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Bill Gates planeja criar força-tarefa contra novas pandemias; confira os custos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Abril de 2022 às 09h40

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Wikimedia Creative Commons/Kjetil Ree
Wikimedia Creative Commons/Kjetil Ree

Fundador da Microsoft e filantropo, Bill Gates não acredita que a pandemia da covid-19 seja a última que o mundo irá enfrentar nos próximos anos. Para que os países estejam preparados contra o próximo agente infeccioso desconhecido, Gates propõe a criação de um força-tarefa internacional de vigilância. Por ano, a iniciativa deve custar 1 bilhão de dólares (cerca 4,6 bilhões de reais).

A proposta da nova força-tarefa foi anunciada na terça-feira (12), durante o TED Talks que apresentou na cidade de Vancouver, no Canadá. O projeto prevê respostas rápidas contra possíveis emergências de saúde globais e deve receber o nome de Global Epidemic Response and Mobilization (Germ).

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Pandemia da covid é um grande incêndio

Em sua fala, Gates citou o imperador romano Augusto, responsável por criar a primeira organização conhecida para o combate de incêndios em Roma. Na época, ele entendeu que indivíduos sozinhos não tinham força contra catástrofes e precisavam de ajuda, do coletivo, para lidar com o fogo, por exemplo.

Na sua analogia, o fundador da Microsoft lembrou que o que mundo vive nos últimos anos é como "um terrível incêndio". Gates ainda lembra que "a pandemia da covid-19 matou milhões e derrubou economias". Agora, "queremos impedir que isso aconteça novamente”, completa o filantropo, ressaltando a importância da união de forças.

Como deve ser a força-tarefa de Bill Gates?

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Para a força-tarefa contra as próximas pandemias e para a proteção da humanidade, Gates propõe que seja contratada uma equipe de três mil profissionais altamente qualificados, coordenados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A ideia é que esta equipe auxilie agências nacionais de saúde a estudarem novos focos de doenças e surtos com potencial para se transformarem em possíveis pandemias.

Entre as mentes do projeto Germ, devem ser selecionados médicos, epidemiologistas, especialistas em política, comunicação, diplomatas e outros profissionais que possam colaborar com o rastreio de eventuais riscos para a população mundial.

Para Gates, a velocidade com que se identifica agentes emergentes é fundamental para que a sua expansão seja controlada e os riscos reduzidos. Se a covid-19 tivesse sido interrompida nos primeiros 100 dias da pandemia, 98% das vidas que ela tirou teriam sido salvas, sugere.

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Sobre o custo bilionário do projeto, Gates lembra que “isso não será barato, mas salvará vidas”. Agora, espera que governos apoiem a sua proposta de antever futuros riscos, de forma coletiva.

TED de 2015 e o aviso da pandemia

Na sua participação do evento deste ano, Gates lembrou de sua apresentação no TED Talks, em 2015. Na ocasião, ele previu que um novo vírus poderia matar milhões e que os países deveriam se preparar. Infelizmente, a maioria das visualizações veio quando já era "tarde demais", explicou.

Na época, o possível risco foi levantado depois da epidemia de Ebola na África Ocidental. Agora, com a pandemia da covid, Gates acredita que as pessoas estejam mais conscientes sobre os riscos de possíveis agentes infecciosos.

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Protestos antivacina do lado de fora

Do lado de fora do evento, manifestantes antivacina protestavam contra a principal arma que foi desenvolvida para controlar a covid-19: os imunizantes. Para Gates, aquilo era "meio estranho".

“A Fundação Gates está muito envolvida com vacinas, na invenção de novas vacinas, no financiamento de vacinas e estamos muito orgulhosos de que, por meio de esforços conjuntos como Gavi, elas salvaram dezenas de milhões de vidas”, destacou.

"Então, é um tanto irônico alguém se virar e dizer que estamos usando vacinas para matar pessoas, ganhar dinheiro ou que começamos a pandemia", completou.

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Fonte: Vancouver Sun e Insider