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6 meses de Guerra na Ucrânia e as baixas na área da saúde, segundo a OMS

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Agosto de 2022 às 14h42

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Twenty20photos/Envato Elements
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Marcada pela invasão russa, a Guerra da Ucrânia completou seis meses na quarta-feira (24). O conflito bélico entre os países tem afetado de forma severa o sistema de saúde e mais de 470 ataques a centros médicos foram identificados até o momento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comentou que a Guerra da Ucrânia tem causado "um impacto devastador na saúde e na vida das pessoas", mas, até o momento, "o sistema de saúde não entrou em colapso".

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Ataques a centros de saúde na Guerra da Ucrânia

"Os ataques à saúde continuam inabaláveis. Nos últimos 6 meses, a OMS verificou 473 ataques à saúde, com pelo menos 98 mortes e 134 feridos", detalha Tedros sobre a dimensão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Em março deste ano, eram contabilizados apenas 16 ataques do tipo.

Entre os alvos dos ataques, estão hospitais, clínicas médicas e até serviços de transporte de pacientes hospitalizados. Com os bombardeiros, as estruturas já precárias da saúde são severamente afetadas.

Nesses seis meses, constantes ameças de risco de desabastecimento de oxigênio foram identificadas. Além disso, há relatos de falta de insulina para o tratamento do diabetes, de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) — como máscaras e luvas — e até de vacinas pediátricas. O atendimento de gestantes é um dos mais complexos, já que nem sempre há estrutura para o pré-natal.

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Somado aos ataques, outro desafio é a questão da logística de entrega de novos suprimentos, algo que nem sempre é possível. Diante deste cenário, o diretor-geral da OMS lembrar que "nenhum sistema de saúde pode oferecer saúde ideal ao seu povo sob o estresse da guerra. Continuamos chamando na Rússia para acabar com esta guerra".

Inciativa da OMS para proteger a população

Para reduzir o impacto da Guerra, a OMS já forneceu mais de 1,3 mil toneladas de suprimentos médicos críticos e "mais está a caminho", segundo afirma Tedros. "Também ajudamos a treinar mais de 9 mil profissionais da saúde" para atuarem em casos de cirurgias de trauma, exposição química e diagnóstico laboratorial.

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"A saúde mental é outro foco importante. Treinamento em gerenciamento de estresse é oferecido aos profissionais de saúde e à população em geral", acrescenta o diretor-geral da OMS. Neste contexto, é fundamental que a população consiga enfrentar este sofrimento psicológico relacionado à guerra.