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Covid-19 pode atrofiar região frontal do cérebro, segundo pesquisa brasileira

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Março de 2022 às 13h30

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frender/envato
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O impacto da covid-19 no cérebro vem sendo um enigma desde o início da pandemia, decifrado pouco a pouco através de estudos. O mais recente foi o da Unicamp, que apontou que a doença pode causar uma atrofia na região frontal do cérebro, responsável pela atenção e pelo raciocínio.

No estudo, realizado no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, os pesquisadores realizaram 81 ressonâncias de pacientes com sintomas leves de covid-19. E mesmo que esses sintomas não tenham sido graves, os infectados relataram alguns sinais que chamaram a atenção dos especialistas:

  • Fadiga
  • Sonolência
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Disfunção cognitiva
  • Perda de memória
  • Falta de atenção
  • Dificuldade de linguagem
  • Redução da velocidade de processamento cerebral
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Os pesquisadores teorizam que as emoções se proliferam de forma anormal no cérebro das pessoas com covid-19, o que gera os sintomas de depressão e ansiedade. Além disso, apontam que as áreas do cérebro responsáveis pelo raciocínio e atenção trabalham de forma exagerada nesses pacientes.

Os envolvidos no projeto também investigaram o tecido cerebral de pessoas que morreram de covid-19 e descobriram que a doença afeta especialmente os astrócitos, células que dão sustentação aos neurônios. Logo, a doença causada pelo SARS-CoV-2 impacta diretamente o funcionamento deles. A teoria é que a infecção dos astrócitos produz um ambiente tóxico, o que pode até mesmo levar à morte dos neurônios.

Recentemente, cientistas da Columbia University (EUA) analisaram cérebros de pessoas que morreram por covid-19 e encontraram algumas alterações moleculares relacionadas ao Alzheimer. Na ocasião, mencionou-se que a resposta imune característica da covid-19 em sua forma grave causa inflamação no cérebro. Em outra ocasião, pesquisadores dos Países Baixos observaram que o vírus pode interagir com um dos marcadores do mal de Parkinson.

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O Canaltech já chegou a fazer um especial sobre o impacto da pandemia na saúde mental da população, ressaltando os efeitos neurológicos da doença.

Fonte: G1