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Chatbot ChatGPT pode ajudar a detectar Alzheimer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Dezembro de 2022 às 11h49

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Gerd Altmann/Pixabay
Gerd Altmann/Pixabay

Em estudo publicado na PLOS Digital Health na última quinta (22), cientistas apontaram um novo possível aliado na luta contra o Alzheimer: o chatbot, mais precisamente o ChatGPT. Conforme sugere o artigo, a ferramenta é capaz de identificar pistas da fala espontânea com 80% de precisão na previsão dos estágios iniciais da demência.

A ideia do estudo era entender se os programas de processamento de linguagem natural podem ajudar na previsão precoce do Alzheimer. A pesquisa se baseou em sugestões levantadas por pesquisas anteriores, de que o comprometimento da linguagem pode ser um indicador precoce de distúrbios neurodegenerativos.

Como o sintoma está presente entre 60% a 80% dos pacientes, os pesquisadores se concentraram na captação de pistas sutis, como hesitação, erros gramaticais e de pronúncia e principalmente o esquecimento do significado das palavras.

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Para testar o recurso, os cientistas pediram ao programa para revisar dezenas de transcrições do conjunto de dados e decidir se cada uma delas foi ou não produzida por alguém que estava desenvolvendo a doença. O grupo concluiu que a ferramenta pode ser usada "de forma confiável não apenas para detectar indivíduos com Alzheimer, mas também inferir a pontuação do teste cognitivo do sujeito, baseando apenas em dados de fala".

Na prática, o chatbot trabalha com a análise de características acústicas, como pausa, articulação e qualidade vocal, e usa um algoritmo para produzir uma resposta semelhante à humana para qualquer tarefa que envolva linguagem, desde respostas a perguntas simples até a escrita elaborada.

“A abordagem para análise e produção de linguagem torna [o chatbot] um candidato promissor para identificar as características sutis da fala que podem prever o início da demência. Treiná-lo forneceria as informações necessárias para extrair padrões de fala que poderiam ser aplicados para identificar marcadores em futuros pacientes", apontam os autores do estudo.

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Anteriormente, estudos já apontaram que o cérebro revela sinais do Alzheimer muito antes da pessoa chegar ao diagnóstico.

Fonte: PLOS Digital Health via Medical Xpress