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Pessoas alérgicas não devem tomar vacina da Pfizer, segundo órgão do Reino Unido

Por| 09 de Dezembro de 2020 às 20h40

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Daniel Schludi/Unsplash
Daniel Schludi/Unsplash

Em meio a uma corrida pelas vacinas, que parecem cada vez mais perto da linha de chegada, uma questão relevante chega a passar despercebida: e as pessoas com histórico de alergia? Nesta quarta-feira (9), o assunto veio finalmente à tona, por meio de um posicionamento do NHS (Serviço Nacional de Saúde), do Reino Unido. O órgão regulador de medicamentos alertou que pessoas com histórico de reações alérgicas significativas não devem receber a vacina da COVID-19, depois que duas pessoas sentiram o efeito.

Segundo o portal britânico The Guardian, o NHS confirmou os dois incidentes e disse que todos os profissionais de saúde foram aconselhados a não aplicar a vacina em pessoas com histórico de reações alérgicas. O professor Stephen Powis, diretor médico nacional do NHS na Inglaterra, disse ao veículo em questão que, como é comum com as novas vacinas, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido aconselhou, por precaução, que pessoas com histórico significativo de reações alérgicas não recebam o imunizante. Ele também confirmou que as duas pessoas que tiveram reação alérgica estão se recuperando bem.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde do Reino Unido declara o seguinte: “Qualquer pessoa com histórico de reação alérgica significativa a uma vacina, medicamento ou alimento, bem como histórico anterior de reação anafilactoide [semelhante à anafilaxia] ou aqueles que foram aconselhados a carregar um autoinjetor de adrenalina não devem receber a vacina da Pfizer/BioNtech. Instalações de reanimação devem estar disponíveis em todos os postos de vacinação".

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Peter Openshaw, professor de medicina experimental do Imperial College London, explicou ao The Guardian que há uma chance muito pequena de uma reação alérgica decorrer de qualquer vacina, no entanto. “Semelhante ao lançamento de todas as novas vacinas e medicamentos, esta nova vacina contra COVID-19 está sendo monitorada de perto pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde. Eles agora irão investigar esses casos com mais detalhes para entender se as reações alérgicas foram relacionadas à vacina ou se foram acidentais. O fato de sabermos tão cedo sobre essas duas reações alérgicas e que o regulador emitiu conselhos de precaução mostra que este sistema de monitoramento está funcionando bem", opinou.

Já Stephen Evans, professor de farmacoepidemiologia da London School of Hygiene and Tropical Medicine, disse que a reação alérgica ocorre com um grande número de vacinas, portanto, não é inesperado, e que os dados da Pfizer mostraram que cerca de 0,6% das pessoas tiveram algum tipo de reação nos ensaios com o imunizante, mas cerca de 0,5% estavam no grupo placebo. Na opinião do profissional, a única coisa contra-indicada em relação a esta vacina (ou seja, que mostra que você não deve tomá-la) é a hipersensibilidade aos componentes da fórmula. No entanto, nem todos sabem se possuem hipersensibilidade ao princípio ativo ou excipientes do imunizante.

A Pfizer do Reino Unido contou que foi avisada pela MHRA sobre os dois casos. “Como medida de precaução, a MHRA emitiu orientação temporária ao NHS enquanto realiza uma investigação para entender cada caso e suas causas. A Pfizer e a BioNTech estão apoiando a MHRA na investigação. No ensaio clínico principal de fase 3, esta vacina foi geralmente bem tolerada, sem problemas graves de segurança relatados pelo comitê independente de monitoramento de dados. O ensaio envolveu mais de 44.000 participantes até o momento, e mais de 42.000 deles receberam a segunda dose", anunciou a empresa.

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Fonte: The Guardian