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Em crescimento, Microsoft vê transformação digital de dois anos em dois meses

Por| 30 de Abril de 2020 às 10h51

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ComputerWorld
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O início de 2020 foi um período em que a Microsoft viu uma transformação digital que aconteceria em dois anos sendo acelerada para apenas dois meses. Com essa declaração, o CEO da empresa, Satya Nadella, abriu o estrelado relatório sobre o primeiro trimestre deste ano, apresentando faturamento total de US$ 35 bilhões, aumento de 15%, e lucros de US$ 10,8 bilhões, representando 22% mais na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foi um período turbulento para a sociedade, com a pandemia do novo coronavírus assolando o mundo. Para a Microsoft, também foi hora de se posicionar para atender ao grande aumento na necessidade das pessoas por serviços remotos, que levou plataformas de cloud computing a serem o grande destaque do relatório financeiro, tanto no segmento corporativo quanto entre os usuários finais.

Os números apontam um brilho da plataforma Azure, que apresentou um crescimento de 59% no faturamento na comparação com o mesmo período de 2019. No total, o departamento de cloud computing da Microsoft trouxe US$ 13,3 bilhões em faturamento, e na combinação de todas as ofertas desse tipo oferecidas pela empresa, o crescimento foi de 39%. No total do segmento, do qual também fazem parte os negócios de servidores, o faturamento aumentou 30%.

O LinkedIn também foi destacado por apresentar alta de 21% no faturamento, enquanto as soluções de CRM e ERP Dynamics 365 apresentaram 47% mais faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. As assinaturas do pacote Office também cresceram na faixa dos 13% nas versões corporativas e 15% nos produtos voltados para o consumidor final — hoje, são 39,6 milhões de usuários pagantes da suíte de aplicativos.

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Segundo a Microsoft, todos são reflexos positivos da mudança nos negócios e a rápida adoção de regimes de home office, que levaram empresas e profissionais a terem de se adaptar para trabalharem de casa. Entretanto, a empresa enxergou uma desaceleração nas últimas semanas de março, principalmente em licenciamentos de produtos, por conta de um regime mais consciente de gastos por parte dos usuários em comparação com as adaptações que precisaram ser feitas no início do estado de isolamento social causado pelo novo coronavírus.

Enquanto segmentos como Windows e Surface permaneceram com números quase inalterados no período, uma surpresa foi o crescimento de apenas 2% no faturamento da marca Xbox. A Microsoft disse ter sentido mais engajamento e um maior tempo de uso das plataformas de games devido ao estado de isolamento social, mas isso acabou não se refletindo em gastos, provavelmente, pela mesma ideia de maior consciência com relação à crise e os tempos difíceis que estão vindo.

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Como nota negativa, a Microsoft cita uma queda nas receitas de anúncios em ferramentas de buscas, mesmo com a ideia de que tais serviços estão sendo mais utilizados. A redução é baixa, na casa de 1%, mas já vem sendo sentida e alertada também por outros operadores do setor por conta de medidas empresariais de contenção do rombo causado pela interrupção das atividades e redução no ritmo por conta da pandemia.

Os resultados positivos levaram as ações da companhia a fecharem o pregão desta quarta-feira (29) com alta de 4,49%, uma valorização que se refletiu também nas negociações pós-fechamento do mercado. No momento em que essa reportagem é escrita, os papéis da Microsoft operam com valorização de 1,48% e a expectativa é de que esse movimento de alta permaneça ao longo de toda a negociação desta quinta (30).

Fonte: Microsoft