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Twitter vai rotular publicações que apontem links para mídias do governo russo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Março de 2022 às 11h20

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Foto: Alexander Shatov (Unsplash)
Foto: Alexander Shatov (Unsplash)
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O Twitter anunciou novas medidas para evitar a disseminação de notícias falsas ou propaganda de guerra do governo da Rússia. A empresa começou a adicionar rótulos aos tuítes que contêm links para meios de comunicação ligados ao estado russo, no intuito de informar que aquela informação pode não ser tão confiável.

O alerta é acompanhado por um ponto de exclamação laranja para destacar a procedência da informação. A ideia não é bloquear conteúdos ou impedir a comunicação russa, mas permitir que o usuário tenha mecanismos de checagem para tirar suas próprias conclusões.

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Na avaliação do Twitter, isso pode ocorrer quando as pessoas têm acesso a fontes de informações confiáveis e isentas. Por enquanto, apenas os veículos de maior influência serão afetados, mas a plataforma promete adicionar avisos semelhantes para outras contas de perfis associados às autoridades russas nas próximas semanas.

Ainda não está claro se a rede pretende direcionar os usuários para outras fontes de informação ou se terá uma página especial, como fez durante a pandemia. Apesar disso, a marcação já pode ajudar bastante na difícil missão de combater o poderio da propaganda política em tempos de guerra.

Sites com informações pouco confiáveis

Segundo o Chefe de Integridade do Twitter, Yoel Roth, são analisados mais de 45 mil tuítes por dia com links apontados para veículos afiliados ao governo russo desde que a invasão da Ucrânia começou. Por isso, tais marcações podem adicionar um "contexto útil" às conversas para ajudar a criar conversas mais sadias.

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Essa rotulagem começou a ocorrer há cerca de dois anos, mas as indicações apareciam apenas na página de perfil de uma conta. Agora, os avisos são exibidos em cada tuíte, como ocorre nas publicações sobre a covid-19 e sobre eleições.

Em outra frente, a rede social do passarinho prometeu reduzir a visibilidade dos posts da mídia estatal na plataforma, assim ficará mais difícil alcançar um público amplo, principalmente nos países vizinhos da Ucrânia e da Rússia. A empresa não permite publicidade paga feita por contas afiliadas a governos desde 2019, quando contas vinculadas ao governo chinês faziam propaganda contra os protestos em Hong Kong.

Fonte: Yoel Roth