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Cientistas descobrem a origem da gagueira no cérebro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Junho de 2024 às 17h05

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Vecstock/Freepik
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Equipe internacional de cientistas, incluindo membros da Universidade de Turku (Finlândia), descobriu a possível origem da gagueira no cérebro. O distúrbio do ritmo da fala, marcado por repetições e pausas involuntárias, ocorre em uma região cerebral profunda, incluindo o putâmen.

Publicado na revista Brain, o estudo é o primeiro a relacionar os diferentes tipos de gagueira a uma única região disfuncional no cérebro. No epicentro da condição, está a estrutura conhecida como putâmen, que regula a função motora. Também são afetadas a amígdala e o claustro. As três estruturas compõem parte do que é conhecido como telencéfalo. 

“O putâmen regula a função motora, e a amígdala regula as emoções. O claustro, por sua vez, atua como um nó [ponto de conexão] para diversas redes cerebrais e retransmite informações entre elas”, detalha Juho Joutsa, professor de neurologia da Universidade de Turku e autor do estudo, em nota.

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"Essas descobertas explicam [a origem de] características bem conhecidas da gagueira, como as dificuldades motoras na produção da fala e a variabilidade significativa na gravidade da gagueira com a mudança dos estados emocionais", acrescenta Juho.

Origem da gagueira no cérebro

Para descobrir a região do cérebro conectada com a origem da gagueira, os pesquisadores recorreram aos exames de ressonância magnética (MRI) para escanear o cérebro de indivíduos com essa condição.

Entre os voluntários, estavam pessoas que desenvolveram a gagueira ainda na primeira infância e aqueles que desenvolveram a condição na fase adulta. Isso pode ocorrer após um Acidente Vascular Cerebral (derrame). Em ambos os grupos, os pacientes tinham as mesmas mudanças estruturais em torno da estrutura conhecida como putâmen.

Novos tratamentos

Por enquanto, a ciência ainda não desenvolveu remédios eficazes para auxiliar pessoas com gagueira a contornar essa condição, que não é um distúrbio psicológico.

Entretanto, a descoberta da origem da gagueira no cérebro pode incentivar a pesquisa por novos tratamentos, como a estimulação cerebral profunda voltada para essa rede cerebral.

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Fonte: Brain e Universidade de Turku