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Robô Atlas, da Boston Dynamics, abusa de acrobacias em circuito de parkour; veja

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Agosto de 2021 às 18h16

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Reprodução/Boston Dynamics
Reprodução/Boston Dynamics
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A Boston Dynamics colocou no ar mais um vídeo do desenvolvimento do Atlas, seu robô humanoide que faz parkour. Na demonstração da vez, a máquina faz mais manobras, sofre com quedas e mostra que os frutos de sua evolução constante em um vídeo de bastidores.

Nas imagnes, os funcionários da companhia falam sobre o motivo que fez o parkour futurístico ser um importante elemento para a evolução do Atlas. “Parkour é uma atividade de organização útil para a nossa equipe, pois destaca vários desafios que acreditamos serem importantes”, explica o líder do time de desenvolvimento Scott Kuindersma.

Ao colocar o Atlas em uma pista de obstáculos complexa, a Boston Dynamics põe à prova toda a capacidade do robô de lidar com objetivos de longo prazo (alcançar o destino) e de curto prazo (calcular os passos, medir força e manter o equilíbrio). Enquanto nos vídeos anteriores o humanoide fazia apenas uma manobra por vez, na publicação mais recente uma linha inteira de obstáculos diferentes é superada sem pausas — com direito a um “salto mortal” para finalizar.

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Visualmente, o Atlas é o mesmo robô carismático de sempre e ainda tem um andar ligeiramente desengonçado. Ainda assim, seu interior mudou, o que possibilita movimentos mais suaves e correções de movimento mais precisas. Na prática, quem assiste ao vídeo verá a máquina com manobras bem mais precisas, ágeis e propositalmente imperfeitas.

O Atlas agora "enxerga"

“Percepção” é o ponto mais importante do Atlas para a superação do percurso. Anteriormente, o robô dependia de movimentos pré-programados em boa parte e por isso suas ações eram bem limitadas. Agora, o humanoide conta com uma câmera logo no topo de seu corpo e, junto com sensores de profundidade, consegue “enxergar” os obstáculos com precisão, quase como um humano faria.

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“Isso faz com que os engenheiros não tenham mais que pré-programar os motores de pulo para cada uma das plataformas e lacunas que o robô pode encontrar. Em vez disso, a equipe cria menos modelos de comportamento que podem ser combinados com o ambiente e executados online”, pontua a empresa em um blog oficial.

O Atlas cai várias vezes e o processo de desenvolvimento pode ser frustrante, admite a equipe. A jornada de aprendizado do robô se assemelha à de um atleta iniciante na prática de parkour — talvez até com mais ousadia. Ele tenta passar por obstáculos, faz cálculos errados e falha, daí tenta de novo até conseguir. A repetição leva à perfeição, enquanto os mecânicos da equipe fazem os reparos na lataria.

Contudo, até as quedas acrescentam informações importantes para o progresso do Atlas. Um dos líderes do projeto, Benjamin Stephens conta que as frustrações colaboram no desenvolvimento de robôs que “podem sobreviver a uma queda e depois se levantar para fazer tudo de novo”.

Trabalho em conjunto

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No vídeo, a Boston Dynamics mostra que o apoio de várias equipes é necessário para finalmente colocar o Atlas para jogo. Uma equipe de software prepara o que seria a inteligência do robô, o grupo de hardware dá corpo ao projeto, técnicos e mecânicos cuidam da manutenção da máquina, e os integrantes da parte operacional tomam conta da pista de obstáculos e detalhes relacionados.

Para complementar, há também uma demonstração completa do Atlas passando (com sucesso) pelos obstáculos. Neste caso, não há nenhuma queda ou falha, somente o espetáculo que é a evolução do projeto graças aos esforços da Boston Dynamics. Vale a pena assistir se você estiver curioso.

Desta vez, o vídeo é bem menos cômico do que a coreografia de robôs lançada em dezembro do ano passado, mas é ainda mais impressionante pela precisão e eficiência dos movimentos.

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Fonte: Boston Dynamics (1, 2, 3)