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Máscaras ou não? Fiocruz explica riscos de flexibilizar medidas contra covid

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Março de 2022 às 15h30

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Twenty20photos/Envato Elements
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Estados e capitais brasileiras flexibilizam a obrigatoriedade do uso de máscaras contra a covid-19. Por exemplo, no estado de São Paulo e na cidade do Rio de Janeiro, o item de proteção não é mais obrigatório em ambientes fechados. Diante do atual cenário epidemiológico do país, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para os possíveis riscos de uma nova onda, como ocorre na Europa e na Ásia.

"O contexto atual da pandemia no mundo requer atenção", aponta o Observatório Covid-19 da Fiocruz, em nota técnica divulgada na quarta-feira (16). Embora haja grande expectativa por transformar a pandemia em uma endemia, a decisão deve ser melhor analisada. "Observa-se recentemente uma alta da covid em países da Europa e da Ásia, o que deve ser encarado como um alerta para o Brasil", explica.

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"Este cenário [de aumento de casos da covid-19] se dá mesmo em países com maior cobertura vacinal, e o momento no Brasil é de flexibilização do uso de máscaras, segundo diferentes critérios e estratégias de liberação (incluindo a forma e os locais, abertos e/ou fechados, com/sem aglomeração)", complementa a rede sobre a necessidade de cautela.

Máscaras e outras flexibilizações

Em paralelo, outros fatores podem levar a um novo aumento de casos do coronavírus SARS-CoV-2, como a estagnação da vacinação — a porcentagem da população imunizada não cresce mais. Este já é o caso brasileiro, onde a imunização de crianças e adolescentes não decolou, segundo a Fiocruz. "Sem o devido cuidado, ainda pesa o risco e novas ondas e mesmo o surgimento de novas variantes", reforça o documento.

Para completar o cenário que favorece o surgimento de uma nova onda da covid, está o cansaço. "A exaustão da população com o distanciamento físico tem feito as pessoas voltarem às suas atividades cotidianas. Sem a devida proteção (uso de máscaras e vacinação em dia), a reunião de pessoas de forma descontrolada pode ser o estopim para novo aumento da transmissão e ocorrência de surtos", explica.

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"A experiência de outros países que flexibilizaram o uso de máscaras em cenários de cobertura vacinal abaixo de 90% pode servir de alerta para que o Brasil não incorra no mesmo erro", completa a Fiocruz sobre os atuais riscos que o país corre no enfrentamento da pandemia.

Cobertura vacinal já foi atingida?

No dia 11 de março, o Observatório Covid-19 da Fiocruz divulgou um boletim epidemiológico, em que também defendia a importância do uso das máscaras, enquanto a cobertura da vacinação não alcança o patamar ideal.

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"A vacinação por si só não é suficiente para controlar a pandemia e prevenir mortes e sofrimento; é fundamental que se mantenha um conjunto de medidas combinadas até que o patamar adequado de cobertura vacinal da população alvo seja alcançado", defende a fundação.

"As incertezas envolvidas nesse processo pandêmico valorizam ainda mais sua utilização [das máscaras], assim como a perda de eficácia das vacinas, com o declínio da imunidade e o surgimento de novas variantes, como é o caso da crescente transmissibilidade do vírus com as variantes Ômicron e Delta", reforça a Fiocruz.

Segundo o Consórcio de veículos de imprensa, 73,8% da população brasileira recebeu as duas doses da vacina ou um imunizante de dose única contra a covid-19, o que equivale a 158,5 milhões de pessoas. Quando se analisa os dados da dose de reforço, a cobertura vacinal é de 33,2% da população, ou seja, 71,3 milhões de pessoas.

Fonte: G1 e Observatório Covid-19 da Fiocruz (1) e (2)