Twitter Verificado | Entenda os selos azul, dourado e cinza
Por André Lourenti Magalhães • Editado por Douglas Ciriaco |
O selo de verificado passou por muitas mudanças no Twitter desde 2022. O ícone, que tinha uma definição simples, foi dividido em versões com cores diferentes e ainda rende confusões em relação ao seu funcionamento.
Como o selo de verificação do Twitter funcionava?
Inicialmente, a verificação do Twitter seguia o mesmo conceito de outras redes sociais. O selo era usado para identificar perfis relevantes de criadores de conteúdos, veículos de imprensa, figuras públicas, empresas e órgãos governamentais, entre outros segmentos.
Para receber o selo de notoriedade, cada usuário precisava enviar uma solicitação para análise da equipe da rede social. Com o pedido aprovado, a conta ganhava um ícone azul ao lado do nome.
O que mudou após a aquisição de Elon Musk?
Após a compra do Twitter, Elon Musk se tornou o CEO da empresa e passou a implementar mudanças radicais na rede social. Uma das principais envolveu o Twitter Blue, serviço de assinatura da plataforma: em 9 de novembro de 2022, uma nova versão foi anunciada e garantia o selo de verificação para quem pagasse pelos planos.
Como consequência, o Twitter recebeu uma enxurrada de contas fakes que compraram o serviço e aproveitavam o marcador azul para disparar notícias falsas. O estrago foi tão grande que a rede social suspendeu o serviço para contas novas um dia depois e criou uma tag para identificar perfis oficiais.
Portanto, uma conta legítima passou a ter um selo de verificação e uma marcação como oficial, mas o resultado colocava muitas informações na tela. Horas depois de revelado, o sistema de tags foi removido e a rede do pa
O que significam os selos azul, dourado e cinza?
No final de novembro, Elon Musk anunciou um novo sistema de selos para verificação. O método foi introduzido para diferenciar as contas oficiais e ainda continuou com a geração de receita a partir da assinatura do Twitter Blue.
Atualmente, as contas podem receber selos de três cores diferentes:
- Azul: representa um perfil que assina o Twitter Blue e contas pré-existentes;
- Cinza: usado para identificar contas governamentais ou multilaterais, como embaixadas, chefes de Estado, comunicação governamental;
- Dourado: sinaliza uma conta empresarial oficial na plataforma.
O Twitter apresentou mais mudanças visuais para algumas contas. Os perfis empresariais, com a marcação dourada, também mudaram o formato da foto de perfil para um quadrado.
A rede também expandiu a quantidade de categorias abaixo do nome de usuário. É possível identificar bots, organizações governamentais e veículos de imprensa associados a um Estado.
Uma série de polêmicas
As turbulências não pararam por aí. Desde o lançamento dos novos selos, o Twitter ainda aplicou outras mudanças para essas contas e foi palco de muitas discussões entre a comunidade.
Quem pagou e quem não pagou
Imediatamente após a separação por cores, era possível clicar sobre o selo azul para descobrir se a conta foi verificada por ser um perfil notável (ou seja, antes de todo o lançamento do serviço) ou se adquiriu a verificação pelo Twitter Blue.
Porém, a rede alterou a descrição sobre as contas notáveis e deixou o sentido ambíguo, pois não informava a origem da verificação. Posteriormente, a plataforma removeu até a forma de diferenciar quem tinha a verificação antes ou depois da assinatura.
Selo azul só para Twitter Blue
O vai e vem do selo azul ganhou mais um capítulo em março de 2023: a rede anunciou que o privilégio desse marcador ficaria disponível somente para assinantes do Twitter Blue. A partir de 1º de abril, o Twitter começou a remover o verificador das contas notáveis.
Vale a pena ressaltar que o Twitter Blue é oferecido a partir de R$ 42 por mês ou R$ 440 por ano.
O selo empresarial pago
Além dessa mudança, a Rede do Passarinho também disponibilizou um programa pago para empresas e organizações governamentais. Com o recurso, o perfil oficial e contas de funcionários recebem o verificador tradicional e um ícone da respectiva empresa.
No entanto, o serviço não é barato, com uma taxa de assinatura de US$ 1 mil por mês (cerca de R$ 5 mil na cotação atual) e outro valor pago correspondente à quantidade de funcionários. Consequentemente, algumas empresas anunciaram que não pagariam pela verificação — caso do New York Times, que perdeu o selo azul.
Elon Musk atacou o jornal publicamente e removeu o ícone do perfil oficial do veículo. Outras contas associadas ao Times, entretanto, ainda mantinham os respectivos selos em abril de 2023.