Cientistas testam se medicamento pode ajudar cães idosos a viver mais
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Atualmente, cientistas conduzem um projeto chamado Dog Aging Project, que consiste em monitorar milhares de cães idosos para entender se um medicamento chamado rapamicina pode ajudá-los a viver mais ou se, pelo menos, a droga é capaz de manter esses animais mais saudáveis e em forma à medida que envelhecem.
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Os pesquisadores esperam que a rapamicina possa ser uma espécie de pílula antienvelhecimento que pode ajudar não apenas os animais de estimação, mas também as pessoas a viver de maneira mais saudável, e com uma longa expectativa de vida. No experimento, enquanto alguns cães recebem remédios, outros recebem pílulas de placebo.
Normalmente, a rapamicina é usada em pacientes que receberam um transplante de rim, mas cientistas já descobriram que o medicamento também pode ajudar com determinados tipos de câncer resistentes ao tratamento, ao impedir a reprodução das células cancerígenas. A substância também ajuda a suprimir partes do sistema imunológico e retardar o crescimento do tumor.
Em estudos anteriores, cientistas também já conseguiram demonstrar que a rapamicina pode aumentar o tempo de vida de moscas-das-frutas, vermes, camundongos e pulgas. Mas por enquanto, os efeitos da rapamicina em cães idosos segue em estudo.
Por enquanto, nenhum medicamento foi aprovado pela FDA (órgão de saúde dos EUA) para o envelhecimento em si, então, se seu teste for bem-sucedido, pode ser um divisor de águas para toda uma nova área de desenvolvimento de medicamentos.
Ciência contra envelhecimento
A comunidade científica tem se concentrado de diversas maneiras para conter o envelhecimento. Em estudo publicado na revista Nature Communications, cientistas descreveram um novo método concentrado nas respostas ao estresse utilizadas pelas células. Em 2020, cientistas conseguiram reverter o processo de envelhecimento da célula humana.