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Dieta do mediterrâneo "rejuvenesce" o cérebro em até 9 meses, diz estudo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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its_al_dente/envato
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A dieta do mediterrâneo pode ser uma estratégia eficaz para rejuvenescer a idade do cérebro em até nove meses. É o que revela um novo estudo internacional, após investigar os impactos de uma alimentação repleta de vegetais frescos, peixes, grãos integrais e quase nada de alimentos processados ou ultraprocessados na saúde humana.

O interessante é que o experimento se baseia em um processo de reeducação alimentar. Diferente das dietas com começo, meio e fim, os cientistas estudaram os efeitos da dieta mediterrânea após 18 meses — é um ano e meio de mudanças alimentares. Além disso, foi proposto que os voluntários praticassem regularmente atividades físicas e passassem por consultas com nutricionista.

Pensando ainda no estudo clínico Direct Plus, é importante destacar que foram recrutados apenas indivíduos com obesidade. A condição não foi definida a partir do Índice de Massa Corporal (IMC), mas pela circunferência abdominal e pela dislipidemia (alta concentração de açúcares no sangue). A idade média era de 30 anos. Isso significa que, em pessoas com perfis diferentes, o impacto da dieta deve ser melhor avaliado no futuro.

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Entenda como fazer a dieta mediterrânea

Para entender, a dieta mediterrânea é baseada na forma como alguns povos europeus se alimentam, como os gregos e os italianos, ligados ao Mar Mediterrâneo. Nesses casos, dietas com alimentos frescos são privilegiados em detrimento de comidas processadas ou enlatadas e produtos com altas concentrações de açúcar.

De forma geral, esses indivíduos naturalmente consomem:

  • Frutas;
  • Legumes;
  • Verduras;
  • Cereais e grãos integrais;
  • Oleaginosas, como nozes e amêndoas;
  • Gorduras boas, como azeite de oliva;
  • Pão;
  • Frutos do mar;
  • Peixes, associados com boas concentrações de Ômega 3;
  • Leites e queijos;
  • Um pouco de vinho;
  • Carne branca, como o frango;
  • Carne vermelha apenas em pequenas porções.

Aqui, é preciso destacar que a dieta mediterrânea se diferencia da dieta cetogênica, conhecida por privilegiar o consumo de proteínas, através de muita carne vermelha. Também diverge da dieta low carb (baixas calorias), marcada pela intenção de consumir pouco carboidrato.

Calorias diárias na dieta do mediterrâneo

Dentro da alimentação proposta no estudo, os pesquisadores consideravam que os homens poderiam idealmente consumir de 1.500 a 1.800 kcal/dia. Enquanto isso, as mulheres ingeriam de 1.200 a 1.400 kcal/dia. Para alguns indivíduos, a dieta incluía adicionalmente uma alta quantidade de nozes: 28 g/dia. Vale apontar que alguns aplicativos gratuitos ajudam a fazer essa contagem diária de calorias.

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Dieta do mediterrâneo rejuvenesce o cérebro

No estudo internacional, os pesquisadores recrutaram 102 pessoas com obesidade que adotaram algum tipo de dieta do mediterrâneo por 18 meses. Todos os voluntários realizaram uma varredura cerebral no começo e no fim do experimento, com o objetivo de medir a “idade do cérebro”. Outros marcadores de saúde foram acompanhados, como a saúde do fígado.

Dentro do período do estudo, os voluntários perderam, em média, 2,3 kg. Segundo o estudo, publicado na revista científica eLife, para cada 1% do peso corporal perdido, os cérebros dos usuários rejuvenescerem em até nove meses, como era possível medir através dos biomarcadores estabelecidos. Além disso, foi identificada a redução da gordura hepática na maioria dos participantes.

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“Nosso estudo destaca a importância de um estilo de vida saudável, incluindo o baixo consumo de alimentos processados, doces e bebidas, na manutenção da saúde do cérebro”, afirma Gidon Levakov, da Universidade Ben-Gurion do Negev, de Israel, em comunicado.

Fonte: Jornal da USPeLife e BGU