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COVID-19 | Fim do isolamento pode causar estresse chamado "síndrome da cabana"
A pandemia tem gerado inúmeros impactos na população, e um deles diz respeito à saúde mental. Inclusive, já fizemos aqui no Canaltech um especial de duas partes justamente sobre essas consequências psicológicas da pandemia (você pode conferir a primeira parte aqui e a segunda parte aqui). No entanto, o fim do isolamento ou do distanciamento social pode causar em algumas pessoas um fenômeno que os psicólogos chamam de “síndrome da cabana”.
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Trata-se, basicamente, de um estresse adaptativo entre pessoas que possam passar por dificuldades emocionais ao ter que sair do estado de retiro em sua casa e voltar às atividades presenciais no trabalho, às compras no comércio, etc. Você já ouviu falar dessa expressão? Acontece que, diferente do pressuposto, a "síndrome da cabana" não é nova. Sua origem se dá no início do século XX, voltada a casos de pessoas que ficavam isoladas em períodos de nevasca no Hemisfério Norte e que depois tinham que retomar o convívio. Atualmente, ela diz respeito a trabalhadores que estão sempre afastados em razão do ofício.
Em entrevista à Agência Brasil, psicólogas de diferentes regiões do Brasil explicam que todo tipo de isolamento pode desencadear a síndrome, principalmente se é um período extenso e que está ligado ao medo, e que essa transição de sair do ambiente confortável, e controlado, para o mundo lá fora pode soar como uma coisa ameaçadora e assustadora, num cenário em que sair não é mais natural como antes.

Isso se dá principalmente porque, antes, as pessoas saíam de casa, estavam na rua e pronto, e agora não, têm que se preocupar com a máscara, têm que se preocupar em ter o distanciamento físico das pessoas. Para as pessoas com síndrome da cabana, a casa é o melhor lugar para estar, explicam as especialistas. A retomada das atividades pode ser pouco produtiva no momento inicial, e o recomendado é que as pessoas fiquem atentas aos sinais de ansiedade, medo e até pânico. Pode haver desconfortos como taquicardia, sudorese e dificuldade de dormir. O apetite pode mudar, desde a perda da fome até a ingestão de maior número de alimentos.
As psicólogas orientam que cada pessoa mensure o seu estresse adaptativo. Uma sugestão é sair de casa com alguém em quem confie, e que também se previna contra a COVID-19. Outra dica é ensaiar a saída, iniciando com uma descida até a portaria do prédio ou ao portão da casa. Depois, em outro momento, alguns passos na rua, e mais adiante, passeios maiores para restabelecer a confiança.
Fonte: Agência Brasil
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