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Robô Atlas, da Boston Dynamics, abusa de acrobacias em circuito de parkour; veja

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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Reprodução/Boston Dynamics
Reprodução/Boston Dynamics
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A Boston Dynamics colocou no ar mais um vídeo do desenvolvimento do Atlas, seu robô humanoide que faz parkour. Na demonstração da vez, a máquina faz mais manobras, sofre com quedas e mostra que os frutos de sua evolução constante em um vídeo de bastidores.

Nas imagnes, os funcionários da companhia falam sobre o motivo que fez o parkour futurístico ser um importante elemento para a evolução do Atlas. “Parkour é uma atividade de organização útil para a nossa equipe, pois destaca vários desafios que acreditamos serem importantes”, explica o líder do time de desenvolvimento Scott Kuindersma.

Ao colocar o Atlas em uma pista de obstáculos complexa, a Boston Dynamics põe à prova toda a capacidade do robô de lidar com objetivos de longo prazo (alcançar o destino) e de curto prazo (calcular os passos, medir força e manter o equilíbrio). Enquanto nos vídeos anteriores o humanoide fazia apenas uma manobra por vez, na publicação mais recente uma linha inteira de obstáculos diferentes é superada sem pausas — com direito a um “salto mortal” para finalizar.

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Visualmente, o Atlas é o mesmo robô carismático de sempre e ainda tem um andar ligeiramente desengonçado. Ainda assim, seu interior mudou, o que possibilita movimentos mais suaves e correções de movimento mais precisas. Na prática, quem assiste ao vídeo verá a máquina com manobras bem mais precisas, ágeis e propositalmente imperfeitas.

O Atlas agora "enxerga"

“Percepção” é o ponto mais importante do Atlas para a superação do percurso. Anteriormente, o robô dependia de movimentos pré-programados em boa parte e por isso suas ações eram bem limitadas. Agora, o humanoide conta com uma câmera logo no topo de seu corpo e, junto com sensores de profundidade, consegue “enxergar” os obstáculos com precisão, quase como um humano faria.

“Isso faz com que os engenheiros não tenham mais que pré-programar os motores de pulo para cada uma das plataformas e lacunas que o robô pode encontrar. Em vez disso, a equipe cria menos modelos de comportamento que podem ser combinados com o ambiente e executados online”, pontua a empresa em um blog oficial.

O Atlas cai várias vezes e o processo de desenvolvimento pode ser frustrante, admite a equipe. A jornada de aprendizado do robô se assemelha à de um atleta iniciante na prática de parkour — talvez até com mais ousadia. Ele tenta passar por obstáculos, faz cálculos errados e falha, daí tenta de novo até conseguir. A repetição leva à perfeição, enquanto os mecânicos da equipe fazem os reparos na lataria.

Contudo, até as quedas acrescentam informações importantes para o progresso do Atlas. Um dos líderes do projeto, Benjamin Stephens conta que as frustrações colaboram no desenvolvimento de robôs que “podem sobreviver a uma queda e depois se levantar para fazer tudo de novo”.

Trabalho em conjunto

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No vídeo, a Boston Dynamics mostra que o apoio de várias equipes é necessário para finalmente colocar o Atlas para jogo. Uma equipe de software prepara o que seria a inteligência do robô, o grupo de hardware dá corpo ao projeto, técnicos e mecânicos cuidam da manutenção da máquina, e os integrantes da parte operacional tomam conta da pista de obstáculos e detalhes relacionados.

Para complementar, há também uma demonstração completa do Atlas passando (com sucesso) pelos obstáculos. Neste caso, não há nenhuma queda ou falha, somente o espetáculo que é a evolução do projeto graças aos esforços da Boston Dynamics. Vale a pena assistir se você estiver curioso.

Desta vez, o vídeo é bem menos cômico do que a coreografia de robôs lançada em dezembro do ano passado, mas é ainda mais impressionante pela precisão e eficiência dos movimentos.

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Fonte: Boston Dynamics (1, 2, 3)