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Escolas deveriam manter uso de máscaras, segundo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Maio de 2022 às 15h20

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AnnaStills/Envato
AnnaStills/Envato

Um estudo preliminar da plataforma arXiv ressaltou a importância de se usar máscara na escola, mesmo durante essa fase da pandemia de covid-19 em que o item deixou de ser obrigatório em diversos territórios. O artigo, conduzido por pesquisadores da FAPESP, lança luz sobre a redução nos níveis de transmissão da doença em escolas que aderem ao equipamento.

No entanto, o projeto se concentra na diferença entre o uso de máscaras consideradas de alta qualidade, como a N95 e a PFF2, algo que pode manter baixos os níveis de transmissão da covid-19 nas escolas até mesmo em cidades com baixa taxa de vacinação. Por outro lado, nos casos em que ninguém usa máscaras, variantes como a ômicron poderiam infectar até 80% dos alunos.

Segundo o artigo, em comparação com o cenário com as escolas fechadas (como aconteceu durante boa parte da pandemia, com os alunos estudando via EAD), um contexto onde os alunos usam máscaras como N95 ou PFF2, a transmissão de covid-19 é três vezes maior. Já o uso de consideradas de má qualidade — como as de pano — implica em uma transmissão cinco vezes maior.

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Máscaras recomendáveis x não recomendáveis

As máscaras N95, PFF2 e FFP2 são aquelas aprovadas por um órgão regulador nos Estados Unidos, no Brasil ou na Europa, respectivamente. Os três tipos de máscaras precisaram mostrar uma eficiência mínima de filtragem de partículas de 94%. Para se ter uma ideia, esses equipamentos de proteção individual (EPIs) podem ser reconhecidos tanto como máscara de proteção respiratória quanto respiradores para riscos biológicos.

Enquanto isso, as máscaras de pano ou cirúrgicas podem não fornecer a proteção necessária contra a variante, conforme especialistas já apontaram anteriormente.

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Uso de máscara nas escolas

Para conduzir esse cálculo sobre o uso de máscara na sala de aula, os cientistas usaram dados epidemiológicos da covid-19, fornecidos pelas secretarias de saúde e de educação e informações de estudos anteriores sobre a transmissão do SARS-CoV-2. Os autores simularam essa transmissão em cidades pequenas e grandes, e os resultados foram semelhantes nos dois cenários.

O estudo ainda traz a informção de que diminuir o número de alunos por turma não impede o vírus de se espalhar, e faz alerta para as salas que usam ar-condicionado, tornando a troca de ar muito baixa. Além do uso de máscara nas escolas, medidas como isolamento de estudantes e profissionais de educação expostos ao vírus, vacinação de grupos de risco e monitoramento de casos contribuem para a diminuição de novas infecções.

Fonte: arXiv, Agência FAPESP