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Banimento de Alex Jones foi motivado por atitudes da Apple, confessa Zuckerberg

Por| 11 de Setembro de 2018 às 11h55

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Banimento de Alex Jones foi motivado por atitudes da Apple, confessa Zuckerberg
Banimento de Alex Jones foi motivado por atitudes da Apple, confessa Zuckerberg
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No final de julho, o Facebook anunciou o banimento de páginas ligadas ao apresentador Alex Jones e seu site InfoWars. Agora, o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, afirma que a decisão foi motivada por ações semelhantes tomadas pela Apple, que removeu podcasts ligados ao teórico da conspiração de seu serviço oficial de programas de áudio.

Em ambos os casos, as alegações das empresas são de que Jones era responsável por disseminar notícias falsas e fomentar discurso de ódio, dois atos que vão contra os termos de uso das plataformas. Segundo Zuckerberg, o Facebook já estava estudando o que fazer sobre a proliferação de informações do InfoWars, chegando até mesmo a uma decisão inicial sobre o banimento, apenas solidificado quando a Apple anunciou ter feito o mesmo.

Inicialmente, foi aplicada apenas uma suspensão, de 30 dias, que mais tarde foi revista para uma proibição completa. De acordo com o criador da rede social, o caso demandou cuidado por se tratar, inicialmente, de uma questão de desinformação. Com o tempo, porém, ficou cada vez mais claro que as publicações de Jones e do InfoWars representavam incitações diretas de violência, o que acabou levando ao seu banimento.

A atitude da Apple serviu não apenas para dar mais segurança ao Facebook sobre sua própria ação, mas também para acender um sinal de alerta na rede social. Para Zuckerberg, a plataforma estava “sentada em cima” do conteúdo denunciado por usuários a tempo demais, com o banimento anunciado pela Maçã servindo como um sinal de que algum tipo de medida precisava ser tomada de maneira urgente.

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A declaração foi dada em entrevista à revista americana New Yorker, na qual Mark Zuckerberg fala de sua vida pessoal, interesses e, acima de tudo, sobre a proliferação de discurso de ódio em sua plataforma. Ele aponta o caso de Jones como emblemático, pois medidas de banimento sutil, com redução de alcance e limitação na compra de publicidade, não surtiram efeito, com os usuários cada vez mais chamando a atenção da rede e exigindo atitudes em relação às publicações hostis do apresentador.

Criado em 1999, o InfoWars é reconhecido entre os teóricos da conspiração americanos. Entre as polêmicas recentes do veículo estão a revelação de um plano frustrado de dominação comunista chinesa sobre os Estados Unidos e a teoria de que o massacre na escola de Sandy Hook, em 2012, foi forjado e contou com a participação de atores para disseminar ideias antiarmamentistas.

No final de julho, Jones também viu seus perfis no Twitter e canais do YouTube desaparecendo por violações de termos de uso e incitação de discurso violento. Isso incluiu, também, os quatro vídeos mais vistos do teórico da conspiração, justamente os que “denunciavam” a farsa de Sandy Hook e falavam, entre outros assuntos, sobre supostas mentiras e motivações escusas por trás do atentado terrorista de 11 de setembro de 2011, em Nova York.

Fonte: New Yorker