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Assinatura genética permite descobrir quem vai desenvolver imunidade pós-vacina

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Novembro de 2022 às 10h50

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SteveAllenPhoto999/Envato
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Uma equipe norte-americana de cientistas revela uma fórmula para prever como o sistema imunológico deve responder a vacinas, independente da doença que buscam imunizar. Isso é possível através da checagem de uma assinatura genética, que varia para cada indivíduo. A descoberta deve revolucionar, no futuro, a maneira como os imunizantes são usados.

A assinatura genética, que indica como o sistema imunológico vai reagir a um imunizante, pode ser encontrada a partir de um tipo específico de células sanguíneas, os plasmablastos. Estes é que vão produzir os anticorpos contra os antígenos no organismo.

A medição desse novo parâmetro deve ser feita sete dias após a vacinação. O intervalo é muito menor que as opções disponíveis hoje, onde cientistas precisam esperar semanas até entender como o organismo reagiu a um imunizante.

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Entenda o estudo que prevê reação do sistema imune após vacinação

Para chegar a esta descoberta, os pesquisadores da Stanford University School Medicine, nos Estados Unidos, analisaram amostras de sangue de 820 pessoas entre 18 e 50 anos, que receberam uma entre 13 vacinas consideradas pelo estudo.

Vale destacar que o banco de dados usado continha a resposta imune de pacientes a diferentes tipos de vacinas. São os casos de imunizantes que usam a tecnologia do vetor viral ou que carregam em sua composição um vírus vivo ou inativado. Os resultados foram publicados na revista científica Nature Immunology.

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Futuro das vacinas com a assinatura genética

“Nossa análise integrada revelou uma assinatura genética comum que prevê a força da resposta dos anticorpos à maioria das vacinas”, afirma Bali Pulendran, professor de microbiologia e imunologia da universidade, em comunicado sobre a descoberta.

Se as pesquisas continuarem e a tecnologia se popularizar, uma pessoa poderá fazer um teste poucos dias após ser imunizada e descobrir como o corpo reagiu ao imunizante. Caso a vacina não tenha desencadeado o efeito desejado, é possível pensar em outras alternativas de proteção junto à equipe médica.

“Estamos em um novo e empolgante momento neste campo de vacinologia, com a perspectiva de personalizar vacinas para o receptor com base nessas assinaturas moleculares”, sugere Pulendran. Em outras palavras, o pesquisador indica a possibilidade de desenvolver fórmulas específicas conforme as características de cada indivíduo, turbinando as proteções imunológicos.

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Fonte: Nature e Stanford University