Começa a campanha da vacina da gripe 2024; saiba quem pode tomar
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
Nesta segunda-feira (25), começa oficialmente a vacinação contra a gripe em todo o país. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a imunização gratuita é feita com a vacina trivalente, que protege contra três cepas diferentes do vírus influenza.
O início do período de vacinação coincide com a chegada do outono, estação do ano marcada pela alta incidência de doenças respiratórias, como a gripe, além de sinusites e resfriados.
A expectativa do Ministério da Saúde é imunizar 75 milhões de brasileiros, através da campanha da vacina da gripe de 2024. Isso equivale aproximadamente a 35% da população. Quem está fora deste grupo também pode se imunizar — nas clínicas privadas ou a partir das doses remanescentes, que costumam ser distribuídas para todos após o mês de maio.
Quem pode tomar a vacina da gripe?
Anualmente, entre 5% a 10% da população mundial é infectada pelo vírus da gripe, independente da faixa etária, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar do alto número de infecções, apenas alguns grupos correm mais risco de desenvolver formas graves, incluindo pneumonias e necessidade de hospitalização.
É com base neste risco estimado de complicações que o Ministério da Saúde define os grupos prioritário para a vacina da gripe, o que inclu:
- Bebês de seis meses e crianças com até 6 anos;
- Profissionais da Saúde;
- Gestantes e puérperas;
- Idosos com mais de 60 anos;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e imunossuprimidos, independentemente da idade;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas, entre 12 e 21 anos.
Vale observar que cada cidade tem um calendário próprio para a aplicação das doses da vacina da gripe. Por exemplo, no município de São Paulo, hoje, o foco são crianças, idosos e portadores de doenças crônicas, mas ainda não autoriza a aplicação das doses nos profissionais de saúde — isto só acontecerá a partir do dia primeiro de abril. Então, vale checar a agenda de sua região, antes de ir até uma UBS.
Pode tomar vacina da gripe gripado?
Para receber a vacina da gripe, a pessoa precisa estar saudável, sem sintomas gripais, dor no corpo ou febre. Entre outras coisas, isso impede que o quadro seja confundido com possíveis reações adversas da vacina. A imunização pode ocorrer normalmente, após a melhora.
Reação da vacina da influenza
Em nota técnica, a Sociedade Brasileira de Imunologia (Sbim) esclarece que todas as vacinas Influenza são inativadas, ou seja, são compostas pelo vírus “morto” e não têm a capacidade de causar a doença. As reações adversas mais comuns são:
- Dor e vermelhidão no local da aplicação;
- Febre;
- Mal-estar;
- Dor muscular.
Na maioria dos casos, as reações desaparecem antes das primeiras 48 horas. Se elas durarem mais tempo, vale buscar a orientação de um profissional de saúde. “Reações anafiláticas são extremamente raras”, destaca a Sbim.
Importância da vacinação da gripe
“A dengue é o mais grave problema de saúde pública que temos hoje, mas não é o único", lembrou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva de imprensa, na última quarta-feira (20). "Nós não queremos descuidar das outras doenças”, como a influenza, reforçou. Entre as medidas importantes, está a vacinação contra a gripe, capaz de reduzir quadros mais graves e hospitalizações.
“Em alguns municípios e estados, se houver essa concomitância [de casos de dengue e de gripe], o que podemos ter, naturalmente, é uma pressão maior sobre os sistemas de saúde", explicou. Agora, se as pessoas se imunizarem e adotarem medidas de proteção contra a dengue, o risco dessa ameaça dupla vai cair.
Fonte: Ministério da Saúde, Sbim e Agência Brasil