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Bactérias de frutas e vegetais melhoram a microbiota intestinal humana

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Outubro de 2023 às 13h48

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Mk.S/Unsplash
Mk.S/Unsplash

"Você é o que você come" é uma das frases mais clichês para justificar a importância da boa alimentação. Apesar de estarmos empanturrados de escutar isso, é a mais pura verdade, segundo pesquisadores da Graz University of Technology (TU Graz), na Áustria, que analisaram quais comportamentos impactam positivamente a microbiota intestinal, também conhecida como flora intestinal.

No recente estudo publicado na revista científica Gut Microbes, a equipe de pesquisa comprovou que o consumo de frutas, vegetais e legumes melhora a saúde do intestino humano e, consequentemente, de todo o corpo.

Entre outros motivos, isso ocorre pela adição e incremento das bactérias comuns desses alimentos vegetais ao nosso microbioma — os microrganismos que vivem dentro do nosso trato digestivo, em perfeita simbiose. São normalmente bactérias das ordens Enterobacterales, Burkholderiales e Lactobacillales.

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Bactérias das frutas e verduras

“A exposição a bactérias através do consumo de frutas e vegetais tem potencialmente um impacto benéfico na diversidade funcional da microbiota intestinal, particularmente devido à presença de supostos genes promotores da saúde através da produção de vitaminas e ácidos graxos de cadeia curta”, afirmam os autores austríacos do estudo.

Nesse ponto, outra máxima do universo da alimentação saudável faz bastante sentido: “descasque mais e desembale menos”. Afinal, comer frutas, como banana, maçãs e pêras, que não estão embaladas por nenhum material plástico ou laminado, podem impactar positivamente a saúde do corpo como um todo.

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Influenciando a microbiota intestinal

Para influenciar positivamente a microbiota intestinal através da alimentação com vegetais e frutas, os cientistas destacam três principais pontos:

  • A idade do indivíduo, sendo que, quanto mais novo, mais benéfico é o impacto do consumo de vegetais para potencializar as bactérias presentes no intestino;
  • A frequência do consumo de vegetais. Em outras palavras, os benefícios serão nulos e bem pouco perceptivos se a pessoa ingerir uma única fruta por semana, por exemplo. A ideia é que este seja um hábito regular;
  • A diversidade de vegetais. Traduzindo, incluir diferentes tipos de legumes, verduras e frutas na dieta pode deixar o microbioma intestinal ainda mais rico.

Doenças associadas com o microbioma

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Aqui, é importante destacar que a boa diversidade de bactérias intestinais é benéfica para a saúde, impactando até o sistema imunológico de uma pessoa. Inclusive, diferentes estudos já associaram uma microbiota pobre ou disfuncional com o risco aumentado para doenças, como o Parkinson.

Recentemente, pesquisadores do King's College London, no Reino Unido, conseguiram induzir animais a desenvolverem sintomas da doença de Alzheimer através da transferência do microbioma de indivíduos doentes.

Diante desse universo de possibilidades, mais do que nunca a compreensão dessas bactérias é necessária, e o Brasil se destaca por estudos nesse campo, como os realizados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Fonte: Gut Microbes e TU Graz