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Com tantas mutações, variantes mais resistentes do coronavírus devem surgir

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Rawpixel/Envato
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O coronavírus é ainda mais mutável do que se pensava, e variantes de covid-19 ainda mais resistentes devem surgir, segundo um estudo publicado no último dia 16 na revista científica Viruses. Para chegar a essa descoberta, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP) analisaram 150 artigos sobre a doença.

A análise se concentrou no potencial de mutação, na capacidade de evasão do sistema imune, na transmissibilidade e na eficácia das vacinas contra a covid-19, e o alerta é: quanto maior for a circulação do vírus, maior a probabilidade do surgimento de novas variantes.

A projeção dos cientistas é que a situação deve se manter "confortável" pelos próximos meses, por causa da imunidade gerada pelas doses de reforço das vacinas. No entanto, os autores comentam que é um erro acreditar que a pandemia está sob controle e que não se trata mais de uma emergência sanitária, o que a Organização Mundial da Sáude (OMS) vem relembrando, mas que alguns países, inclusive o Brasil, desconsideram.

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Depois dessa fase, novas contaminações devem acompanhar o surgimento de variantes ainda mais contagiosas, o que por sua vez reduz a eficácia das vacinas. Com isso em mente, a equipe orienta a continuar tomando todos os cuidados e medidas necessárias para evitar a transmissão da doença.

O estudo aponta, ainda, que a evolução de novas variantes do coronavírus prolonga o período assintomático, então as pessoas transmitem sem saber que estão contaminadas, aumentando a circulação.

Variantes do coronavírus

Vírus são compostos por material genético, responsável por armazenar as informações sobre suas características moleculares e biológicas. Assim, sequências genéticas que diferem em uma ou mais mutações são chamadas de variantes. Essa nova variante pode surgir de qualquer vírus que foi sequenciado e possui mutações que o diferenciam da versão original do vírus.

No caso do coronavírus, a OMS definiu que as Variantes de Preocupação (definida a partir de questões como maior transmissibilidade, maior patogenicidade ou maior escape das defesas induzidos pelas vacinas) recebessem o nome de uma letra do alfabeto grego, como Alfa, Beta, Gama, Delta, Ômicron.

Fonte: Viruses, Johns Hopkins