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7 razões que tornam o Capitão América Sam Wilson rebelde e polêmico

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Sam Wilson é o novo Capitão América do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês). Bem, pelo menos isso é o que ele e Steve Rogers acreditam no final de Vingadores: Ultimato. Mas, como já vimos em Falcão e o Soldado Invernal, série do Disney+, o governo dos Estados Unidos não vai gostar dessa escolha.

Nos quadrinhos, Wilson se tornou o Capitão América em uma época em que Rogers também tinha ficado mais velho, pois seu Soro do Supersoldado tinha vencido. Contextualmente, o presidente dos Estados Unidos era Barack Obama, então a Marvel Comics aproveitou para alinhar o discurso do personagem a um líder negro e mais atual.

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E foi além: o Capitão América de Sam Wilson se tornou uma voz popular e se rebelou contra várias instituições estadunidenses. Muita gente não gostou dessa pegada, mas fato é que ela deixou marcas e pode ser uma grande inspiração para o que vem por aí nas telinhas. Confira abaixo alguns destaques desse período.

1. Um Capitão América para os tempos modernos

Steve Rogers é uma lenda viva, e seu tempo como Capitão América fez dele um ícone. O compromisso de Rogers com a verdade, a justiça e o american way o tornou um símbolo. Mas, como sabemos, o mundo mudou bastante desde que ele apareceu, na Segunda Guerra Mundial.

Quando Sam vestiu o uniforme, ele inicialmente não teve nada disso em suas costas, portanto não se importou muito em deflagrar guerra a quem não aceitasse sua visão de mundo — seja contra autoridades ou no combate às lutas impopulares. E, especialmente, passou a se dedicar aos que não se encaixam no antigo “sonho americano” representado por Rogers.

2. Equipe de excluídos

O Capitão América sempre teve o suporte de aliados, seja do próprio Sam, de Sharon Carter ou da SHIELD e dos Vingadores. Ao longo de sua carreira de décadas como o Sentinela da Liberdade, Steve Rogers construiu um círculo de confiança.

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Bem, isso tudo foi por água abaixo no começo do “mandato” de Sam, que preferiu juntar um grupo de amigos e outsiders, como Misty Knight (personagem recorrente nas séries dos heróis de rua da Marvel na Netflix), o ex-sem-teto conhecido como Demolição e o adolescente imigrante Joaquin Torres, que se tornou o novo Falcão.

3. Justiça a qualquer custo

Os problemas atuais transitam muito mais em uma área cinza do que no “preto e branco” da época de Rogers. Quando Sam Wilson foi confrontado com um problema relacionado à violência financiada pelo governo contra comunidades negras pobres, ele teve de ser criativo para impedir o problema na fonte.

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Os Americops, equipe de segurança, usaram força excessiva e incriminaram o herói negro Rage durante um assalto a uma loja de penhores. Sam usou seu sistema de drones para obter imagens e expor anonimamente o episódio online, em todas as redes sociais. Uma decisão controversa e bem diferente das de Rogers.

4. Sem medo de enfrentar a SHIELD e o governo

Sam Wilson não perdeu tempo em se desligar da maior organização de espionagem do Universo Marvel e fez isso da maneira mais pública possível. Embora Steve Rogers tenha se tornado aliado íntimo da SHIELD, Sam não estava preparado para aceitar ordens do governo.

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Na primeira edição de Capitão América: Sam Wilson, um hacker vazou relações obscuras da SHIELD, causando uma divisão na comunidade de super-heróis. Mesmo que muitos tenham encontrado formas de justificar tais projetos, Sam se posicionou contra a organização, usando uma conferência de imprensa para se distanciar da agência secreta — que, por sua vez, passou a chamá-lo de “Capitão Antiamérica”.

5. Justiça para todos

Ao vestir o manto do Capitão América, você tem de estar preparado para estar sob os olhares atentos de todo o mundo e sofrer as mais variadas críticas, inclusive o “julgamento das redes sociais”. Rogers sempre conseguiu se manter distante de controvérsias, mas Sam acabou se tornando uma figura polêmica por confrontar alas conservadoras dos Estados Unidos.

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Ele lutou pelos imigrantes mexicanos, travando uma guerra pública contra racistas que protegiam as fronteiras, e também encarou os Americops patrocinados pelo governo, em um esforço para ajudar os moradores de bairros negros. Para Sam, o manto é maior que a América branca da classe média — é lutar pela verdade, pela justiça e por todos os americanos, doa a quem doer.

6. Sam não consegue ter as mesmas habilidades de Rogers

Steve Rogers tem sido o Capitão América desde 1941. Durante décadas, ele lutou como vingador, aprendeu a manusear o escudo e aperfeiçoou suas habilidades como supersoldado. Apesar de ser um combatente de primeira, o Falcão sempre foi um coadjuvante e nunca apresentou o mesmo nível de expertise e destreza de Rogers.

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Em um teste, Rogers colocou Sam em uma posição que exigia que ele usasse o escudo para salvar um senador. Sam não conseguiu, e isso mostrou o quanto é difícil manusear esse acessório fundamental ao Capitão América. É preciso aceitar que somente o original consegue realizar algumas façanhas.

7. Sam não aguenta “apanhar” tanto do mundo quanto Rogers

O que realmente torna alguém comum em um herói é a maneira como essa pessoa age nos momentos mais sombrios. Um dos maiores atributos de Steve Rogers é sua resiliência — “posso ficar aqui o dia todo” é uma de suas mais célebres frases no cinema. Quando confrontado com probabilidades intransponíveis, ele simplesmente se desdobra, reúne as tropas e encontra um caminho.

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Não foi o que aconteceu com Sam. Depois que o vigilante Rage é traído pelo sistema judicial, ele perdeu a fé no heroísmo e pendurou as chuteiras, com uma coletiva de imprensa, em Capitão América: Sam Wilson #21. Rogers jamais desistiria e, embora o Falcão seja um combatente justo, não aguenta “apanhar” tanto do mundo quanto o Sentinela da Liberdade original.

Bem, isso tudo aconteceu nos quadrinhos e pode ser que vejamos vários desses elementos em uma amálgama, uma versão que, no final das contas, tem potencial para ser um Capitão América à altura ou melhor que Steve Rogers — afinal, se nos quadrinhos ele voltou, no MCU isso não deve acontecer.

*Com informações e imagens do CBR.