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Notebooks com GPUs Intel Arc chegam ao Brasil em 2024

Por| Editado por Jones Oliveira | 17 de Outubro de 2023 às 10h30

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Reprodução/Intel
Reprodução/Intel
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O segmento brasileiro de TI é um dos maiores do mundo. Segundo relatórios econômicos mais recentes, nosso mercado foi avaliado em US$ 51 bilhões em 2020 e, mesmo com a desaceleração após a pandemia, ainda atingiu US$ 45 bilhões em 2022.

O setor de hardware contribuiu com US$ 25 bilhões, fazendo do país um mercado em potencial para grandes empresas, como a Intel. O Canaltech entrevistou com exclusividade Juliana Hurtado, Diretora de Consumo e Varejo da Intel Brasil, para entender mais sobre os planos e estratégias da companhia para o consumidor brasileiro, entre elas a chegada de notebooks com GPUs Arc por aqui.

“Todos sabemos que 2020 e 2021 foram momentos de crescimento sem precedentes, pela necessidade de as pessoas trabalharem, estudarem e se entreterem de casa, e o PC virou nossa janela para o mundo e isso gerou muitas vendas. Desde o ano passado, o mercado voltou a se ajustar pós-pandemia, mas o patamar de vendas ainda está muito maior do que era em 2019”, explicou Hurtado.
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Uso do computador evoluiu

Segundo Juliana, também como efeito da pandemia, o uso dos computadores evoluiu e cada vez mais usuários estão realizando tarefas mais exigentes. Muitos consumidores se tornaram criadores de conteúdo, abriram negócios próprios, começaram a trabalhar como streamers e o número de PC gamers também aumentou.

O Brasil, que já estava entre os 5 maiores mercados da Intel no mundo, chegou ao terceiro lugar durante a pandemia, atrás apenas de Estados Unidos e China. Mesmo com essa nova realidade, “a penetração de computadores no Brasil ainda é baixa, então temos aí uma oportunidade de trazer mais acessibilidade” a produtos que atendam às novas necessidades.

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Democratizando o acesso à tecnologia

Outro fator importante é que “o Brasil tem uma das maiores audiências gamer do mundo”, movimentando em 2021 mais de US$ 1,4 bilhão com o cenário de eSports, se tornando o maior mercado da América Latina. Durante a etapa Champions do IEM Rio 2023, o país registrou pico de 1,4 milhão de espectadores simultâneos.

No entanto, pela realidade financeira da maioria dos brasileiros, grande parte desse público não tem acesso a bons PCs ou utiliza configurações ultrapassadas. Segundo Hurtado, os números de vendas sugerem que a janela média para gamers atualizarem ou substituírem seus PCs é de 3 a 4 anos.

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Por outro lado, os produtos que costumam oferecer melhorias reais são quase exclusivamente os topo de linha, muito caros. Com isso, a Intel enxerga nesses usuários uma boa oportunidade de crescer no mercado nacional, oferecendo soluções mais baratas, com boas configurações nos segmentos intermediário e de entrada.

Intel Core Ultra + Intel Arc

Com a chegada dos novos notebooks equipados com processadores Meteor Lake, a empresa de Santa Clara também reestrutura a marca Intel Core. A nova nomenclatura introduz os Intel Core Ultra, de primeira geração, abandonando a contagem atual na linha de CPUs móveis.

O rebranding é a primeira iniciativa da empresa para expandir a penetração de suas tecnologias, por facilitar a compreensão de qual produto atende cada usuário. Inicialmente, isto se aplica apenas aos processadores para notebooks, mas já aproxima a marca de novos consumidores em potencial.

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Outra estratégia, esta mais urgente para o Brasil, é a chegada de notebooks com placas de vídeo Intel Arc. Um dos fatores que encarece PCs gamer é o cenário que, por mais de 20 anos, contou com apenas duas marcas de GPUs voltadas para jogos.

As placas Intel Arc já estão disponíveis com preços bem atraentes nos segmentos de entrada e intermediário, mas por enquanto apenas "como componentes". Durante a conversa com o Canaltech, Juliana não especificou uma data, mas afirmou que a empresa está negociando parcerias para, em 2024, trazer sistemas com soluções 100% Intel, inclusive para o Brasil.

“De alguma forma, as placas gráficas Arc já estão disponíveis no mercado como componente, e estamos desenvolvendo planos com a indústria, pois não depende só da Intel, para começar a ter produtos [Intel Core + Arc]. Realmente não vai acontecer tão rápido, mas temos algumas oportunidades que estamos começando a conversar, para [trazer essas soluções] em algum momento de 2024, (...) com alguns produtos no Brasil.”
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Naturalmente, a executiva não definiu faixas de preço para esses novos produtos, por depender de estratégias comerciais de outras empresas além da Intel. No entanto, Hurtado reforçou que o foco inicial é nas faixas de notebooks mais baratos, trazendo com as soluções Intel mais desempenho e gráficos competentes, levando notebooks gamer de qualidade a mais brasileiros.