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Review Amazfit GTS 4 | O Apple Watch da Amazfit

Por| Editado por Léo Müller | 22 de Dezembro de 2022 às 17h06

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Review Amazfit GTS 4 | O Apple Watch da Amazfit
Review Amazfit GTS 4 | O Apple Watch da Amazfit
Amazfit GTS 4

Lançado no Brasil em setembro deste ano junto ao GTR 4, o Amazfit GTS 4 é uma fitness tracker bastante completa com visual elegante. Entre os destaques, temos 150 modos esportivos, o novo sensor BioTracker 4.0, o sistema ZeppOS 2.0 com diversas ferramentas, e bateria para até oito dias de uso normal.

Pelo preço sugerido de R$ 1.149 no Brasil, será que vale a pena comprar o relógio da Amazfit, ou um smartwatch propriamente dito é a melhor opção? Eu analisei o Amazfit GTS 4 por uma semana, e conto o que achei neste review!

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Construção e design

À primeira vista, o relógio da Amazfit lembra muito o Apple Watch, e acredito ser um dos objetivos da marca o aproximar dos relógios inteligentes. A caixa do dispositivo mantém a construção de alumínio e, apesar de ter a mesma tela do antecessor, é um pouco mais pesado.

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No entanto, seu uso no dia a dia continua bem confortável. Só não foi excelente por achar a pulseira pequena para o meu pulso, fazendo com que o relógio ficasse um pouco apertado. A Amazfit bem que poderia enviar uma opção maior na caixa, assim como faz a Fitbit.

A boa notícia é que você consegue trocar a pulseira facilmente devido aos encaixes tradicionais de 20 milímetros (mm). O modelo que testamos veio com uma pulseira de silicone antibacteriano, e não tive problemas ao usá-lo para fazer exercícios.

O GTS 4 traz uma coroa giratória na lateral direita, também semelhante à do Apple Watch, que serve para navegar pelo sistema. O único problema foi que, por colocar o relógio no pulso esquerdo, sempre clicava no botão acidentalmente — acredito que a Amazfit projetou o modelo apenas para pessoas destras.

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Tela

Outra coisa que quase não mudou em relação ao GTS 3 foi a tela, já que traz o mesmo painel AMOLED de 1,75 polegada do antecessor. Para justificar o upgrade, a Amazfit melhorou ligeiramente o aproveitamento da tela, saindo de 72,4% para 72,8% — mas em nada influenciou nada prática.

Embora não tenha mudado muita coisa, o display do relógio continua excelente. A tela grande com poucas bordas é ótima ao navegar pelo sistema, e o nível de brilho tem potência suficiente para tornar a visualização agradável, inclusive em ambientes externos.

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A tela AMOLED do GTS 4 também torna qualquer mostrador (watchface) muito bonito. Há mais de 150 opções disponíveis no aplicativo Zepp, incluindo alternativas animadas e interativas, que exaltam cores vivas ou apenas se aproveitam do painel Super AMOLED para priorizar os tons escuros.

Configurações e desempenho

  • Chipset: não informado;
  • RAM: não informado;
  • ROM: cerca de 2,3 GB disponíveis para armazenamento de músicas em MP3;
  • Sistema operacional: ZeppOS 2.0;
  • 4G/5G: não.

Por dentro, o GTS 4 roda o sistema operacional ZeppOS 2.0, novidade desta geração. Embora a Amazfit não revele o modelo do chipset nem quantidade de memória RAM, o novo SO da marca me pareceu bem mais fluido que as versões anteriores. O visual em si não sofreu muitas alterações, mas agora há algumas personalizações interessantes.

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Por exemplo, o relógio pode alterar o tema dos ícones do sistema, o modo de organização dos aplicativos, e até a tonalidade de cor da tela, tornando-a mais viva ou natural. São poucos acréscimos, porém muito bem-vindos.

Outros recursos foram mantidos, como o suporte à assistente virtual Alexa — funciona precisa e rapidamente, embora o alto-falante não seja dos melhores. Por falar em som, o GTS 4 também traz memória interna para armazenar músicas no formato MP3 e ouvi-las através do relógio.

A quantidade de aplicativos disponível na loja do ZeppOS continua não sendo grande, tendo as já conhecidas ferramentas para lembrar o usuário de beber água regularmente, calculadora, entre outros. De novidade, há apenas um app que promete não deixar você esquecer de alimentar seu bebê.

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Aplicativo Zepp

O aplicativo Zeep, disponível tanto para Android quanto iPhone, também continua muito bom. Ele possui apenas três abas, sendo que a primeira exibe as informações sobre exercícios e saúde. Já a aba “Saúde” exibe metas e mais variedades de treino.

A aba “Perfil”, por sua vez, permite definir a frequência da medição dos batimentos cardíacos, personalizar a ordem dos ícones a serem exibidos no relógio, além de acessar todas as configurações do dispositivo. Tudo é bem simples, e a tradução para o português é bem feita.

Monitoramento de saúde e atividades

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O Amazfit GTS 4 e o GTR 4 estrearam com o sensor biométrico BioTracker 4.0, o qual a Amazfit afirma coletar 33% mais dados que a versão anterior. Eu já tinha gostado bastante do monitoramento de saúde do T-Rex 2, que tem o BioTracker 3.0, então a experiência com o novo continuou ótima.

No dia a dia, pode ser que você não perceba muito, pois as medições de frequências cardíacas, oxigenação no sangue, estresse e sono, são praticamente as mesmas. A diferença, aqui, é a captação mais precisa e sem muitas interferências externas, como suor ou movimentação dos braços.

O novo sensor, aliado aos sensores de aceleração, giroscópio, altímetro, geomagnético e barômetro, suportam mais de 150 modos esportivos, sendo oito reconhecidos automaticamente através do ExerSense; confira quais são:

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  • Esteira;
  • Corrida ao ar livre;
  • Elíptico;
  • Ciclismo ao ar livre;
  • Caminhada;
  • Caminhada indoor;
  • Máquina de remo;
  • Natação em piscina.

Dos quais pude testar na academia, como esteira e elíptico, o ExerSense funcionou muito bem, embora tenha demorado um pouco para reconhecer. Nas atividades ao ar livre, o reconhecimento também teve êxito, e o GPS integrado me mostrou o caminho corretamente no app ZeppOS.

Um recurso interessante do GTS 4 é o reconhecimento automático de treinos de força. Ele consegue identificar uma série de exercícios, a quantidade de repetições, o tempo de descanso entre as séries e, ao final, exibir o grupo muscular que você exercitou.

Autonomia de bateria

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A autonomia de bateria sempre foi um dos pontos altos destas fitness trackers porque não realizam tantas funções inteligentes. O Amazfit GTS 4 tem uma célula de 300 mAh, podendo alcançar até oito dias de uso moderado, ou até quatro dias de uso intenso.

Nos meus testes, consegui números bem semelhantes, o que é ótimo. Com modo Always On Display desligado, brilho automático, monitoramento de batimentos cardíacos a cada cinco minutos, e registrando atividades físicas uma vez por dia, o GTS 4 realmente durou quase uma semana no pulso.

Caso queira uma fitness tracker com mais bateria, recomendo o modelo GTR 4. O relógio é quase idêntico ao GTS 4 em funções, só tem visual redondo e bateria de maior duração.

Concorrentes diretos

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Acho que a melhor alternativa ao GTS 4 é a Mi Band 7 Pro. A pulseira inteligente da Xiaomi não tem visual de relógio tradicional, então pode afastar quem procura um produto mais elegante. Porém, ela é uma fitness tracker acessível e uma das melhores do mercado.

A Mi Band 7 Pro tem tela AMOLED de ótima qualidade, sensor de frequência cardíaca e SpO2, resistência à água, suporte a 117 modos esportivos, e bateria com duração média de 12 dias. Nos nossos testes, somente o monitoramento de sono não foi tão bem. Tudo isso tem um custo de cerca de R$ 350, o que considero excelente.

Vale a pena comprar o Amazfit GTS 4?

Como relógio e fitness tracker, o Amazfit GTS 4 foi a melhor experiência que tive até agora. A tela AMOLED é excepcional, assim como a construção elegante e toda a capacidade de monitoramento de saúde.

No entanto, assim como conclui na minha análise do Amazfit GTR 4, ainda acho que não faz muito sentido gastar mais de R$ 1.000 em um aparelho dessa categoria só pelo design, enquanto temos modelos tão competentes quanto a Mi Band 7 Pro no mercado custando bem menos.

Agora, se você não abre mão do design de relógio, uma opção muito interessante — e mais acessível — é o Amazfit GTS 4 Mini. Minha colega Jucyber analisou o relógio para o Canaltech e o classificou como ótima opção na casa dos R$ 600.