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Covid: como funcionará a vacinação de crianças no Brasil?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Janeiro de 2022 às 11h20

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No Brasil, as crianças representam o último grupo de brasileiros que ainda não receberam a vacinação contra a covid-19, mas isso deve mudar nos próximos dias — pelo menos para os que têm entre 5 e 11 anos. Estados e municípios já anunciam como vai funcionar a imunização dos menores com a vacina da Pfizer/BioNTech contra o coronavírus SARS-CoV-2.

"Atualmente, ao menos 39 países da Europa e 14 da América Latina, já autorizaram ou iniciaram a vacinação contra a covid-19 em menores de 12 anos", informa a Saúde. Nos próximos dias, o Brasil deve se somar a este grupo e ampliar os esforços para combater a pandemia e a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus.

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Quando vai começar a vacinação?

Nesta quinta-feira (13), chegou o primeiro lote da vacina da Pfizer para as crianças de 5 a 11 anos, contendo 1,2 milhão de doses. Agora, equipes técnicas analisam o lote para que a vacinação infantil seja iniciada a partir de sexta-feira (14).

Para o mês de janeiro, devem chegar, no total, 43, milhões de doses do imunizante, o que deve garantir a primeira dose para uma parcela significativa das crianças brasileiras. Vale lembrar que igual aos adultos e adolescentes, o esquema completo é duas doses.

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Como vai acontecer a vacinação de crianças?

Orientação do Ministério da Saúde

De acordo com a nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde, a vacinação de crianças deve priorizar, no primeiro momento, alguns grupos específicos. Gradualmente, o processo de imunização vai se estendendo para todos.

A seguir, confira a lista de prioridades da Saúde:

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  • Crianças com 5 a 11 anos com deficiência permanente ou com comorbidades — estas são as mesmas consideradas para os adultos;
  • Crianças indígenas e quilombolas;
  • Crianças que vivem em lares com pessoas com alto risco para evolução de casos graves da covid-19;
  • Crianças sem comorbidades, avançando por faixa etária (entre 10 e 11anos, entre 8 e 9 anos, entre 6 e 7 anos e com 5 anos).

Estados e municípios

A maioria dos estados afirmou que deve seguir o planejamento do Ministério da Saúde e deve começar a imunização pelas crianças que apresentam comorbidade e, em seguida, ampliarão para outros públicos, segundo levantamento da Folha de S. Paulo.

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No entanto, algumas exceções já foram anunciadas, como a de Goiás e do Rio de Janeiro. Os estados explicam que devem imunizar os menores de acordo com a faixa etária, por ordem decrescente, o que deve facilitar e acelerar a aplicação das doses, mas desconsidera, por exemplo, quem tem alguma condição de saúde que pode aumentar o risco de desenvolver formas graves da covid-19.

Essas variações acontecem porque a imunização segue a lógica do Sistema Único de Saúde (SUS), onde "estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas", segundo o Plano Nacional de Imunização (PNI).

Como cada estado e município pode adotar orientações diferentes para a imunização das crianças, é sempre importante checar, através das redes sociais, pelo site ou por telefone oficial, como a vacinação, de fato, ocorre em sua cidade.

Qual o intervalo entre as doses?

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De acordo com a Saúde, "o intervalo entre a primeira e segunda dose para este público [pediátrico] deverá ser de 8 semanas". Isso significa que as crianças estarão somente protegidas contra a covid-19 após receberem as duas doses da vacina da Pfizer. Para elas, não há previsão de doses de reforço no momento.

Segundo o parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, divulgado em dezembro de 2021, a orientação é "que a vacina contra covid-19 não seja administrada de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias". Em outras palavras, no dia que for tomar o imunizante, a criança deve recebê-lo exclusivamente.

Precisa de autorização dos pais?

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Sim, é necessário que os pais ou representantes legais estejam presentes, mas um termo assinado poderá ser usado em caso de ausência. "Os pais ou responsáveis devem estar presentes manifestando sua concordância com a vacinação. Em caso de ausência de pais ou responsáveis, a vacinação deverá ser autorizada por um termo de assentimento por escrito", explica a Saúde.

No caso de crianças com comorbidades, os responsáveis precisarão levar também algum documento que comprove a condição, como exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica.

Frasco da vacina infantil é diferente

Vale lembrar que a concentração da vacina usada em adultos é um pouco diferente da que será usada nas crianças com menos de 12 anos. Por exemplo, o imunizante para os mais novos é aplicado em duas doses de 0,2 mL (equivalente a 10 microgramas), com pelo menos 21 dias de intervalo. Para os mais velhos, a vacina é aplicada em doses de 0,3 mL.

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Além disso, a embalagem será diferente para evitar confusões na hora da aplicação. No caso dos menores de 12 anos, a tampa do frasco da vacina virá na cor laranja. Agora, para os mais velhos, a tampa é da cor roxa.

De acordo coma Anvisa, "as crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose, permaneçam com a dose pediátrica da vacina Comirnaty". Isso porque a segunda dose deve ser igual à primeira.

Fonte: Ministério da Saúde e Folha de S. Paulo