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Cérebro precisa de 7 meses de abstinência para "esquecer" o álcool

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Novembro de 2023 às 10h13

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NomadSoul1/Envato
NomadSoul1/Envato

Pessoas que bebem álcool excessivamente começam a apresentar benefícios logo nos primeiros dias de abstinência. Em poucos meses, muitas funções do corpo já voltaram ao normal, quando não existem sequelas hepáticas (fígado). Após sete meses, o cérebro já estará quase 100% recuperado, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA.

Publicado na revista científica Alcohol, o estudo se concentrou nos efeitos da abstinência do álcool no córtex cerebral. Isso porque, segundo os autores, há redução do volume e estreitamento desta parte do cérebro com o uso excessivo de álcool, afetando as funções cognitivas.

Efeitos da abstinência de álcool

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O estudo acompanhou 88 pessoas diagnosticadas com o transtorno do uso de álcool (AUD) a pararem de beber. Esses voluntários realizaram três ressonâncias magnéticas durante o estudo: na primeira semana, no primeiro mês e após sete meses de abstinência. Em seguida, as modificações no cérebro foram comparadas com as de 45 indivíduos, sem problemas com o abuso de substâncias alcoólicas.

No total, foram avaliadas mudanças em 34 pontos diferentes do córtex cerebral nos indivíduos do estudo, através das ressonâncias. A taxa de recuperação mais alta foi observada no primeiro mês sem álcool, no entanto, é apenas aos sete meses que a região volta a se parecer com a observada em pessoas que não são alcoólatras (etilista).

Nas pessoas com AUD e pressão alta (hipertensão) ou colesterol elevado, a recuperação tende a ser mais lenta que a média. Outro fator que contribui para desacelerar a recuperação é o tabagismo.

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Recuperação do cérebro

“Estes dados fornecem informações clinicamente relevantes sobre os efeitos benéficos da sobriedade sustentada na morfologia do cérebro humano”, afirmam os autores, em artigo. Esta é uma boa descoberta para quem deseja parar de beber e pode até incentivar esse processo.

Vale observar que, no levantamento, os pesquisadores não analisaram questões genéticas e a prática regular de atividade física. Essas duas variáveis podem ajudar no processo e devem ser oportunamente analisadas, especialmente a importância dos exercícios.

Fonte: Alcohol