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Quando e onde o risco de pegar covid é maior?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Dolgachov/Envato Elements
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Com o avanço da vacinação contra a covid-19, alguns países decretaram o fim das medidas obrigatórias que buscavam impedir a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 ou ainda flexibilizaram estas as medidas. Para descobrir os riscos que cada indivíduo corre de se infectar, pesquisadores criaram um ranking de situações mais ou menos perigosas.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, máscaras deixaram de ser obrigatórias em ambientes fechados. No entanto, o vírus ainda circula e pode ser fatal. Por isso, é preciso calcular os riscos individuais de cada situação. Por exemplo, vale jantar em um ambiente sem circulação adequada de ar ou tirar as máscaras dentro do cinema? Será que ainda pode ser necessário usar o item de proteção na academia, mas tirá-lo ao ar livre?

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Publicado na revista científica Environmental Science & Technology, o novo estudo analisa todas essas variantes e ajuda a compreender as melhores formas de se proteger contra o vírus da covid-19. A pesquisa foi liderada por cientistas de diferentes centros de estudo, como a Universidade do Colorado e a Universidade do Estado da Pensilvânia, ambas nos Estados Unidos.

Para comparar: os autores lembram que "o risco relativo de infecção pela covid-19 fica entre o de duas doenças transmitidas pelo ar e bem conhecidas: o sarampo (mais transmissível) e a tuberculose (menos transmissível)".

Covid-19 ainda é um risco?

Vale lembrar que a covid-19 ainda representa riscos para a saúde. Nas últimas 24 horas, o Brasil contabilizou 485 mortes em decorrência da infecção, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o país soma mais de 656 mil mortes.

Aqui, é também importante ressaltar que ser vacinado não impede que a pessoa seja infectada pelo coronavírus. Na verdade, a imunização reduz a gravidade da doença na maioria das pessoas, o que é um importante benefício ainda mais em uma pandemia.

Atualmente, a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 ainda não está controlada e as medidas (como máscaras) deixam de ser adotadas. Apesar da mortalidade ter caído desde o avanço da campanha de imunização, se milhares de pessoas são contaminadas todos os dias — nas últimas 24 horas, foram contabilizados 49 mil novos casos —, casos graves devem continuar a ocorrer e, eventualmente, óbitos.

Transmissão da covid-19

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Voltando ao estudo sobre o ranking de atividades de maior ou menor risco para a covid-19, os autores explicam que a principal forma de transmissão do vírus é através do ar. Então, a boa ventilação é elemento primordial para reduzir o risco de contrair a infecção. Por exemplo, em uma sala ou escritório, vale sempre abrir as janelas.

Outra curiosidade da pesquisa é que a contaminação pelo SARS-CoV-2 dificilmente ocorre a partir de um único contato com o agente infeccioso. Na verdade, as pessoas se contaminam porque permanecem expostas ao ar carregado de vírus durante minutos ou horas.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas consideraram as seguintes variantes:

  • Uso de máscaras ou não;
  • Taxa de ventilação dos ambientes;
  • Taxa de geração de aerossóis contendo vírus;
  • Taxa de fluxo respiratório;
  • Tempo de permanência em um único lugar;
  • Número de pessoas em um mesmo espaço.
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Um ponto importante é que a variante que, atualmente, predomina no Brasil é a Ômicron (BA.1), considerada mais transmissível que as outras cepas. "Observe que todos os surtos investigados aqui dizem respeito às variantes do início a meados de 2020 do SARS-CoV-2, e uma variante duas vezes mais contagiosa que essas deve reduzir os valores toleráveis ​​dos parâmetros", avisam os pesquisadores.

Ranking de atividades mais e menos perigosas

De forma resumida, o ranking revela que o ambiente mais perigoso para contrair a covid-19 é: um local com baixa circulação de ar, mas lotado de pessoas. O espaço também deve ter pessoas se exercitando (atividade física intensa), sem nenhum tipo de proteção, como máscaras. Por fim, a pessoa deve permanecer por horas no local. Neste cenário, uma pessoa contaminada tem uma possibilidade muito aumentada de transmitir o vírus para outras saudáveis, como em uma academia.

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Segundo o estudo, é melhor manter um contato breve com duas pessoas falando sem máscaras, do que conversar por horas, em uma sala sem circulação adequada de ar, com um grupo de indivíduos usando máscaras. Por isso, cada caso deve ser avaliado entre os seus potenciais riscos para a covid-19.

Fonte: Environmental Science & Technology