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LinkedIn vai sair da China? Microsoft explica o futuro da rede no país asiático

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 18 de Outubro de 2021 às 09h33

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 Alexander Shatov/Unsplash
Alexander Shatov/Unsplash
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Na semana passada, a Microsoft anunciou que o LinkedIn seria descontinuado na China e, em seu lugar, a empresa lançaria o InJobs, uma versão única da plataforma com maior foco na busca por vagas de emprego, mas sem elementos de redes sociais. A mudança acontece devido à pressão de órgãos reguladores chineses quanto ao conteúdo do serviço original, o que provavelmente acarretou uma onda de banimentos em contas de usuários chineses.

Tentando mudar a noção de que o LinkedIn está simplesmente saindo do país asiático, o presidente da rede na China, Lu Jian, foi a público esclarecer o anúncio. Segundo ele, nenhum usuário chinês seria deixado para trás na rede social, e o que estaria acontecendo, na verdade, seria uma série de “ajustes estratégicos”, importante também para criar produtos.

“O LinkedIn não cortará os investimentos na China, [mas] irá aumentá-los. Não demitiremos funcionários e definitivamente não sairemos do país”, esclarece o executivo.

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Contudo, usuários estão confusos com a fala de Jian. As contradições do presidente com o anúncio da Microsoft criam a sensação de insegurança, que tem sido manifestada por chineses em outras plataformas digitais. No país, a rede social corporativa da MS é especialmente importante para empresários em cargos altíssimos, apontou o site Financial Times.

As falas de Jian são um alívio para quem utiliza o LinkedIn na China, mas em nenhum momento desmentem o anúncio anterior da Microsoft. O discurso do presidente é genérico ao mencionar que a empresa ainda usará sua plataforma internacional para conectar vagas de emprego internacionais para os usuários chineses — já que o InJobs, teoricamente, teria essa função.

Microsoft repete estratégia do TikTok

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Se levar os dois discursos em consideração e observar a estratégia de redes sociais na China, o que pode estar acontecendo é uma mudança de negócios para adaptação para o mercado. Diante de uma série de exigências do governo chinês, a Microsoft deve ter se visto sem saída senão acatá-las e, para evitar confusão com o LinkedIn tradicional , o serviço destinado ao país precisaria virar outra coisa.

Exemplos semelhantes de redes sociais com estratégias localizadas é o TikTok, que embora tenha surgido por uma empresa chinesa, por lá é batizado de Douyin. Lá, o aplicativo é um tanto diferente da versão que o restante do mundo conhece, já que atende às demandas específicas das autoridades locais.

Sendo assim, o InJobs seria apenas a solução apresentada pela Microsoft nesses mesmos moldes. Não se sabe exatamente como a rede ficará após a reconfiguração, mas seria algo como o próprio LinkedIn, só que sem nenhuma interação entre usuários, apenas preservando a relação entre empresas e candidatos.

Fonte: Financial Times, The Verge