Review Redmi Note 12 Pro | Mais fluidez, menos bateria
Por Felipe Junqueira | Editado por Léo Müller | 22 de Março de 2023 às 17h35
O Redmi Note 12 Pro é uma versão com um pouco mais de recursos que a versão base do intermediário da Xiaomi. Com chip MediaTek e câmeras de maior resolução, a experiência promete ser mais ‘premium’.
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Eu testei o dispositivo logo depois de conhecer de perto o Redmi Note 12. Nesta análise, além de falar da versão Pro, eu faço alguns paralelos entre os dois modelos, que agora têm 5G nativo.
Entenda se vale a pena investir no Redmi Note 12 Pro.
Design, construção, tela e som
- Dimensões: 163,0 x 76,0 x 8,0 mm
- Peso: 187 gramas
- Tela: OLED de 6,67 polegadas
- Resolução: Full HD (1080 x 2400 pixels), 120 Hz;
O Redmi Note 12 Pro segue as linhas do iPhone, ao trazer laterais e traseira bem retas. A traseira é protegida por um vidro fosco, enquanto as laterais são de plástico. Botões ficam todos no lado direito, e há um conector P2 na parte superior, enquanto na inferior tem uma porta USB-C.
A Xiaomi certificou o aparelho com IP53, que faz dele protegido ligeiramente contra poeira e respingos d’água. Não chega a ser tão resistente quanto celulares com IP68, mas alguma proteção é melhor do que nenhuma.
A tela, que tem 6,67 polegadas, possui um furo na parte superior central para a câmera de selfies. O display tem painel OLED e boa qualidade de exibição, com contraste muito bom, cores precisas e um nível de brilho excelente para usar na rua, mesmo em dias ensolarados.
O sistema de som é estéreo e tem qualidade apenas razoável. Se você gosta de escutar música com boa distinção de agudos e graves, é melhor partir para fone de ouvido ou uma caixinha de som Bluetooth. Para assistir a vídeos de redes sociais ou até streaming, a qualidade é satisfatória.
Configuração, desempenho e usabilidade
- Sistema operacional: Android 12 sob MIUI 13;
- Plataforma: MediaTek Dimensity 1080 (6 nm);
- Processador: Octa-core (2x 2,6 GHz Cortex-A78 + 6x 2,0 GHz Cortex-A55);
- GPU: Mali-G68 MC4;
- RAM e armazenamento: 6/128 GB, 8/128 GB, 8/256 GB, 12/256 GB.
Diferente do Redmi Note 12, o Note 12 Pro tem chip da MediaTek, em vez de um da Qualcomm. Porém, o Dimensity 1080 é mais potente que o Snapdragon 4 Gen 1, e isso faz toda a diferença no uso do dia a dia e, consequentemente, em tarefas mais pesadas.
A pontuação no benchmark não é muito mais alta no Dimensity 1080. Mas eu senti a diferença nos testes, sem engasgos em nenhum momento nem mesmo dos jogos. Subway Surfers e Asphalt 9 rodaram de maneira bastante tranquila, como era de se esperar de um intermediário atual.
O modelo testado no Canaltech é o de menor quantidade de memória. Ou seja, tem 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. Isso significa que, se você optar pela versão mais barata, já terá uma experiência mais que satisfatória para um celular intermediário.
O aparelho chegou com a MIUI 13 sob o Android 12, configuração de sistema no qual foi testado. Há bastante aplicativos redundantes ou até desnecessários instalados já de fábrica, mas isso pode ser por conta da versão ser indiana.
NFC está presente, mas depende da região. O Google Pay veio instalado no Redmi Note 12 Pro testado pelo Canaltech, mas não foi possível configurar para uso no Brasil.
Câmeras
- Principal: 50 MP, abertura f/1.9;
- Ultrawide: 8 MP, abertura f/2.2;
- Macro: 2 MP, abertura f/2.4;
- Selfies: 16 MP, abertura f/2.5;
- Vídeos: até 4K a 30 fps.
A qualidade fotográfica do Redmi Note 12 Pro segue a linha do Redmi Note 12. Ou seja, tem uma boa faixa dinâmica, bom nível de texturas e fidelização de cores razoável. E também precisa ficar ativando o HDR automático dependendo do modo de câmera que você alternar.
A ultrawide já tem qualidade consideravelmente inferior, com faixa dinâmica um pouco menor e menos texturas. As cores também ficam mais saturadas — ou seja, mais intensas. A macro perde ainda mais texturas e definição, mas satura menos as cores que a ultrawide.
O modo noturno muda pouco o resultado final, e por incrível que parece, adiciona uma granulação que seria natural de câmeras fotográficas nestes cenários. Basicamente, ele serve para reduzir tremidos, mas não traz ganho em claridade ou mesmo redução de ruídos.
A câmera frontal entrega boas selfies, especialmente para usar nas redes sociais. O nível de texturas é inferior à câmera principal, mas está dentro da média de celulares intermediários. Faixa dinâmica e cores seguem a linha do sensor de 50 MP.
Neste aparelho, já é possível filmar em 4K. A estabilização é razoável, e fica melhor na câmera frontal do que na principal.
Bateria e Carregamento
- Capacidade de carga: 5.000 mAh;
- Recarga: até 67 W com fio.
Com 5.000 mAh de carga, o Redmi Note 12 Pro tem bateria semelhante à da maioria dos celulares intermediários atuais. Mas os testes conduzidos aqui no Canaltech apontam que a eficiência energética não é um de seus pontos fortes.
Não chega a ser ruim, também. Mas, com uma expectativa de 23 horas de uso normal, o modelo Pro ficou com mais de 4 horas a menos de duração que o Redmi Note 12. Ou seja, não posso garantir que este modelo aguenta mais de dois dias longe da tomada.
Ainda assim, o aparelho tem tudo para ficar um dia inteiro sem precisar de uma recarga, e chegar com uma sobra na hora de você ir dormir. Uma boa estratégia pode ser carregá-lo todos os dias de manhã, antes de sair de casa. Assim, ele deve chegar ao fim do dia com o suficiente para passar a noite, ainda.
- Duração estimada: aproximadamente 23 horas;
- Recarga: cerca de 1 hora.
O carregador de 67 W que acompanha o Redmi Note 12 Pro conseguiu subir a carga de 39% para 88% em 25 minutos. E demorou menos de 15 minutos adicionais para chegar aos 100%. Ou seja, a carga completa será feita em pouco mais de uma hora.
Concorrentes diretos
A Samsung tem um celular com o mesmo Dimensity 1080 presente no Redmi Note 12 Pro: o Galaxy A34. As configurações são bastante semelhantes, sendo que o modelo da sul-coreana tem mais recursos para fotos e vídeos que podem atrair quem prioriza as câmeras. Por outro lado, o da Xiaomi tem recarga muito mais veloz.
A alternativa da Motorola seria o Moto G53, que tem o Snapdragon 480+, cujo desempenho é equivalente ao chip da MediaTek presente no Redmi Note 12 Pro. O restante das configurações também é semelhante, mas o Moto G tem tela IPS LCD.
Falando em preço, Xiaomi e Samsung têm preços mais parecidos, na casa dos R$ 2.600. O Moto G53 foi lançado por R$ 1.800. Todos podem aparecer em ofertas a preços mais baixos, mas isso depende do momento em que você fizer a pesquisa. Aí sugiro ficar de olho no Canaltech Ofertas para não perder o melhor momento de comprar.
Redmi Note 12 Pro: vale a pena?
O Redmi Note 12 Pro é um bom celular intermediário, mas não chama mais tanta atenção quando comparado aos concorrentes. Samsung e Motorola têm opções mais interessantes na mesma faixa de preço — ou até mais baratos.
Fica como opção para quem ainda faz questão da bastante modificada MIUI, que ainda sequer roda por cima do Android 13 neste modelo. Mas, para quem já está acostumado, não deixa de ser uma experiência mais bacana que as outras interfaces.
O alento é que o Redmi Note 12 Pro não é inferior aos concorrentes. Pelo contrário, ele consegue competir em pé de igualdade em fluidez e tem uma boa duração de bateria. E as câmeras são melhores que as da Motorola.
Comparado ao Redmi Note 12, que é uma opção mais em conta da própria Xiaomi, o Pro tem desempenho mais estável, mas a bateria dura menos. As câmeras entregam fotos semelhantes, e a vantagem do modelo desta análise fica para a resolução do vídeo.
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