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Batman | Como a DC Comics resolveu a questão dos 3 Coringas?

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DC Comics
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A origem do Coringa tem sido um segredo bem guardado pela DC Comics há mais de 84 anos, mas, agora, ela tem dado mais detalhes sobre o assunto. Embora ainda não tenha lançado uma “história definitiva” sobre isso, a editora conseguiu recentemente alinhar o mistério sobre os três Palhaços do Crime com seu próprio passado.

Para explicar como a DC conseguiu evitar um problema de continuidade ao conectar ideias de diferentes autores, temos que voltar a 2016, mais exatamente à Guerra Darkseid. No evento, Batman pôde se sentar na Cadeira Mobius, um artefato que permite ao seu usuário ter acesso a todo o conhecimento do universo. 

Foi então que a cadeira revelou a existência de três Coringas, depois de o próprio título mensal do Homem-Morcego ter mencionado no passado a existência de um “Homem Pálido” na Gotham City do século 19. 

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Em 2020, o selo adulto Black Label lançou Batman: Três Coringas, uma trama que, aparentemente não tinha valor canônico, mas que resolveu problemas cronológicos, mostrando que os diferentes comportamentos do Palhaço do Crime em diferentes eras das histórias do Homem-Morcego se davam justamente por conta da existência desses três Coringas. O final mostrou que apenas um sobreviveu, o da graphic novel Batman: A Piada Mortal.

Só que, depois disso, os leitores ficaram um pouco confusos: isso podia ser considerado mesmo oficial? E de forma essa história se conecta com a situação atual do Coringa no Universo DC? Foi aí que a DC retomou o assunto este ano, revelando que, na verdade, essa explicação já vinha percorrendo os títulos do Batman há quase dois anos.

O retorno dos três Coringas

Antes de mostrar o que conecta os três Coringas com a trama de Batman nos últimos dois anos, ainda é necessário também mostrar como o tema voltou para as histórias em 2023, quando a DC Comics passou a “brincar” com os leitores, mostrando dois diferentes Palhaços do Crime, em lugares e situações diferentes, coexistindo em histórias que fazem parte da cronologia atual.

Enquanto na minissérie The Joker víamos um Palhaço do Crime, em The Joker: The Man Who Stopped Laughing, víamos outro — a editora até teria mostrado, “sem querer”, quem seria o “verdadeiro”. A saga Knight Terrors: Joker também deu indícios de que pelo menos dois Palhaços dos Crime coexistiam atualmente no Universo DC.

E, em The Joker: The Man Who Stopped Laughing #11, vimos dois Coringas se enfrentando e até assumindo a possibilidade de um “exército de Coringas”, pois a trama revelou vítimas de sequestros que sofreram cirurgias e lavagem cerebral para se parecerem com o vilão. Para completar, em Batman/Catwoman: The Gotham War — Scorched Earth #1, o próprio Batman confirmou ao Charada: “Já sei que existem três Coringas, Nygma”.

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Tudo isso aconteceu em paralelo à trama de o Batman sendo dominado por uma “personalidade reserva” criada como uma proteção contra ataques psíquicos. Quando sua personalidade “principal” era atacada, Zur-En-Arrh é quem assumia o controle, agindo somente como um vigilante extremamente violento, sem as “amarras” da humanidade de Bruce Wayne.

Personalidades extremas

No final desse arco de Zur-En-Arrh, neste ano, essa personalidade reserva foi transferida da mente de Bruce para outra contingência criada pelo próprio Batman, uma robô chamado Failsafe, que tinha o mesmo papel dessa faceta psicológica do Homem-Morcego, mas no mundo real. Ou seja, atualmente, há uma espécie de “Batman robô psicopata” com as mesmas habilidades físicas e intelectuais do herói por aí.

E o que isso tem a ver com a resolução dos três Coringas? Bem, nas últimas edições de Batman, o Coringa revelou que foi treinado pelo antigo mentor de Bruce, Dr. Daniel Captio, e desenvolveu um truque semelhante ao Zur-En-Arrh. Assim como o herói, o vilão também conta com personas de apoio em mente, representadas por três Coringas totalmente diferentes e igualmente aterrorizantes.

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O “Coringa um” seria “O Palhaço”, o risonho e “brincalhão” vilão com o assassino interior; o “Coringa dois”, simplesmente chamado de “O Demônio”, que representa “um tormento da humanidade a serviço de algo maior”; e o “Coringa três”, uma faceta assustadoramente calma e quieta batizada de “A Morte Fria”.

“Tá, mas como existiam realmente outros Coringas vivos ao mesmo tempo?” Pois bem, como a própria DC mostrou no caso do Batman, o Coringa pode ter manifestado em apenas um indivíduo os três Coringas em situações diferentes, e até mesmo transferido uma, duas ou até essas três personalidades para outras pessoas, que, então, teriam se tornado manifestações reais dessas facetas.

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Atualmente, não dá para cravar com toda a certeza em quais histórias estaríamos lidando com uma “cópia física” ou com uma das personalidades reservas na mesma pessoa. Certo é que, embora a DC tenha nos dado dicas para nos aprofundarmos mais na complexidade do Coringa, é quase certo que nunca realmente teremos todo o seu mistério revelado — afinal, isso faz parte de seu próprio charme, certo?