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Review Realme Watch S | Uma boa extensão do seu celular

Por| Editado por Léo Müller | 03 de Julho de 2021 às 12h00

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Ivo/ Canaltech
Ivo/ Canaltech

A Realme chegou de forma oficial ao Brasil em janeiro deste ano com o objetivo de ser uma das três maiores fabricantes dispositivos eletrônicos do mercado nacional. Além de estrear nos segmentos de celulares e fones de ouvido, a marca também entrou no setor de relógios inteligentes, dominado por Apple, Samsung e Xiaomi (Amazfit) no país.

O Realme Watch S é atualmente o único smartwatch da marca chinesa à venda por aqui e aposta em bateria com duração de até 15 dias, monitoramento 24h por dia, diversos modos de exercícios e, principalmente, um preço abaixo da concorrência. Será que o modelo da Realme tem força para brigar com as gigantes no mercado brasileiro?

Tive a oportunidade de testar o relógio inteligente da Realme por alguns dias e compartilho nos próximos parágrafos todos os pontos positivos e negativos sobre ele. Obviamente, se você gostar do Watch S, deixaremos uma oferta especial no final desta análise.

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Prós

  • Design elegante e discreto;
  • Diversas opções de mostradores;
  • Bateria de longa duração.

Contra

  • Tela LCD é inferior a de outros modelos equivalentes;
  • Monitores de frequência cardíaca e oxigenação no sangue podem ser imprecisos;
  • Aplicativo Realme Link não é prático.
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Review em vídeo

Construção e design

O Realme Watch S é um relógio inteligente que não parece tão "smart" em um primeiro momento. Seu design foge completamente do “estilo Apple Watch” e traz um formato tradicional, com uma caixa redonda feita em alumínio. O modelo que testamos é todo preto, oferecendo uma aparência elegante e que não chama atenção no pulso.

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A pulseira padrão do smartwatch é de silicone, também na cor preta, e tem 22 mm. Ela pode ser substituída por outras opções de cores e acabamentos caso queira, mas a Realme não trouxe os acessórios para o Brasil — ou seja, o ideal seria importá-los.

Vale mencionar, também, que o Realme Watch S tem resistência contra água e poeira. Em termos práticos, isso significa ser possível tomar uma chuva rápida ou suar com ele no pulso tranquilamente, mas a empresa não recomenda utilizá-lo no banho, o que é curioso, já que a certificação IP68, tecnicamente, o deixaria resistente para isso.

No geral, o Realme Watch S é bem confortável no pulso e não chega a incomodar mesmo após longas horas de utilização ou dormindo. Durante os testes, também não senti incômodos ao correr, caminhar e fazer outros tipos de exercícios com ele no pulso, o que é excelente.

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Na lateral direita do produto ficam seus dois únicos botões: o de cima permite acessar configurações e funções do relógio, enquanto o inferior é exclusivo para os modos de treino.

Tela

Com relação à visualização, temos um display redondo de 1,3 polegada com resolução de 360 por 360 pixels e painel LCD. A tela ocupa 49,1% da área frontal, deixando as bordas restantes responsáveis por exibir as marcações para os mostradores analógicos.

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Diferentemente de smartwatches com painéis AMOLED — que deixam os conteúdos mais vivos e com brilho intenso —, o modelo da Realme traz uma tela que tende a acinzentar os tons mais escuros, um ponto negativo do LCD. Na prática, isso limita a experiência com o relógio, já que não há recursos interessantes como o modo de tela sempre ligada.

Mesmo não trazendo um modo que deixa a tela sempre ligada, é possível acendê-la ao erguer o pulso. Durante os testes, o relógio conseguiu identificar o movimento muito bem enquanto eu estava em pé ou sentado, mas tive dificuldades para ativá-la deitado. Isso não chega a ser um ponto muito negativo, mas não poderia deixar de comentar.

Além disso, o brilho máximo do Realme Watch S não é tão forte quanto em modelos com displays AMOLED, embora eu não tenha experimentado dificuldades para visualizar os conteúdos sob a luz do sol. O relógio traz, ainda, um modo de brilho automático, que consegue se adaptar ao ambiente e definir a luminosidade com precisão.

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Configurações e desempenho

Infelizmente, a Realme não destaca o modelo do chipset nem sistema operacional que roda no Watch S, portanto já podemos ir ao que interessa: a sua usabilidade.

Por estarmos falando de um smartwatch mais básico, a interface do Realme Watch S é extremamente simples e sem firulas: na tela inicial, deslizar o dedo de cima para baixo exibe a central de notificações, enquanto o inverso acessa o menu. Passar o dedo para os lados, por sua vez, leva até o contador de passos e calorias perdidas, além dos relatórios de frequência cardíaca e sono.

A navegação do sistema é ok para a categoria, sem travamentos ou engasgos mesmo durante o monitoramento. Ainda assim, pude perceber certa lentidão ao transitar entre as telas, como se os conteúdos estivessem se arrastando.

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Além disso, o Realme Watch S é bastante limitado em relação às coisas que consegue fazer sem estar pareado a um celular. Basicamente, as únicas funções que ele desempenha sem contato direto com um aparelho é criar alarmes, iniciar cronômetro e temporizador. Ele também pode verificar a sua frequência cardíaca e oxigenação no sangue a qualquer hora, embora os relatórios fiquem no aplicativo Realme Link. Falarei mais sobre o app a seguir.

Acompanhamento físico

O Realme Watch S possui 16 modos de treino. São eles: corrida em ambientes externo e interno, caminhada, ciclismo (externo e interno), capacidade aeróbica, treino de força, futebol, basquete, tênis de mesa, badminton, exercício elíptico, ioga, críquete, remo e bicicleta ergométrica. Os treinos utilizam os sensores do próprio relógio, mas os cálculos de distância e localização são feitos pelo smartphone, pois não há GPS integrado por aqui.

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Em um sábado de manhã, saí para fazer uma caminhada com o Realme Watch S no pulso. Selecionei o modo de caminhada e achei bastante simples, bastando escolher a opção, aguardar o GPS se conectar e clicar em “Iniciar”. Automaticamente, o relógio passa a contabilizar os passos, a frequência cardíaca, a distância e a duração do exercício.

Durante os testes, no entanto, dois pontos me chamaram atenção: o primeiro foi que o relógio parou de contabilizar os passos e a distância percorrida após cerca de 100 metros do ponto de partida, embora tenha continuado funcionando. Depois de alguns erros, o modelo conseguiu se manter estável até o fim do exercício.

O segundo detalhe foi em relação ao monitoramento da frequência cardíaca: enquanto eu estava caminhando relativamente tranquilo, o relógio alcançou 185 batimentos por minuto (bpm), o que não fazia sentido. Já em momentos onde eu estava mais ofegante, minha frequência cardíaca não passou de 165 bpm. Fazendo o acompanhamento durante um dia normal, no entanto, tive resultados mais condizentes com a minha situação.

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O Realme Watch S também é capaz de monitorar o nível de oxigenação no sangue (SpO2), algo que a linha Apple Watch ganhou recentemente. Não percebi muitas inconsistências nos resultados, mas, no caso de o registro ficar muito abaixo do normal, procure um médico. Outro recurso muito bem-vindo do Realme Watch S é o monitor automático de sono. Com ele, é possível ficar ciente dos períodos em que você teve sono leve, profundo e REM, além de acompanhar a sua frequência cardíaca durante o tempo.

Conectividade

Para uma experiência mais completa com o Realme Watch S, é imprescindível fazer o download do aplicativo Realme Link. Por lá, você acompanha todos os dados durante o período de sono, histórico da sua frequência cardíaca, relatórios de exercícios, galeria de mostradores e muito mais.

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No entanto, a crítica que fiz na análise do fone de ouvido Realme Buds Q se repete aqui. O Realme Link não é muito prático, pois é preciso criar uma conta do zero — caso você esteja entrando agora no ecossistema da empresa —, e o processo é bastante demorado e cansativo.

Uma vez conectado ao aplicativo, a experiência é bem mais completa em relação a que tive com os fones de ouvido da marca. Alguns recursos só podem ser ativados por lá, como os lembretes para beber água e se movimentar, além de definir o watch face — há mais de 100 opções de mostradores disponíveis, o que é excelente.

Por ser um smartwatch mais básico, o Realme Watch S recebe notificações dos principais aplicativos, mas não consegue respondê-las. Além disso, é possível controlar o reprodutor de músicas do celular e o obturador da câmera do smartphone — surpreendentemente, o atraso é muito pequeno, quase instantâneo.

Bateria e carregamento

Segundo a Realme, o Watch S garante até 15 dias de uso com apenas uma carga. Durante os testes, mantive o relógio com todas as notificações ativadas, monitoramento de frequência cardíaca a cada cinco minutos e brilho no automático. No décimo dia, o smartwatch ainda estava com 30%, o que é excelente. Provavelmente, seria possível chegar ao décimo quinto dia sem problemas.

Com relação ao carregamento, o Realme Watch S traz um carregador por indução que se acopla na parte debaixo do relógio. A ponta do acessório é USB-A e pode ser conectada a computadores e adaptadores de energia compatíveis. Nos testes, o relógio saiu de 10% a 100% em pouco mais de duas horas, o que é bom para a categoria.

Concorrentes diretos

O Realme Watch S chegou ao mercado brasileiro em janeiro deste ano por R$ 699, mas já pode ser encontrado por valores mais em conta. Na sua faixa de preço, podemos citar alguns modelos da Amazfit (Xiaomi), como os Amazfit GTS 2 Mini e Amazfit Bip U Pro.

No caso do GTS 2 Mini, temos uma tela AMOLED, superior à LCD do Watch S, acompanhamento de ciclo menstrual e mais de 70 modos de treino, contra apenas 16 do relógio da Realme.

Já o Bip U Pro é mais simples, porém entrega mais de 60 modos de treino, monitoramento de estresse e GPS integrado. Ele perde na duração da bateria, que promete somente nove dias de uso.

No portfólio da Huawei, o Watch Fit é uma boa alternativa ao Realme Watch S. Ele não traz um formato tradicional de relógio como o rival, mas oferece tela AMOLED, GPS integrado e resistência à água de até 50 metros de profundidade.

Conclusão

O Realme Watch S está mais próximo de uma smart band que de um relógio inteligente, o que é muito positivo. Ele entrega os principais recursos fitness de uma pulseira conectada e bateria para quase duas semanas, mas em um corpo tradicional e elegante de relógio.

Além disso, o fato de o Watch S depender de um smartphone não chega a ser um problema, já que o foco do produto é ser, basicamente, uma extensão do celular. Mas é preciso ter isso em mente e não esperar que ele possa competir com modelos mais completos de marcas como Samsung e Apple.

Os únicos detalhes que me deixam com o pé atrás em relação ao dispositivo da Realme é o aplicativo Realme Link, que não é prático para criar conta, e a tela LCD, inferior a modelos equivalentes que já possuem display AMOLED. Nesses casos, tanto o Amazfit GTS 2 Mini quanto o Bip U Pro são opções mais interessantes, mesmo trazendo uma autonomia de bateria inferior.

E aí, curtiu o Realme Watch S? Confira no link abaixo uma oferta especial que preparamos para você!