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Facebook pode lançar plataforma de newsletter profissional até o final de junho

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 07 de Junho de 2021 às 13h45

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Reprodução/Pixabay
Reprodução/Pixabay
Tudo sobre Facebook

Em março, o Canaltech antecipou que o Facebook planejava lançar uma plataforma para remunerar jornalistas independentes. Agora, parece que essa novidade está mais próxima do que se esperava: o “Bulletin” está em fase de conclusão e pode ir ao ar antes do final de junho, segundo o site Engadget.

Como o nome sugere, o recurso será composto de boletins informativos, como newsletter profissionais) com foco em temas diversos como esportes, moda e meio ambiente. Serão duas versões: uma gratuita e outra paga, mas ainda não há detalhes sobre quais as diferenças.

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A ideia é cobrir notícias mais locais, informações regionais com as quais os grandes veículos nem sempre tem tempo (ou interesse) de apurar. Para que isso se concretize, o Facebook está disposto a investir US$ 5 milhões destinados a apoiar os jornalistas interessados em adentrar no Bulletin.

A ferramenta não fará parte do Facebook e será um site totalmente novo. A ideia é que o Bulletin seja uma marca própria, com identidade visual diferenciada, para que não haja vinculação direta com a rede social. Possivelmente, a companhia não quer que haja confusão entre opinião, o que normalmente é publicado nos perfis na rede, e os fatos jornalísticos apurados com seriedade.

Outra razão seria para contornar o pagamento de comissões para a Apple e para o Google, que taxam a compra de produtos e serviços realizados em suas lojas virtuais. Ao vender as assinaturas via site ou webapp, a plataforma fugiria dos elevados percentuais para conseguir praticar um preço competitivo.

Acordo com jornalistas e "economia criadora"

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Qualquer plataforma que se proponha a entregar boletins informativos vai precisar investir em remuneração para os profissionais de imprensa, afinal ninguém vai topar deixar seu emprego para se arriscar em uma aventura sem pagamento. É por isso que Facebook estuda métodos para atrair jornalistas e criadores de conteúdo, como contratos de dois anos e possibilidade de deixar o projeto após os primeiros 12 meses.

Em razão disso, dá para entender que o Bulletin não será uma plataforma aberta. Possivelmente todos os redatores e jornalistas devem ser selecionados e contratados pela empresa, embora ainda não se saiba como isso vai ocorrer. O que provavelmente não deve acontecer é a abordagem de temas políticos, porque isso já tem causado muitos problemas para o Facebook nos últimos anos.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, já manifestou interesse por um conceito chamado de economia dos criadores ou economia criadora, um modelo de negócios onde o dinheiro passa a circular entre todos os atores que integram o que podemos chamar de ecossistema dos criadores de conteúdo e não para as empresas de mídia.

O lançamento do Bulletin faz parte de um plano para apoiar essa ideia. A chegada de um reprodutor de podcast integrado, com possibilidade de monetização do conteúdo, e de recursos similares ao Clubhouse são outras iniciativas em desenvolvimento que também devem seguir na mesma direção e apoiar o trabalho dos criadores.

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Uma base de leitores pronta

Certamente, uma das vantagens em escrever notícias para o Facebook é já possuir uma base de 2,85 bilhões de usuários como potencial público. Além disso, por se tratarem de profissionais sem vínculos com grandes conglomerados de mídia, a cobertura tenderá a ser mais imparcial, o que pode atrair leitores.

O Facebook não está sozinho no lançamento de uma plataforma de boletins informativos. O Twitter iniciou recentemente seus esforços para estabelecer uma plataforma semelhante ao adquirir a Revue. Além disso, o Twitter prometeu que criadores e jornalistas terão um botão para permitir a inscrição direta nos boletins informativos.

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O Google também já apoia o trabalho de profissionais de mídia há algum tempo. No Brasil e em outras regiões, a empresa remunera os veículos pelo direito de replicar suas notícias aos usuários interessados. O dinheiro, contudo, vai para as empresas de comunicação e não para os profissionais, um formato diferente do que as plataformas sociais pretendem implementar.

Ainda é cedo para entender como tudo vai funcionar, mas parece que essa iniciativa pode mudar a forma como as pessoas se relacionam com as notícias. O que você acha disso tudo? Use o campo de comentários e deixe sua opinião.

Fonte: Engadget