana. Com isso, o tecido conseguiria juntar forças para enfrentar as células cancerosas. O desafio é realizado pela empresa 3M, em parceria com a Discovery Education. Em um vídeo para a companhia, o rapaz afirmou acreditar que mentes jovens podem trazer um impacto positivo para o mundo.

Bekele ainda diz que a ideia veio da sua vida na Etiópia, onde passou os primeiros quatro anos de vida. Ao Washington Post, ele conta que via pessoas trabalhando sob o sol escaldante todos os dias. Seu plano então, seria fazer algo que seria interessante do ponto de vista científico, mas também acessível para a maior quantidade de pessoas possível.

A mentora do adolescente na 3M, Deborah Isabelle, o descreveu ao mesmo jornal como alguém “focado em tornar o mundo um lugar melhor para pessoas que ele nunca necessariamente conheceu”. Após receber seu prêmio, Bekele disse ao painel julgador que “espera transformar o sabonete em um símbolo de esperança, acessibilidade e de um mundo onde o tratamento para câncer de pele está ao alcance de todos.” Você pode ver o vídeo de inscrição dele logo abaixo:

Segundo informações da Sociedade Americana Contra o Câncer, a pele é o tecido mais comumente afetado pela doença, com o melanoma representando apenas 1% dos casos desse tipo de câncer, mas causando a maioria das mortes.

Segundo a organização, as taxas de melanoma têm crescido muito nas últimas décadas, especialmente nas mulheres acima de 50 anos, sendo mais de 20 vezes mais comum em pessoas de pele branca do que nas de pele negra. Por conta de avanços nas tecnologias de tratamento, no entanto, a taxa de mortalidade por melanomas tem diminuído.

Fonte: American Cancer Society, Oncoguia com informações de The Washington Post