Covid: EUA autorizam dose de reforço da vacina para crianças de 5 a 11 anos
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
Nos Estados Unidos, doses de reforço da vacina da Pfizer contra a covid-19 poderão ser aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. A medida foi anunciada, nesta terça-feira (17), pela agência Food and Drug Administration (FDA), responsável por regulamentar o uso de medicamentos e de imunizantes no país.
- Covid: nenhuma criança ou adolescente morreu em decorrência da vacina no Brasil
- Por que a Ômicron aumenta o número de internações de crianças no hospital?
O intervalo entre a segunda dose da vacina da Pfizer e o reforço deve ser, no mínimo, de cinco meses, segundo a decisão da FDA. Diante do anúncio, as crianças aptas já podem receber a terceira dose do imunizante contra a covid-19, independente de terem alguma comorbidade ou não. Anteriormente, uma medida também estabeleceu adolescentes com 12 anos ou mais recebessem a dose extra.
Em comunicado, o comissário da FDA, Robert M. Califf, lembrou que o número de crianças que adoeceram e foram hospitalizadas cresceu nos EUA, com a chegada da variante Ômicron (BA.1) e de suas subvariantes. Neste cenário, manter a vacinação em dia reduz o risco de complicações para a saúde dos mais jovens.
Dose de reforço da vacina em crianças
“Desde a autorização da vacina para crianças com 5 anos em outubro de 2021, dados emergentes sugerem que a eficácia da vacina contra a covid-19 diminui após a segunda dose em todas as populações autorizadas", explica Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA.
Com a redução natural da imunidade, Marks afirma que "os benefícios conhecidos e potenciais de uma única dose de reforço da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, aplicada pelo menos cinco meses após a conclusão de uma série primária, superam seus riscos conhecidos e potenciais".
Durante a análise para a aprovação da dose de reforço em crianças, a FDA concluiu, através dos dados fornecidos pelos estudos clínicos, que "o nível de anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2 um mês após a dose de reforço foi aumentado em comparação com o de antes da dose de reforço". A descoberta justifica a nova dose, segundo os responsáveis.
Efeitos colaterais?
Na questão dos efeitos colaterais, o reforço da vacina apresentou os mesmos que já foram conhecidos e relatados nas etapas anteriores da vacinação. A seguir, confira quais foram os mais comuns, segundo a FDA:
- Dor no local da aplicação;
- Vermelhidão e inchaço no local da aplicação;
- Fadiga;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares ou articulares ;
- Febre.
“A vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenir a covid-19 e suas graves consequências, e é segura", completa o comissário Cliff sobre a importância de pais e responsáveis levaram as crianças para se imunizarem.
Fonte: FDA