Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Review Amazfit GTR 4 | Continua ótimo, porém ainda limitado

Por| Editado por Léo Müller | 01 de Novembro de 2022 às 11h27

Link copiado!

Review Amazfit GTR 4 | Continua ótimo, porém ainda limitado
Review Amazfit GTR 4 | Continua ótimo, porém ainda limitado
Amazfit GTR 4

O Amazfit GTR 4 é um relógio que promete consertar um dos principais problemas dos smartwathes: autonomia de bateria. Será que ele cumpre o prometido? E no monitoramento de saúde e atividades físicas? A Amazfit nos forneceu uma unidade do GTR 4 para testes e eu conto as minhas impressões neste review!

Continua após a publicidade

Design e construção

O smartwatch Amazfit GTR 4 não mudou muito no design em relação ao GTR 3, algo que não vejo como ponto negativo. O corpo de alumínio permanece, assim como a resistência à submersão em água até 50 metros de profundidade.

As dimensões também não mudaram muito, sendo um pouco mais espesso e apenas 0,2 g mais pesado que o antecessor. Ou seja, ele continua confortável, bonito e aparentemente robusto.

Continua após a publicidade
  • Dimensões: 46 x 46 x 10,6 mm;
  • Peso: 34 gramas;
  • Material: alumínio.

Os dois botões na lateral direita do relógio permanecem, inclusive com um deles trazendo uma coroa giratória. O acabamento está mais emborrachado, trocando o aspecto metálico do antecessor, deixando o clique um pouco mais frágil. Particularmente, preferia o design mais premium do GTR 3.

Tela

  • Tela: 1,43 polegada;
  • Tecnologia do painel: AMOLED;
  • Resolução: 466 x 466 pixels;
  • Densidade de pixels: 326 ppi.
Continua após a publicidade

A tela do GTR 4 continua excelente. O painel AMOLED resulta numa exibição excelente sob qualquer ângulo de visão e ainda oferece ótimos níveis de brilho. O sensor de luz ambiente, por sua vez, se comporta bem em diferentes cenários.

A fabricante oferece, ainda, mais de 200 mostradores para a tela circular do GTR 4, de diversos estilos, cores e formatos — os meus testes, utilizei um watchface na cor preta, pois tira bastante proveito da tecnologia AMOLED.

Configuração e desempenho

Continua após a publicidade

O GTR 4 roda o sistema operacional proprietário Zepp OS com interface semelhante a do Amazfit T-Rex 2. Ou seja, ele é mais esperto que uma smartband comum, como a Mi Band, porém segue menos inteligente que os Galaxy Watch e Apple Watch, por exemplo.

O Zepp OS tem suporte a alguns aplicativos mais simples, como lembrete para beber água, instrutor de exercícios, meditação e afins. Apesar de ter prometido o Spotify na revelação do sistema em 2021, ainda não há previsão de suporte à plataforma de músicas.

Com relação às funções básicas de smartband, entretanto, o GTR 4 realiza quase todas, como controlar reprodução de músicas, criar alarmes, temporizadores, encontrar o telefone caso ele esteja desaparecido em casa, tirar foto, consultar o tempo e até o calendário.

Continua após a publicidade

Uma das atribuições do relógio não funcionou nos meus testes: chamadas Bluetooth — o relógio não conseguiu se conectar ao smartphone para habilitar a tarefa.

Embora o SO ainda esteja longe do esperado para o smartwatch, a interface melhora a cada atualização. Está bem leve, rápida e intuitiva, com menus simples e opções úteis.

Aplicativo Zepp

O aplicativo Zeep, disponível tanto para Android quanto iPhone, também continua sendo destaque. Ele possui apenas três abas, sendo que a primeira exibe as informações sobre exercícios e saúde. Já a aba “Saúde” exibe metas e mais variedades de treino.

Continua após a publicidade

A aba “Perfil”, por sua vez, permite definir a frequência da medição dos batimentos cardíacos, personalizar a ordem dos ícones a serem exibidos no relógio, além de acessar todas as configurações do dispositivo. Tudo é bem simples e a tradução para o português é bem feita.

Acompanhamento físico e de saúde

O Amazfit GTR 4 é equipado com o novo sensor biométrico BioTracker 4.0, que promete ser 33% mais preciso que a geração anterior. Eu já tinha gostado do monitoramento de saúde do T-Rex 2, que tem o BioTracker 3.0, portanto mantenho os elogios nas medições de frequência cardíaca, oxigênio no sangue (SpO2) e níveis de estresse.

O monitoramento de sono também foi muito bom e conseguiu medir, mais ou menos, o horário correto em que adormeci e acordei, além qualificar a respiração, os cochilos durante o dia e os estágios de sono leve, profundo e REM. Além disso, diferentemente do T-Rex 2, curti dormir com o GTR 4 no pulso.

Continua após a publicidade

Com relação ao acompanhamento físico, o GTR 4 tem suporte a mais de 150 modos esportivos, sendo oito deles reconhecidos automaticamente (corrida e ciclismo ao ar livre, esteira, caminhada outdoor e indoor, máquina de remo, elíptico, e natação em piscina).

Um recurso interessante do GTR 4 é o reconhecimento automático de treinos de força. Ele consegue identificar uma série de exercícios, a quantidade de repetições, o tempo de descanso entre as séries e, ao final, exibir o grupo muscular que você exercitou.

Dos quais eu pude testar, como esteira, elíptico, caminhada interna e externa, o GTR 4 funcionou perfeitamente bem. Nos casos de treino em ambientes externos, o GPS integrado também não apresentou problemas ou inconsistências nas rotas, o que é ótimo.

Continua após a publicidade

Bateria e carregamento

O Amazfit GTR 4 promete uma autonomia de bateria de até 14 dias de uso moderado, sete dias de uso intenso, 24 dias no modo economia de energia ou até 50 dias no modo relógio. É claro que o tempo total dependerá da sua utilização, portanto a autonomia pode variar de usuário para usuário.

Nos meus testes, com monitoramento de frequência cardíaca funcionando a cada 5 minutos, brilho automático, sem Always on Display e registrando exercícios uma vez por dia, o Amazfit GTR 4 consumiu 15% em 1,5 dia, o que considero dentro do esperado.

Com relação ao carregamento, temos o tradicional sistema magnético, o mesmo de outros smartwatches e pulseiras inteligentes da Xiaomi. Eu levei cerca de uma hora de meia para carregá-lo completamente, uma duração ok.

Continua após a publicidade

Concorrentes diretos

Talvez o principal concorrente do Amazfit GTR 4 seja o GT 3 porque os dois compartilham de muitos pontos positivos e negativos. Primeiro, eles não são propriamente relógios inteligentes, possuindo as mesmas limitações nos apps suportados e no sistema.

Mas, para usuários brasileiros, considero o Amazfit GTR 4 melhor pela conveniência do aplicativo Zepp, disponível no Android e no iOS de forma fácil. Já o GT 3 é um relógio problemático porque seu software não pode ser instalado na Play Store ou App Store.

Continua após a publicidade

Em outros quesitos, ambos também são bem similares, como na tela AMOLED, na bateria, no design e no desempenho dos sensores. Nos meus testes, no entanto, o GTR 4 funcionou melhor no geral, seja nos exercícios ao ar livre como em ambientes internos. Mas a diferença é bem pequena.

Com relação ao preço, os dois podem ser encontrado na faixa dos R$ 1.500. Dando uma rápida pesquisada no Google, notei que o Amazfit GTR 4 tem maior tendência de caso, podendo chegar a R$ 1.300 em algumas ofertas. O GT 3, por outro lado, oscila normalmente para cima.

Vale a pena comprar o Amazfit GTR 4?

Para mim, smartwatches não muito inteligentes como o Amazfit GTR 4 só valem a pena se você procura um relógio para monitorar suas atividades físicas e, principalmente, tenha bateria grande. Esses são os diferenciais dessa categoria de relógios, pois são produtos ainda dependentes, mas não tanto quanto as smartbands.

O grande problema, para mim, ainda é o preço, pois não vejo muito sentido gastar mais de R$ 1.000 por um relógio que faz praticamente o mesmo de uma smartband, só com um design mais tradicional. Se você não liga para design, uma Mi Band 7 já consegue suprir suas necessidades.

Além disso, se você já quiser algo mais premium e completo, pode ser uma alternativa apostar nos smartwatches de verdade, como o Galaxy Watch 4, que custa até menos que o Amazfit GTR 4.