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Cientistas descobrem novo método para retardar o envelhecimento das células

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Eduardo Barrios/Unsplash
Eduardo Barrios/Unsplash

Em novo estudo publicado na revista Nature Communications, cientistas descreveram um novo método para retardar o envelhecimento. O segredo está nas respostas ao estresse utilizadas pelas células. O experimento foi conduzido em algumas espécies de vermes.

No estudo, os cientistas ativaram essa resposta ao estresse alimentando os vermes com uma dieta rica em glicose, o que estendeu sua vida útil em comparação com vermes alimentados com uma dieta normal. É a primeira vez que uma ligação entre essa resposta ao estresse e o envelhecimento foi descoberta.

“O envelhecimento é um fator de risco crítico para uma variedade de patologias humanas, desde doenças metabólicas, como diabetes, câncer e doenças neurodegenerativas. Do ponto de vista da saúde pública, determinar as vias celulares que sustentam o processo de envelhecimento pode nos levar um passo mais perto do desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para tratar distúrbios relacionados à idade", apontam os pesquisadores.

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Além de mostrar que o efeito de manipular essa resposta ao estresse em vermes idosos, os cientistas também mostraram que a mesma resposta, quando "desligada" em vermes jovens alimentados com uma dieta rica em glicose, ajudou a viver mais do que os outros.

O que acontece é que as células produzem uma resposta ao estresse quando os estressores (como um excesso de glicose) causam um acúmulo de proteínas problemáticas na célula. Só que o envelhecimento também pode levar a um acúmulo de proteínas devido a um declínio natural na capacidade da célula de produzir proteínas saudáveis, desencadeando a mesma resposta ao estresse.

Para investigar como a resposta da proteína desdobrada afeta a longevidade, os cientistas induziram em vermes da espécie Caenorhabditis elegans, que depende de muitos dos mesmos genes que os humanos usam para controlar a divisão das células e programar células defeituosas para morrer.

Eles descobriram que um dos sensores de estresse, IRE1, era significativamente mais ativo em vermes jovens em comparação com vermes idosos. Entretanto, mais estudos são necessários para entender a relação entre a resposta ao estresse e o envelhecimento.

Fonte: Nature Communications via Science Blog