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Butantan inicia produção da CoronaVac; 11 estados confirmam interesse

Por| 10 de Dezembro de 2020 às 19h20

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 Maksim Goncharenok/ Pexels
Maksim Goncharenok/ Pexels

Nesta quinta-feira (10), o estado de São Paulo confirmou o início da produção nacional da vacina CoronaVac contra a COVID-19, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan. Segundo o governador João Doria, 11 estados já teriam confirmado a compra do imunizante contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Para imunizar a população, os seguintes estados devem adquirir a CoronaVac: Acre; Pará; Maranhão; Roraima; Piauí; Mato Grosso do Sul; Espírito Santo; Rio Grande do Norte; Paraíba; Ceará; e Rio Grande do Sul. No total, 276 cidades também formalizaram o interesse na compra da vacina contra a COVID-19. Além destas, outros 912 municípios também manifestaram a intenção de aquisição.

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Produção da CoronaVac

Para atender a alta demanda pelo imunizante contra a COVID-19 na capacidade máxima, a fábrica do Instituto Butantan contará com operação 24h, durante todos os dias da semana. Em comparação, até outubro, a unidade funcionava apenas de segunda a sexta-feira, em dois turnos. Além disso, os atuais 245 profissionais serão auxiliados por mais 120 funcionários que serão contratados para a nova operação.

“Com isso, a capacidade de produção da vacina chegará a um milhão de doses por dia. Não é só São Paulo que tem pressa, é o povo brasileiro”, afirmou o governador Doria, durante a coletiva de imprensa. Até janeiro, a meta é que a fábrica do Butantan consiga produzir 40 milhões de doses da vacina CoronaVac.

Autorização de uso da vacina

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Mesmo que a fabricação da vacina contra a COVID-19 esteja em plena operação, vale lembrar que os resultados da última e terceira fase do estudo clínico ainda não foram publicados e nem compartilhados com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A previsão do governo é que esses dados sejam enviados para análise na terça-feira (15).

Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, a vacina contará com dois caminhos para obter a aprovação e registro na Anvisa. "Brevemente, teremos os resultados da fase 3. Submeteremos tanto pelo rito normal quanto pelo uso emergencial", pontuou Covas.

"Paralelamente [ao pedido de submissão na Anvisa], os resultados serão submetidos à agência chinesa. É possível que lá saia muito rapidamente, ainda neste ano. Isso nos remete a outra lei. Isso acontecendo, a Anvisa tem que se manifestar em 72 horas. Esse é o caminho alternativo. O ideal seria pelo rito normal ou uso emergencial", completou o diretor. Nesse caso, Covas explica que caso uma vacina seja regulada por outra agência internacional, essa aprovação poderia valer para o país, já que o Brasil enfrenta a emergência da pandemia da COVID-19.

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Na ocasião, Covas também afirmou ter recebido manifestações de interesse na aquisição da CoronaVac por alguns países da América Latina, como a Argentina, o Peru e o Uruguai.

Nesta semana, ainda, o governo do estado de São Paulo anunciou que a vacinação contra a COVID-19, feita com a vacina CoronaVac em duas doses, deve começar no dia 25 de janeiro. Em primeiro lugar, o foco da campanha de vacinação serão os profissionais de saúde, os indígenas e os quilombolas de todo o estado.

Fonte: Governo de SP e Estadão