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COVID | OMS cogita infectar jovens saudáveis ​​para acelerar testes de vacinas

Por| 07 de Dezembro de 2020 às 17h45

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Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Fernando Zhiminaicela/Pixabay

A vacina contra a COVID-19 tem sido a maior aposta de instituições e empresas privadas como uma forma de vencer a pandemia. Dito isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está investindo em um método de aceleração dos testes dessas vacinas que desperta a atenção. Acontece que nesta segunda (7), a agência especializada em saúde divulgou que está cogitando a viabilidade de testes em jovens voluntários saudáveis que ​​aceitem ser deliberadamente infectados com a COVID-19 para acelerar o desenvolvimento da vacina.

A questão tem sido responsável por uma verdadeira divisão de opiniões, por parte dos especialistas. De um lado, ficam com um pé atrás quanto a expor voluntários a um vírus para o qual não há cura, embora existam tratamentos que podem ajudar os pacientes. Do outro lado, cientistas argumentam que os riscos para os jovens e saudáveis ​​são mínimos e os benefícios para a sociedade são altos.

A reunião se concentra na revisão dos planos existentes para testes com desafios humanos e na discussão de questões técnicas associadas, e não inclui grupos que representem participantes de pesquisas ou membros do público. Durante uma declaração ao britânico The Guardian, a OMS disse que a reunião era uma consulta técnica focada em especialistas científicos e que essas reuniões não eram geralmente abertas ao público, mas que futuras reuniões poderiam incluir a participação civil.

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O grupo pode incluir representantes do Wellcome Trust, da Fundação Bill & Melinda Gates, do National Institutes of Health dos Estados Unidos e da Food and Drug Administration (FDA), uma agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.

Testes de desafio

Os testes de desafio têm esse nome sob o argumento do corpo ser intencionalmente "desafiado" com uma exposição direta ao vírus para verificar se um tratamento específico impede alguém de contrair a doença. Esses testes têm o potencial de produzir resultados mais rapidamente do que os testes de vacinas convencionais, nos quais os pesquisadores devem esperar que os participantes sejam infectados no mundo real. Também podem ser usados ​​para comparar várias vacinas candidatas, desenvolver tratamentos e reunir dados sobre as consequências imediatas da infecção, o que seria difícil de outra forma. Segundo os defensores dos testes de desafio, ainda há mérito em conduzi-los, apesar dos novos dados da vacina.

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Mesmo que um teste de desafio para a COVID-19 seja aprovado, não há garantia de que levará a um desenvolvimento mais rápido da vacina. Em julho, Christine Grady, chefe do Departamento de Bioética do Instituto Nacional de Saúde, dos EUA, disse que essa questão ainda não está clara. Já Paul Offit, pediatra e diretor do Centro de Educação de Vacinas do Hospital Infantil da Filadélfia, afirmou: “É preciso ter a dose certa. E para obter a dose certa, é necessário fazer esses mini-desafios. Eu não acho que isso vai acontecer".

Fonte: The Guardian