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App com IA vai detectar risco de depressão após análise de selfie

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Katemangostar/Freepik
Katemangostar/Freepik

Nos Estados Unidos, pesquisadores da Faculdade de Dartmouth trabalham no desenvolvimento de um novo aplicativo para celular, o MoodCapture, que promete identificar sinais da depressão, a partir de selfies espontâneas analisadas por inteligência artificial (IA).

Quando estiver disponível para todos os usuários, a ideia é que o app com IA consiga detectar os indicadores de um possível quadro de depressão antes mesmo que a pessoa perceba que está mal. Isso ajudará no tratamento e pode impedir complicações associadas com o quadro.

Entre as medidas que a ferramenta poderá sugerir para a pessoa com indicadores de depressão, estão: 

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  • Praticar exercícios físicos ao ar livre — o que ajuda e já foi comprovado cientificamente
  • Encontrar com familiares e amigos para jantar ou realizar outras atividades em grupo; 
  • Buscar ajuda de um profissional da saúde, como psiquiatra e psicólogo.

Por enquanto, não está previsto que o protótipo irá avisar, de forma direta, que a pessoa está com depressão. No entendimento dos desenvolvedores, isso pode piorar ainda mais o quadro, impedindo que ela busque ajuda.

Detectar caso de depressão

Para criar o app que detecta depressão, os cientistas recrutaram 177 pessoas com depressão já diagnosticada, sendo 153 mulheres. Por 90 dias, milhares de fotos com a câmera frontal do celular foram tiradas desses voluntários enquanto eles respondiam perguntas sobre sentir-se deprimido ou sem esperança — os usuários não sabiam que eram "observados" pelo programa, o que evitou tentativas de disfarce. Mais de 125 mil fotos foram registradas.

Em seguida, foi a hora de testar os achados e o modelo preditivo. Para isso, os pesquisadores usaram a IA para analisar imagens de outro subgrupo. No total, a ferramenta demonstrou ter precisão de 75% na captação de sinais depressivos na face dos usuários, como direção do olhar, posicionamento da cabeça e rigidez muscular. Algumas informações também eram retiradas do ambiente em que estavam, incluindo o nível de luminosidade.

Os resultados do app foram publicados em um preprint — artigo sem revisão por pares — na plataforma arXiv. Em breve, os autores apresentarão os achados em um congresso internacional e vão publicar a pesquisa completa em uma revista.

Quando o app fica pronto?

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A partir dos primeiros resultados, a expectativa dos desenvolvedores é que o aplicativo possa ser baixado por usuários até 2029, daqui a cinco anos. Para isso, o objetivo é elevar a taxa de precisão para 90%.

Na versão final do app, eles também querem que as fotos captadas de forma espontânea sejam tiradas na hora de desbloquear o celular por reconhecimento facial. Como este é um ato bastante repetitivo, vai ser difícil tentar disfarçar o que o usuário está realmente sentindo da IA.

Fonte: arXiv e Faculdade de Dartmouth