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Quarto gamer da Samsung tem monitor enorme e muitos LEDs

Por| 08 de Julho de 2022 às 17h10

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Wallace Moté/Canaltech
Wallace Moté/Canaltech
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Já pensou em ter um quarto totalmente projetado para jogar? A Samsung pensou, e em parceria com a Housi projetou um "quarto gamer" em plena Faria Lima em São Paulo. O Canaltech conheceu o tal quarto gamer a convite da marca, e agora eu conto um pouco da minha experiência de 24 horas em um lugar que faz de tudo para não te deixar dormir — por mais irônico que isso pareça.

Antes de mais nada, é bom destacar que a Samsung não foi a única responsável pela montagem do quarto gamer, contando com parceiras que disponibilizaram acessórios variados para compor não apenas o ambiente temático como também o setup de jogos, incluindo Logitech (mouse, teclado, headset e volante com pedais), DT3 (cadeira), FOM (puffs), Red Bull (mini geladeira com energéticos) e Iron Studios (action figures).

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Odyssey Neo G9 é a estrela do quarto gamer

Apesar da enorme quantidade de LEDs espalhados pelo quarto e da decoração cheia de figuras de ação detalhistas, é inegável que a grande estrela que chama atenção logo de cara é o monitor Samsung Odyssey Neo G9. Com um imponente painel curvo de 49 polegadas em proporção 32:9, o monitor tem largura equivalente a duas telas de 27 polegadas em proporção tradicional de 16:9, ou seja, ocupa um bom espaço na mesa.

Não nego que de início até estranhei um pouco, mas bastou sentar à frente da tela e ser "abraçado" por ela para me sentir usando óculos de realidade virtual, já que toda a visão periférica também é dominada pelo enorme painel. Isso é ótimo mesmo para tarefas normais do dia a dia, seja abrindo dezenas de guias do navegador ou vários aplicativos lado a lado, mas sem dúvidas o grande trunfo está mesmo na hora de jogar — desde que o jogo tire proveito disso.

Digo isso porque nem todos os jogos que testei aproveitaram o painel enorme, mas muito por culpa minha e do meu gosto por títulos antigos. Jogos mais atuais ou que ao menos foram atualizados com suporte para tecnologias recentes geram uma ótima sensação de imersão, em especial títulos de FPS ou corrida quando colocado o modo de câmera em primeira pessoa.

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Curiosamente, minha experiência não foge do que foi comentado pela Jucyber, analista de produtos aqui do Canaltech, em seu review do Odyssey Neo G9. Em suas palavras, "a qualidade da tela do Samsung Odyssey Neo G9 é realmente incrível, mas o fato de ainda termos alguns aplicativos e jogos que não possuem compatibilidade com essa dimensão de display atrapalha a usabilidade, mesmo que o modo PIP ajude a driblar um pouco isso."

Outro ponto importante a se destacar é que o Odyssey Neo G9 tem especificações realmente robustas que podem acabar sendo subaproveitadas caso você não possua um PC poderoso ou um console de última geração. Além da enorme diagonal de 49 polegadas, a tela Mini LED tem resolução Dual QHD (5120 x 1440 pixels), taxa de atualização de 240 Hz, tempo de resposta de 1 ms, tecnologia de taxa de atualização variável com AMD FreeSync Premium Pro e suporte ao Nvidia G-Sync, além de um modo de baixo input lag que reduz os atrasos dos comandos para 2 ms.

Quarto gamer é muito gamer e pouco quarto

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Como comentei logo no início deste texto, o quarto gamer da Samsung ironicamente parece fazer de tudo para você não dormir. Além da geladeira com meia dúzia de energéticos da Red Bull e do enorme monitor brilhante chamando sua atenção, são literalmente centenas de luzes espalhadas por todos os cantos para te fazer pensar que está dentro de um gabinete gamer.

Muitas das luzes podem ser desligadas por interruptores escondidos pelo quarto, é verdade, mas há algumas que precisam ser removidas diretamente na tomada caso você queira deixar o quarto realmente escuro, como o logo da Odyssey — marca gamer da Samsung — em cima da mesa e a mini geladeira da Red Bull. Também não me senti exatamente confortável com a webcam acima do monitor e o microfone em cima da mesa, e tratei de colocá-los em uma posição mais escondida.

Outro ponto curioso é que o quarto possui uma espécie de lounge com puffs da FOM, mas a única mesa disponível para refeições é uma pequena circular que fica ao lado da cama, não sendo exatamente a mais recomendada caso você esteja acompanhado e precise acomodar mais do que um trio de fast food sobre ela. 

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Por falar nisso, com exceção do lounge todo o quarto parece projetado para uma única pessoa usar, não estando disponível uma segunda cadeira à mesa, controles adicionais para uma partida multiplayer local ou mesmo uma segunda opção de saída de som além do headset. Caso você pense em levar companhia, é bom ter isso em mente. 

No mais, vale destaque para o capricho na decoração das estantes e nichos, com figuras de ação extremamente detalhistas que devem agradar aos mais variados estilos de gamers e geeks por aí, indo desde um Mandaloriano enorme com seu companheiro Baby Yoda até um Rony Weasley jogando xadrez de bruxo e um Mumm-Ra de Thundercats. 

Housi é um "airbnb gourmet"

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Além do quarto em si, não posso deixar de comentar sobre todo o ambiente em que ele se encontra. Logo ao chegar na Housi notei que era um lugar diferente de outros hotéis que já estive. O saguão é recheado de letreiros coloridos, ursos de pelúcias e outras decorações lúdicas, a recepção é toda digital e até a fechadura do quarto é eletrônica, sendo possível usar leitor de impressões digitais ou senha numérica. Ah, um dos elevadores estava literalmente estofado com pelúcia rosa.

Quem já ficou em um Airbnb provavelmente está familiarizado com o estilo de locação "faça você mesmo", mas no caso da Housi isso é feito de uma forma um pouco diferente. O prédio tem portaria 24h, seja para receber comida ou resolver algum eventual problema, e estão disponíveis algumas máquinas de vendas com garrafas d'água — essa estava com defeito no período da minha estadia, obrigando alguns hóspedes a pedir água por delivery — e guloseimas, além de um "mercadinho" com produtos de mercearia em geral. Também é possível usar a lavanderia para lavar suas roupas e a academia para manter a forma.

Para uma experiência pontual como passar um dia no Quarto Gamer, que estará disponível para locação até o dia 30 de julho, parece uma boa ideia, mas todo o conceito é um pouco acelerado demais para mim. Certamente tem seu público, em especial quem precisa estar no centro corporativo de São Paulo e quase não para em casa, mas está longe de passar a sensação aconchegante que eu espero de um quarto.