Covid em SP: comitê de saúde volta a recomendar máscaras em locais fechados
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
O Comitê de Medidas de Vigilância em Saúde do Governo de São Paulo volta a recomendar, desde terça-feira (31), o uso de máscaras em ambientes fechados para evitar o risco de transmissão da covid-19. A medida é apenas orientativa e o equipamento de proteção não deve voltar a ser obrigatório no estado, mas pode ser uma importante medida contra o aumento de 120% nos casos de internação em decorrência do coronavírus SARS-CoV-2.
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Além disso, a equipe de cientistas orienta que pessoas do grupo de risco, como aquelas que têm comorbidades ou são imunossuprimidos, devem retomar o uso de máscaras mesmo em ambientes abertos. O grupo também reforça a importância das pessoas completaram o esquema de vacinação, principalmente entre as crianças e adolescentes.
Máscaras voltam a ser obrigatórias em SP?
"O Comitê recomendou o retorno do uso de máscaras em estabelecimentos fechados sem caráter obrigatório, não modificando a legislação vigente em São Paulo da utilização apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo", afirmou o governo de SP, em comunicado.
"A medida não será retomada frente aos índices que, a despeito de terem elevado, ainda estão muito distantes daquilo que nós tivemos no pico causado pela variante Ômicron do coronavírus, no início de 2022. Na ocasião, nós tínhamos quase 11,3 mil pessoas internadas, sendo 4,1 mil em UTIs", explicou o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, para a rádio CBN.
Apesar do caráter orientativo da medida, as prefeituras poderão transformar a orientação em decreto, o que poderia tornar as máscaras novamente obrigatórias em ambientes com menor circulação de ar.
Alta de casos da covid
No momento, o estado de SP encara o aumento de casos em decorrência da covid-19. Na 20ª Semana Epidemiológica, entre os dias 15 e 21 de maio, foram 18.353 casos da infecção. Passada uma semana, entre os dias 22 e 28 de maio, o total quase dobrou, chegando a 33.810. No momento, o número de óbitos é estável, com uma média de 39 notificações por dia.
"Atrasados" da vacinação
No estado, cerca de 2,7 milhões de pessoas não voltaram para receber a segunda dose da vacina contra a covid-19. Segundo as autoridades do governo, a maior parte do grupo é composto por crianças e jovens de 5 a 17 anos, que somam 1,2 milhão de "atrasados".
Além disso, outras 10 milhões de pessoas não voltaram aos postos para receber a terceira dose da vacina. Esta é uma importante proteção contra as novas mutações do coronavírus, como a variante Ômicron e sua subvariantes. Por fim, outros 3,3 milhões de indivíduos podem receber a quarta dose, mas ainda não se imunizaram.
Fonte: Radio CBN, Agência Brasil e G1