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Elon Musk demite cúpula do Twitter e deve desfazer banimentos permanentes

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 28 de Outubro de 2022 às 09h30

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Reprodução/Twitter/Elon Musk
Reprodução/Twitter/Elon Musk
Tudo sobre Twitter

Elon Musk chegou ao Twitter cumprindo suas principais promessas desde quando anunciou a compra da rede social. A primeira medida foi demitir o alto escalão da plataforma, incluindo o CEO, Parag Agrawal, o diretor financeiro, Ned Segal, e o chefe do departamento jurídico, políticas e confiabilidade, Vijaya Gadde.

Na semana passada, a imprensa norte-americana noticiou que o homem mais rico do mundo planeja demitir 75% dos funcionários da companhia. Em vídeo recente, Musk garantiu que fará cortes, mas que não deve chegar a tanto. Ainda não se sabe como os cortes vão afetar a operação do serviço nem se a representação brasileira também pode ser trocada.

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Outra mudança deve ser a reversão dos banimentos permanentes de usuários e o fim da moderação de conteúdo nos moldes atuais. A medida pode beneficiar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e vários integrantes de movimentos anticiência, de grupos supremacista e criadores de fake news — banidos por violar políticas da rede social.

Musk já disse que pretende acabar com a remoção de tuítes, fotos e vídeos, exceto daqueles que violam a legislação. É provável que as diretrizes da plataforma precisem ser totalmente reformuladas, já que boa parte das regras estabelecem sanções para combater discursos de ódio, desinformação e certos temas delicados.

O Twitter também deve se tornar uma empresa de capital fechado daqui para frente. As ações negociadas na bolsa já foram interrompidas, sem previsão de retorno das negociações.

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Polêmica compra do Twitter

O "Chief Twit", como se denominou no perfil, finalmente terminou a novela da aquisição com um acordo no valor de US$ 44 bilhões (quase de R$ 235 bilhões). O CEO da Tesla e da SpaceX deve permanecer como o CEO do Twitter no período interino, mas pode eventualmente ceder o cargo a algum nome da sua confiança.

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No vídeo acima, publicado na quarta-feira (26), Musk fez um trocadilho com a palavra inglesa sink (pia em inglês) e forma a expressão "sink in", que pode signifcar algo como "ser totalmente compreendido". Ele chegou ao escritório carregando uma pia e dizendo que o Twitter agora iria "se entender" sobre seu comando. O bilionário garante ainda ter conhecido muita gente "legal" no Twitter, mas não deu detalhes se essas pessoas também perderiam seus empregos.

Musk diz que comprou o Twitter para criar um espaço livre para debates. "A razão pela qual adquiri o Twitter é que é importante para o futuro da civilização ter uma praça digital comum, onde uma ampla gama de crenças possa ser debatida de maneira saudável, sem recorrer à violência. A mídia se dividiu em câmaras de eco de extrema-direita e extrema-esquerda, que geram mais ódio e dividem nossa sociedade", disse em comunicado na quinta-feira (27).

O dono do Twitter deseja tornar a plataforma mais "afetuosa e acolhedora para todos", deixando nas mãos do usuário decidir qual experiência terá. Com a prática, quer atrair anunciantes e transformar a rede social na "plataforma de publicidade mais respeitada do mundo".