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O que são e como funcionam as armas termobáricas da Rússia

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 28 de Fevereiro de 2022 às 15h36

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Reprodução/Ministério da Defesa da Rússia
Reprodução/Ministério da Defesa da Rússia

A arma termobárica é um dos armamentos da Rússia que mais preocupam o mundo devido ao seu funcionamento e poder de destruição. Quando a guerra contra a Ucrânia começou, cresceu temor do uso deste tipo de armamento pelas forças armadas russas ou por outros países que entrem no conflito.

Conhecidas como "Father of All Bombs" (Pai de todas as bombas, em português), as armas termobáricas tem o nome oficial Aviation Thermobaric Bomb of Increased Power (ATBIP). O princípio delas é simples: o explosivo interno usa o oxigênio do ar ao redor para gerar uma explosão de elevada potência e dissipação de energia.

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Segundo explica reportagem da Marinha do Brasil, as bombas termobáricas consomem o ar atmosférico e afetam os alvos próximos por intermédio de uma onda de choque. Além disso, elas têm um efeito secundário causado pela queima do oxigênio, o que gera elevada temperatura onde foi utilizada.

Estima-se que o calor gerado por essas bombas cheguem a 3.000 °C — isso é quase a temperatura em partes "mais frias" do Sol e o suficiente para derreter ferro e nióbio — e causem uma onda tão poderosa que é capaz de matar seres vivos mesmo abrigados em áreas fortificadas como trincheiras, cavernas e bunkers.

Em ambientes fechados, o impacto pode chegar ser 29 vezes maior que a pressão atmosférica em uma velocidade de propagação de 3,2 km por segundo. Isso faz com que o corpo humano se desintegre completamente, sem qualquer chance de sobrevivência.

O imenso risco das armas termobáricas vem do fato de que elas vão além da destruição de estruturas e construções. Um erro de cálculo e a população de cidades inteiras poderiam ser dizimadas em segundos. Mesmo quem estiver há vários quilômetros de distância, em cidades vizinhas, por exemplo, sofreria grandes impactos no organismo.

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Testes com as bombas termobáricas

O conflito entre Rússia e Ucrânia começou na madrugada de quinta-feira (24) e prossegue até hoje (28) com pelo menos 352 ucranianos mortos, inclusive vítimas civis e 14 crianças. Dados divulgados pelo governo ucraniano apontam a destruição de 146 tanques, 27 aeronaves e 26 helicópteros inimigos, além da morte de 4,3 mil soldados das forças armadas russas, abatidos durante o confronto.

Embora os alvos da guerra sejam instalações militares e estruturas estratégicas, como gasodutos e refinarias, dezenas de bairros residenciais foram atingidos por mísseis. O conflito fez com que mais de 50 mil cidadãos ucranianos deixassem o país rumo à Polônia e outros países vizinhos, fato que começa a gerar uma imensa crise humanitária internacional.

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Os testes mais recentes com armas termobáricas que se tem notícia ocorreram em 2007 e não se tinha nenhuma expectativa de uso do armamento. Os Estados Unidos também possuem armas similares e um nome igualmente parecido: MOAB ou "Mother of All Bombs" (Mãe de todas as bombas, em português). Espera-se que esse tipo de armamento sirva apenas para amedrontar os inimigos e que a Rússia (ou qualquer outro pais) jamais a utilize em confrontos.

Fonte: Marinha do Brasil