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TikTok pode sair da China para se afastar de polêmicas envolvendo privacidade

Por| 11 de Julho de 2020 às 13h30

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Febre durante a pandemia do novo coronavírus, nos últimos dias o TikTok tem virado notícia não pelo sucesso dos vídeos compartilhados na rede social, mas sim pelas sérias acusações de violação à privacidade dos usuários após ser flagrado espionando dados da área de transferência do usuário. Inflamando essa situação, no início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, revelou em entrevista à Fox News que o governo Trump estuda barrar alguns aplicativos chineses, entre eles a rede social que pertence à ByteDance, sediada na China.

Conforme divulgado pelo The New York Times, a Amazon, solicitou que seus colaboradores removessem o TikTok de qualquer dispositivo que “acesse o e-mail da Amazon” por conta dos “riscos à segurança” que a plataforma de vídeos curtos e engraçados oferece. Após a publicação da matéria, a gigante do comércio eletrônico se retratou dizendo que a mensagem foi "enviada por engano" e que "não há mudanças em nossas políticas no momento em relação ao TikTok".

"Devido aos riscos de segurança, o aplicativo TikTok não é mais permitido em dispositivos móveis que acessam o e-mail da Amazon. Se você possui o TikTok no seu dispositivo, remova-o até 10 de julho para manter o acesso móvel ao email da Amazon. No momento, é permitido o uso do TikTok no navegador de laptop da Amazon", revela o e-mail inicial enviado aos funcionários da Amazon.
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Com todas as tensões políticas e econômicas envolvendo os Estados Unidos e China, a ByteDance, segundo informações do Wall Street Journal, está considerando retirar sua sede do país asiático. Além disso, a gigante de tecnologia também planeja criar um novo conselho de administração para o pequeno aplicativo de vídeo, tudo isso para mostrar ao mundo que é o TikTok é um aplicativo global e que não mantém relações com o governo chinês.

Em virtude dessas acusações, o TikTok segue bloqueado na Índia e outros países como a Austrália, por exemplo, também estudam a possibilidade de banir o app por conta de suas raízes chinesas. Vale ressaltar que essa expansão global não chega a ser uma novidade, visto que em maio, por exemplo, a companhia contratou Kevin Mayer, ex-executivo da Disney, para liderar as operações internacionais do aplicativo.

TikTok tenta se mostrar transparente

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Em busca de mostrar que não contribui para disseminação de fake news e, inclusive, coopera com o governo americano contra isso, na última semana a rede social divulgou um relatório de transparência. Segundo o documento, o TikTok removeu mais de 49 milhões de vídeos que violaram suas políticas durante o segundo semestre de 2019 (julho a dezembro).

Mais de 16 milhões desses vídeos vieram da Índia (no topo da lista), seguidos pelos EUA, com 4,6 milhões de remoções. O relatório mencionou também que o TikTok recebeu 45 pedidos para remover vídeos de 10 países, entre eles os Estados Unidos.

"A tecnologia hoje não é tão avançada que podemos confiar apenas nela para impor nossas políticas", revela trecho do relatório, destacando que há uma equipe de moderadores humanos treinados que revisam o conteúdo publicado na plataforma.

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Fonte: The New York Times, The Wall Street Journal, TikTok