7 esportes que turbinam a mente e ajudam a combater a depressão
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
A prática de exercícios físicos está associada à redução do risco de mortalidade por todas as causas, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes, por exemplo. No entanto, o que pouca gente sabe é que as atividades físicas também são aliadas contra a depressão, já que ajudam a aliviar a mente e reduzem a sobrecarga mental. Inclusive, estudos científicos comprovam esses benefícios.
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A depressão pode se manifestar de diferentes formas, mas os sinais mais comuns costumam ser o desânimo, a apatia e a perda de interesse nas coisas por um período prolongado de tempo. Esse desinteresse afeta até atividades que a pessoa, normalmente, gostava de fazer— e pode também a afastar de pessoas queridas.
Nesa condição, as pessoas que sofrem de depressão, muitas vezes, não têm vontade de fazer nada, muito menos exercícios físicos. Só que essas atividades, como ciclismo e esportes coletivos, tendem a ser recomendadas tanto para aliviar quanto para prevenir a depressão. Um grande estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford e de Yale, observou que a prática de atividades reduz o número de dias ruins que uma pessoa pode ter ao longo da vida.
Confira os 7 tipos de esportes que podem ser aliados contra a depressão, de acordo com a pesquisa:
- Esportes coletivos, como basquete, vôlei, futebol e beisebol;
- Ciclismo;
- Exercícios aeróbicos ou de ginástica;
- Ioga, golfe e outras atividades de menor impacto;
- Caminhadas;
- Corridas;
- Esportes de inverno ou aquáticos.
Estudo com 1,2 milhão de pessoas
Para entender a relação entre a prática de exercícios físicos e a saúde mental, a equipe de pesquisadores analisou dados de 1,2 milhão de norte-americanos em estudo publicado na revista científica The Lancet Psychiatry. Mais especificamente, foram analisados os dados do Behavioral Risk Factor Surveillance System de 2011, 2013 e 2015, que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) coletou por telefone com pessoas de 18 anos ou mais, distribuídas por todos os 50 estados dos EUA.
Durante o questionário, os voluntários precisaram responder algumas questões, como a frequência e a intensidade da prática de exercícios físicos. Também detalharam quais atividades realizavam. Na área da saúde mental, responderam sobre o status daquele momento — relatando casos de estresse, depressão e problemas emocionais — e como a mente estava nos últimos 30 dias.
Prática de exercícios é aliada contra depressão
Os dados comprovaram a ideia de que exercícios físicos podem melhorar a saúde mental. Na média geral do estudo, o número de dias considerados “não bons” foi de 3,36. Por outro lado, "indivíduos que se exercitaram tiveram 1,49 menos dias de saúde mental ruim no mês anterior do que indivíduos que não se exercitaram", concluíram os pesquisadores responsáveis pelo levantamento.
Vale observar que "todos os tipos de exercícios foram associados a uma carga de saúde mental menor (redução mínima de 11,8% e redução máxima de 22,3%) do que não praticar exercícios", afirmam. "As maiores associações foram observadas para esportes coletivos populares (22,3% a menos), ciclismo (21,6% a menos) e atividades aeróbicas e de ginástica (20,1% a menos)", explicam.
Para obter aproveitar ao máximo as recompensas dos esportes, o indivíduo deve realizar atividades de três a cinco vezes por semana, com uma duração média de 45 minutos por sessão, segundo observaram os autores do estudo. O curioso é que "mais exercícios nem sempre era melhor" para a saúde mental da pessoa, já que é preciso considerar o risco de sobrecarga mental.
Esporte cura depressão?
Por mais que sejam aliadas, as descobertas do estudo não apontam para o fato de que atividade física cure a depressão ou substitua qualquer remédio, mas demonstrou que este é um caminho válido para a pessoa aumentar a resiliência contra a depressão e, principalmente, aliviar a sobrecarga mental.
Para acessar o artigo completo sobre os efeitos positivos dos exercícios físicos, publicado na revista científica The Lancet Psychiatry, clique aqui.