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Qual é a diferença entre antígeno e anticorpo?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Abril de 2022 às 12h20

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pikisuperstar/Freepik
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Os termos antígeno e anticorpo são bastante usados na área médica e estão relacionados com o sistema imunológico. Isso porque o anticorpo é parte das estratégias de defesa do organismo e circula no sangue, enquanto o antígeno é parte de um agente infeccioso (uma molécula específica), como um vírus, uma bactéria ou um fungo.

Quando o corpo é invadido por um vírus, como o coronavírus SARS-CoV-2, o sistema imune identifica que há um invasor e começa a produzir anticorpos específicos contra ele. Para agir, as defesas precisam se ligar a este agente infeccioso, o que ocorre através do antígeno — um alvo "fácil" por ser bastante específico. É o mecanismo chave-fechadura, capaz de desativar os invasores.

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Algumas vacinas focam em antígenos específicos para desencadear uma resposta imune, como as de mRNA (RNA mensageiro). Por exemplo, este é o caso da fórmula da Pfizer que imuniza contra a proteína S (Spike) do vírus da covid-19. No entanto, outras tecnologias podem usar o agente infeccioso inteiro, como a do vírus inativado, adotado pela CoronaVac.

O que é antígeno? E anticorpo?

Para definir, o anticorpo é uma proteína, produzido pelo sistema de defesa da célula hospedeira. A sua produção depende da atividade um glóbulo branco (leucócito) específico, a célula B. Na ponta do anticorpo, há uma região hipervariável, e essa permite que o organismo produza diferentes tipos de anticorpos que responderão a diversos antígenos que podem invadir o organismo.

Agora, segundo o National Human Genome Research Institute, "um antígeno é qualquer coisa estranha ao corpo humano. Pode ser um vírus, pode ser uma bactéria e, em alguns casos, seu próprio corpo parecerá estranho". Inclusive, em alguns casos, o sistema de defesa pode produzir anticorpos contra si mesmo, o que gera as doenças autoimunes.

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Dá para estudar os anticorpos?

Na ciência, o campo que se destina a estudar os anticorpos no organismo humano é a sorologia. Através dos testes de sorologia, os profissionais de saúde avaliam se, na amostra de sangue de um indivíduo, existem anticorpos específicos contra alguma doença. Dependendo do tipo de proteína encontrada, é possível supor que o corpo esteja infectado ou teve uma infecção recente, causada por aquele agente infeccioso.

Agora, se o teste não identificar a presença de anticorpos, este é o indicativo de que uma pessoa não teve uma infecção nos últimos tempos. Inclusive, é relativamente normal não ter anticorpos no sangue, já que a produção deles caí após um período e as defesas do organismo se concentram em outros mecanismos do sistema imune.

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Vale explicar que, após a exposição a um antígeno, os anticorpos continuam a circular no sangue e não desaparecem "magicamente". Isso acontece em casos onde a infecção foi eliminada com sucesso, mas é normal e esperado que essas taxas caiam com o tempo. Por isso, reinfecções acontecem, mas tendem a ser menos graves para algumas doenças.

Quando fazer um exame sorológico?

O teste sorológico pode ser usado para diagnosticar diferentes doenças, como:

  • Brucelose Humana: causada por bactérias;
  • Amebíase: causada por um parasita;
  • Sarampo: causada por um vírus;
  • Rubéola: causada por um vírus;
  • HIV: causada por um vírus;
  • Sífilis: causada por uma bactéria;
  • Diversas infecções fúngicas.
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E a covid-19?

De forma geral, o teste sorológico não deve ser usado para o diagnóstico da covid-19. Isso porque a produção de anticorpos não começa no mesmo momento da infecção, o que pode levar a um diagnóstico tardio do coronavírus. Também é possível que o paciente teste "positivo", mesmo após ter controlado a infecção, já que os anticorpos continuam no sangue por um período.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), "os anticorpos IgM e IgG contra o SARS-CoV-2 são encontrados em média a partir dos 14 dias após o início dos sintomas. Depois disso, a IgM permanece positiva por cerca de dois a três meses, e a IgG por até oito meses após a infecção". Em outras palavras, podem causar confusão em que busca descobrir se está (ou não) contaminado.

Além disso, a Fiocruz pontua que "a escolha de um teste sorológico com baixa especificidade analítica (capacidade de detectar apenas anticorpos contra antígenos do SARS-CoV-2) pode favorecer resultados falsos positivos, porque pode identificar a presença de anticorpos contra outros patógenos similares ao SARS-CoV-2".

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Fonte: NIH, Healthline, CDC e Fiocruz