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50% dos casos de dengue são assintomáticos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Fevereiro de 2024 às 10h02

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EdVal/Envato
EdVal/Envato

A Fiocruz revelou que cerca de 50% dos casos de dengue são assintomáticos, o que gera preocupação por diversos motivos: ajuda a propagar a doença, com o que os especialistas chamam de "transmissão silenciosa", e ainda contribui para a subnotificação do número de casos. 

Além disso, o assintomático carrega o vírus da dengue no corpo, e se for picado pelo inseto, este se contamina e em torno de uma semana torna-se capaz de espalhar a doença. Por isso os casos de dengue assintomáticos ajudam a acelerar a propagação. 

Ao Correio Braziliense, a médica infectologista Ana Carolina D'Ettorres, da Fiocruz, apontou que "quando quase 50% das pessoas não têm sintomas, a circulação viral pode ser até o dobro do que imaginamos", por isso os especialistas têm estado em alerta.

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Como essa parcela de pessoas não sente nada, fica difícil a tarefa de compreender a dimensão da doença (ou seja: quantos foram picados pelo mosquito Aedes aegypti).

A Fiocruz salienta que esse alto número de pacientes assintomáticos deixam ainda mais evidente a importância dos cuidados preventivos. A instituição ainda observa que o Aedes aegypti pode voar em um raio de até 100 metros de distância e tem o costume de ficar próximo aos locais onde deposita os ovos.

Como se prevenir da dengue?

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A cartilha do Ministério da Saúde ressalta que o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção da dengue (além de chikungunya e zika, também transmitidos pelo mosquito).

As medidas preventivas incluem colocar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão, remover recipientes em domicílios que possam se transformar em criadouros e  vedar reservatórios e caixas de água.

A Pasta também recomenda desobstruir calhas, lajes e ralos e participar na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Quais os sintomas de dengue?

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Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a dengue pode ser definida como "uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada". A maioria dos pacientes se recupera, mas parte progride para formas graves da dengue, que pode inclusive levar à morte.

O primeiro sintoma para ficar de olho é a febre (39°C a 40°C) de início repentino, tal como dor de cabeça, prostração, dores musculares e e dor atrás dos olhos, mas a Pasta também faz um alerta para sintomas como:

  • Dor abdominal intensa
  • Vômitos persistentes
  • Irritabilidade
  • Aumento do tamanho do fígado
  • Sangramento de mucosa

No caso grave, a doença leva a hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos.

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Já tem vacina da dengue?

A boa notícia é que já existe vacina da dengue, que até chegou ao SUS. A Qdenga tem eficácia de 80,2% contra os 4 sorotipos do vírus. Mas o Butantan também está produzindo uma vacina, com uma eficácia semelhante: 80%.

Além de buscar informações sobre a vacina, a recomendação é que se cumpra os métodos de prevenção para impedir que os casos de dengue aumentem ainda mais na sua região.

Fonte: Fiocruz, Correio Braziliense, Ministério da Saúde