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Apple processa ex-funcionário por vazamentos do Vision Pro

Por| Editado por Wallace Moté | 29 de Março de 2024 às 10h22

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech

A Apple abriu um processo contra o seu ex-funcionário Andrew Aude, alegando que ele teria vazado informações sigilosas sobre novos produtos para a imprensa. Entre os segredos supostamente revelados por ele estão informações sobre o headset Vision Pro, além do aplicativo Diário.

De acordo com a documentação registrada pela Apple, Aude teria revelado uma lista com recursos já finalizados do Diário por meio de ligação a um jornalista do The Wall Street Journal. O conteúdo foi publicado pelo repórter Aaron Tilley, em abril do ano passado. 

O vazador teria enviado mais de 1.400 mensagens para o mesmo jornalista, utilizando o aplicativo Signal — tipicamente usado para mandar e receber conteúdos criptografados. O processo tem uma captura de tela anexada, em que Aude tem o contato do repórter nomeado como "Homeboy".

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A acusação ainda aponta que Aude pode ter realizado viagens para encontrar pessoalmente uma outra jornalista do site The Information, para quem ele teria mandado mais de 10 mil mensagens de texto. 

A Apple também encontrou uma captura de tela de 2020, em que Aude cita detalhes sobre um dispositivo de computação espacial para uma pessoa que não trabalha na empresa. É possível que se trate de uma versão prévia do Vision Pro, headset anunciado três anos depois. 

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Funcionário não colaborou

O funcionário trabalhava na divisão de engenharia de software para o sistema operacional iOS desde 2016, e fazia parte da equipe responsável pela parte de otimização de bateria. Por isso, ele era considerado como uma pessoa que tinha muito acesso a informações sensíveis sobre projetos internos da Apple. 

No entanto, a descoberta dos vazamentos fez com que ele fosse demitido em 2023. A Apple também alega que Aude chegou a ir ao banheiro para deletar todos os indícios da má conduta em seu celular de trabalho, incluindo o próprio aplicativo Signal.

Essa destruição de evidência fez com que a Apple tenha aberto o processo, já que a marca “não pode saber o universo de o que foi divulgado para quem, e quando”. Aude chegou a admitir o envio de algumas mensagens, mas nada muito além do que ele mesmo não foi capaz de deletar. 

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Desde então, ele não tem sido muito cooperativo, segundo a Apple. Afinal, ele se recusou a abrir mão das ações que recebeu da marca como parte da compensação pela demissão, além de não ter se comprometido a ajudar nas investigações.