Publicidade

7 razões que tornam o Capitão América Sam Wilson rebelde e polêmico

Por  |  • 

Compartilhe:
Marvel
Marvel
Tudo sobre Marvel

Sam Wilson (Anthony Mackie) é o Capitão América do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, na sigla em inglês). Bem, pelo menos isso é o que ele e Steve Rogers (Chris Evans) acreditam desde o final de Vingadores: Ultimato. Mas, como já vimos em Falcão e o Soldado Invernal, série do Disney+; e em Capitão América: Admirável Mundo Novo, que acaba de chegar aos cinemas nesta semana, o governo dos Estados Unidos presidido pelo general Thaddeus Ross (Harrison Ford) não ficou satisfeito com essa escolha.

Nos quadrinhos, Wilson se tornou o Capitão América em uma época em que Rogers também tinha ficado mais velho, pois seu Soro do Supersoldado tinha vencido. Além disso, era um momento em que a Casa das Ideias estava promovendo mais diversidade e legado em suas revistas para atingir uma nova geração de leitores.

Contextualmente, na vida real isso aconteceu quando o presidente dos Estados Unidos era Barack Obama, entre 2009 e 2017. A Marvel Comics aproveitou o timing para alinhar o discurso do personagem a um líder negro e atual.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

E foi além: o Capitão América de Sam Wilson se tornou uma voz popular e se rebelou contra várias instituições estadunidenses.

Muita gente não gostou dessa pegada, mas fato é que ela deixou marcas e pode ser uma grande inspiração para o que vem por aí nas telinhas. Confira abaixo alguns destaques desse período.

1. Questiona valores conservadores 

Steve Rogers é uma lenda viva, e seu tempo como Capitão América fez dele um ícone. O compromisso de Rogers com a verdade, a justiça e o american way o tornou um símbolo. Mas, como sabemos, o mundo mudou bastante desde que ele apareceu, na Segunda Guerra Mundial.

Quando Sam vestiu o uniforme, ele inicialmente não teve nada disso em suas costas, portanto não se importou muito em deflagrar guerra a quem não aceitasse sua visão de mundo — seja contra autoridades ou no combate às lutas impopulares. E, especialmente, passou a se dedicar aos que não se encaixam no antigo “sonho americano” representado por Rogers.

2. Dá mais protagonismo a marginalizados

Continua após a publicidade

O Capitão América sempre teve o suporte de aliados, seja do próprio Sam, de Sharon Carter ou da SHIELD e dos Vingadores. Ao longo de sua carreira de décadas como o Sentinela da Liberdade, Steve Rogers construiu um círculo de confiança.

Bem, isso tudo foi por água abaixo no começo do “mandato” de Sam, que preferiu juntar um grupo de amigos e outsiders, como Misty Knight (personagem recorrente nas séries dos heróis de rua da Marvel na Netflix), o ex-sem-teto conhecido como Demolição e o adolescente imigrante Joaquin Torres, que se tornou o novo Falcão.

3. Usa meios alternativos em busca da Justiça

Continua após a publicidade

Os problemas atuais transitam muito mais em uma área cinza do que no “preto e branco” da época de Rogers. Quando Sam Wilson foi confrontado com um problema relacionado à violência financiada pelo governo contra comunidades negras pobres, ele teve de ser criativo para impedir o problema na fonte.

Os Americops, equipe de segurança, usaram força excessiva e incriminaram o herói negro Rage durante um assalto a uma loja de penhores. Sam usou seu sistema de drones para obter imagens e expor anonimamente o episódio online, em todas as redes sociais. Uma decisão controversa e bem diferente das de Rogers.

4. Não hesita em enfrentar a SHIELD e o governo

Continua após a publicidade

Sam Wilson não perdeu tempo em se desligar da maior organização de espionagem do Universo Marvel e fez isso da maneira mais pública possível. Embora Steve Rogers tenha se tornado aliado íntimo da SHIELD, Sam não estava preparado para aceitar ordens do governo.

Na primeira edição de Capitão América: Sam Wilson, um hacker vazou relações obscuras da SHIELD, causando uma divisão na comunidade de super-heróis. Mesmo que muitos tenham encontrado formas de justificar tais projetos, Sam se posicionou contra a organização, usando uma conferência de imprensa para se distanciar da agência secreta — que, por sua vez, passou a chamá-lo de “Capitão Antiamérica”.

5. Sempre discute o que seria Justiça para todos

Continua após a publicidade

Ao vestir o manto do Capitão América, você tem de estar preparado para estar sob os olhares atentos de todo o mundo e sofrer as mais variadas críticas, inclusive o “julgamento das redes sociais”. Rogers sempre conseguiu se manter distante de controvérsias, mas Sam acabou se tornando uma figura polêmica por confrontar alas conservadoras dos Estados Unidos.

Ele lutou pelos imigrantes mexicanos, travando uma guerra pública contra racistas que protegiam as fronteiras, e também encarou os Americops patrocinados pelo governo, em um esforço para ajudar os moradores de bairros negros. Para Sam, o manto é maior que a América branca da classe média — é lutar pela verdade, pela justiça e por todos os americanos, doa a quem doer.

6. Sam não consegue ter as mesmas habilidades de Rogers

Continua após a publicidade

Steve Rogers tem sido o Capitão América desde 1941. Durante décadas, ele lutou como vingador, aprendeu a manusear o escudo e aperfeiçoou suas habilidades como supersoldado. Apesar de ser um combatente de primeira, o Falcão sempre foi um coadjuvante e nunca apresentou o mesmo nível de expertise e destreza de Rogers.

Em um teste, Rogers colocou Sam em uma posição que exigia que ele usasse o escudo para salvar um senador. Sam não conseguiu, e isso mostrou o quanto é difícil manusear esse acessório fundamental ao Capitão América. É preciso aceitar que somente o original consegue realizar algumas façanhas.

7. Sam não tem a resiliência de Rogers

Continua após a publicidade

O que realmente torna alguém comum em um herói é a maneira como essa pessoa age nos momentos mais sombrios. Um dos maiores atributos de Steve Rogers é sua resiliência — “posso ficar aqui o dia todo” é uma de suas mais célebres frases no cinema. Quando confrontado com probabilidades intransponíveis, ele simplesmente se desdobra, reúne as tropas e encontra um caminho.

Não foi o que aconteceu com Sam. Depois que o vigilante Rage é traído pelo sistema judicial, ele perdeu a fé no heroísmo e pendurou as chuteiras, com uma coletiva de imprensa, em Capitão América: Sam Wilson #21. Rogers jamais desistiria e, embora o Falcão seja um combatente justo, não aguenta “apanhar” tanto do mundo quanto o Sentinela da Liberdade original.

Quais são as razões que tornam o Capitão América Sam Wilson polêmico?

Continua após a publicidade

Recapitulando, então, abaixo estão as sete razões que o Canaltech elencou para apontar por que o Capitão América Sam Wilson acaba sendo, para muitos, um Sentinela da Liberdade rebelde e polêmico:

  1. Questiona valores conservadores
  2. Dá mais protagonismo a marginalizados
  3. Usa meios alternativos em busca da Justiça
  4. Não hesita em enfrentar a SHIELD e o governo
  5. Sempre discute o que seria Justiça para todos
  6. Sam não consegue ter as mesmas habilidades de Rogers
  7. Sam não tem a resiliência de Rogers

Bem, isso tudo aconteceu nos quadrinhos e pode ser que vejamos vários desses elementos em uma amálgama, uma versão que, no final das contas, tem potencial para ser um Capitão América à altura ou melhor que Steve Rogers. Só o tempo pode dizer.