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Que marcas dominavam o mercado de celulares há 10 anos?

Por| Editado por Léo Müller | 01 de Julho de 2022 às 18h29

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Eirik Solheim/Unsplash
Eirik Solheim/Unsplash
Tudo sobre Samsung

As coisas podem mudar bastante de um ano para outro no mercado, então imagine em uma década. Quando o Canaltech começou a publicar suas primeiras notícias, lá em 2012, nosso dia a dia era consideravelmente diferente do que é hoje. Assim, decidimos refletir sobre as marcas que dominavam o mercado há 10 anos. Você lembra quais eram?

Naquela época, o smartphone começava a se tornar onipresente nas vidas de cada vez mais gente. As redes sociais já tinham uma importância grande, mas não tanto como agora.

Para saber o que mudou desde então, eu fui atrás de relatórios anuais de três consultorias diferentes: Strategy Analytics, IDC e Gartner. Há algumas distinções numéricas para a quantidade de aparelhos que cada empresa vendeu em 2012 e 2021 entre uma e outra, mas as posições em si são consistentes.

Vamos ver quais empresas estão no topo hoje e, depois, vamos relembrar quais estavam há dez anos. Já adianto que há algumas mudanças, mas o fator principal é o tipo de produto mais popular em cada momento.

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Como está hoje

Samsung e Apple disputam já há alguns anos o topo da lista. Mas a sul-coreana segue na frente, como já era há dez anos, quando a gente considera celular, e não apenas smartphone. A Maçã consegue ficar no topo em alguns trimestres, principalmente quando lançou um novo iPhone.

Mas, como eu já falei, a ideia aqui é analisar por anos. Em 2021, a Samsung vendeu cerca de 270 milhões de unidades mundo afora. A Apple ficou perto dos 230 milhões, e a Xiaomi conseguiu a terceira colocação, com 190 milhões, aproximadamente.

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Oppo e Vivo também são citadas em todos os relatórios na quarta e quinta colocação, respectivamente. Com 140 milhões e 135 milhões cada, aproximadamente. Lembrando que os números exatos variam dependendo das fontes e metodologia de cada empresa de análise.

Outras companhias somaram cerca de 460 milhões de telefones comercializados no globo. É celular à beça, totalizando quase 1,5 bilhão de smartphones (os relatórios não mais contabilizam feature phones, que têm números inexpressivos atualmente).

O mercado cresceu 5% em 2021 segundo a Strategy Analytics, e 6%, segundo a Gartner. O IDC calculou em 5,7%, o que nos leva a crer que realmente ficou por aí. Porém, cada empresa dá números bem diferentes para as companhias do quarto lugar para baixo na lista.

  1. Samsung: mais de 270 milhões de unidades
  2. Apple: quase 240 milhões de unidades
  3. Xiaomi: cerca de 190 milhões de unidades
  4. Oppo: até 150 milhões de unidades
  5. Vivo: até 136 milhões de unidades
  6. Outras marcas: entre 380 milhões e 460 milhões de unidades
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Como era há 10 anos

Descobrir como era o mercado há dez anos não foi uma tarefa tão fácil. Os relatórios de uma década atrás já se perderam em mudanças de servidores ou até dependendo da maneira que as empresas de análise armazenam seus arquivos. Mas dá para ter uma ideia com páginas jornalísticas.

Um fator curioso é que havia relatórios ou listas separados para smartphones e a indústria de telefonia móvel no geral. Vou citar ambas, até para você ter uma ideia da mudança quando se avaliava apenas os telefones inteligentes.

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A Samsung, por exemplo, tinha pouco mais de 50% de seu total de vendas nos smartphones. A Huawei, que já alcançava há dez anos a terceira posição neste tipo de mercado, teve sua linha de produção representada em mais de 70% por eles, e bem poucos celulares comuns.

A Apple nunca produziu feature phones e, por isso, dominou o mercado de telefones inteligentes por muitos anos com seu iPhone. Veja abaixo como era a lista quando consideramos apenas smartphones.

  1. Samsung: mais de 200 milhões de unidades
  2. Apple: mais de 130 milhões de unidades
  3. Huawei: mais de 25 milhões de unidades
  4. LG: cerca de 25 milhões de unidades
  5. Lenovo: mais de 20 milhões de unidades
  6. Outras marcas: até 270 milhões de unidades

Segundo a Gartner, 2012 teria sido o último ano em que os feature phones venderam mais que os smartphones. Então, como fica a lista das fabricantes se a gente considerar tudo? Mudam algumas posições, e a Apple fica um pouco mais para baixo.

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O número total varia de acordo com a empresa de análise. A Gartner calculava em cerca de 1,7 bilhão, enquanto a Strategy Analytics era um pouco mais modesta, com 1,6 bilhão. Não encontrei dados confiáveis do IDC para o ano de 2012.

  1. Samsung: mais de 380 milhões de unidades
  2. Nokia: mais de 330 milhões de unidades
  3. Apple: cerca de 130 milhões de unidades
  4. ZTE: até 70 milhões de unidades
  5. LG: até 60 milhões de unidades
  6. Outras: de 610 milhões até 635 milhões de unidades

O que mudou nesses 10 anos

Samsung e Apple já têm mais de uma década de domínio no mercado global de smartphones. A Maçã já teve sua vice-liderança ameaçada pela Xiaomi em alguns trimestres, mas mostrou recuperação principalmente com o iPhone 12, que trouxe o 5G.

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O que mudou mais foi o mercado em si. Hoje, os smartphones dominam, enquanto há dez anos eles não representavam ainda metade de toda a indústria. E foi este o principal motivo para a queda da Nokia, que ficou "esquecida no churrasco" com a chegada dos telefones inteligentes.

Mas, assim como a ZTE, a finlandesa ainda está por aí, com o sistema Android e buscando alguma relevância em seu retorno. Mas ambas viram a ascensão de diversas companhias chinesas, muita delas até mais novas do que o smartphone em si.

Xiaomi e Realme são dois bons exemplos disso, empresas com 10 anos ou menos de existência que já têm boa relevância no mercado. A segunda marca ainda pertence à gigante BBK Electronics, que tem sob seu guarda-chuva a quarta e a quinta maiores, OPPO e Vivo.

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E aí eu deixo com você uma reflexão: o que será que vai acontecer no mercado de smartphones nos próximos dez anos? Será que o domínio de Samsung e Apple finalmente será vencido, ou elas vão se manter no topo?

Ou nem mesmo teremos mais o celular tão presente em nosso dia a dia? Isso só o futuro dirá.

Fonte: Gartner (1, 2), IDCStrategy Analytics, Android Authority