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Review Kindle Paperwhite 11ª geração | melhorias fazem jus ao preço

Por| Editado por Léo Müller | 03 de Janeiro de 2022 às 09h11

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Review Kindle Paperwhite 11ª geração | melhorias fazem jus ao preço
Review Kindle Paperwhite 11ª geração | melhorias fazem jus ao preço
Kindle Paperwhite (11ª Geração)

Em 2021, a Amazon lançou sua nova geração de e-readers e apresentou ao mercado dois novos modelos dentro da linha Paperwhite: o Kindle Paperwhite e o Kindle Paperwhite Signature Edition.

Essa é a 5ª geração — apesar de a marca inseri-los na 11ª geração — dos populares leitores da linha custo-benefício da marca e eles trouxeram algumas novidades que eram aguardadas pelos usuários e outras que poucos esperavam.

Nesta análise, no entanto, falaremos apenas da versão mais comum: o Novo Kindle Paperwhite. Os avanços apresentados no modelo são bem interessantes e o aproximam cada vez mais da linha premium da marca, mas ainda mantém “um pouco” do preço baixo.

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Dito isso, será que vale o upgrade da décima geração para este novo modelo? Ele está mesmo mais próximo do Kindle Oasis — versão mais premium do e-reader da Amazon? Confira a análise completa e conheça mais sobre o dispositivo

Design e Construção

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O Kindle Paperwhite (11ª Geração) segue a mesma identidade visual da geração passada, com pequenas mudanças que tornam seu visual ainda mais agradável. Temos uma tela maior e bordas menores, características que contribuem bastante para um design mais sofisticado.

Isso também deixa o e-reader com um aproveitamento maior do display em relação ao corpo. Apenas a borda inferior é milímetros maior que a geração passada, enquanto todas as outras foram bastante reduzidas.

As bordas laterais menores não atrapalham, no entanto, em relação ao toque involuntário. Pelo contrário, ainda é possível segurar o dispositivo tranquilamente sem esbarrar na tela e trocar de página, por exemplo.

Caso queira, o usuário ainda pode desativar o controle por toque, mas falarei disso mais para frente.

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Como sempre, o Kindle Paperwhite conta com um acabamento emborrachado na traseira e nas laterais. Isso ajuda bastante a deixar o dispositivo mais preso na mão, sem escorregar da pegada.

Outra novidade bem vinda nessa nova geração é a troca do conector micro-USB — que a marca insistiu por muitos anos — pelo novo padrão USB-C, que segue a tendência de novos dispositivos em várias categorias.

Apesar de só ser necessário carregar a bateria do dispositivo ocasionalmente (uma vez no mês e olhe lá), é interessante ver que o novo Kindle Paperwhite adotou um padrão mais atual. Assim, qualquer carregador e cabo de celular agora é capaz também de carregar o seu Kindle, tornando a experiência bem mais prática.

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O avanço é ainda maior no Kindle Paperwhite Signature Edition que, além do USB-C, ainda tem suporte para carregamento sem fio. Mas não falaremos muito sobre isso por aqui, pois a análise é apenas da versão comum.

Em relação às teclas físicas, o novo e-reader conta apenas com um botão de energia, na mesma posição que a geração passada, ou seja, na parte inferior do dispositivo. Uma luz de LED, também embaixo do aparelho, indica o carregamento quando ele está plugado.

Em peso e tamanho, o novo Kindle Paperwhite também cresceu bastante em relação ao seu antecessor. Agora temos um dispositivo com dimensões de 174 x 125 x 8,1 mm e 205 gramas.

Apesar disso, ele ainda é bem confortável e pesa ainda menos do que celulares grandões, como o Galaxy S21 Ultra e iPhone 13 Pro Max que tem 228 e 240 respectivamente. Isso certamente permite que horas de leitura continuem bem confortáveis.

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Tela

O novo Kindle Paperwhite segue a mesma estética que outros e-reader no que diz respeito à tela. Ele possui um display e-ink — ou seja, de tinta eletrônica — que simula o visual de uma folha de papel normal.

Nessa geração, a Amazon aumentou ainda mais o tamanho da tela do Kindle Paperwhite, que agora conta com 6,8 polegadas e está cada vez mais próximo do Kindle Oasis, dispositivo mais premium da linha que possui um painel de 7 polegadas.

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Em comparação com a geração passada, o aumento é de 0,8 polegadas, já que tanto o Kindle Paperwhite de 2018 quanto o modelo mais básico da série possuem tela de 6 polegadas.

O visor ainda oferece um controle de 24 níveis de brilho. Nessa linha, a companhia ainda estreou um recurso que permite modificar, também, a temperatura da tela.

Com isso, o usuário pode alternar entre uma cor mais puxada para a luz azul — como em outros modelos — ou um tom mais amarelado, ideal para uma leitura noturna, já que reduz o cansaço da vista e atrapalha menos o sono.

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Outro upgrade do novo modelo é a quantidade de LEDs presentes na tela. Antes, a linha Paperwhite contava com apenas 5 fontes de iluminação ao redor do display. Agora, são 17 pontos de luz direto no visor.

Isso é excelente para reduzir tons sombreados. Essa característica — aliada à resistência à água com certificação IPX8 — torna ele um excelente companheiro para ler à beira da piscina.

Experiência de leitura

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A experiência de leitura com o novo Kindle Paperwhite está ainda melhor em relação ao modelo anterior. Agora, além das melhorias citadas a respeito da tela, também temos um sistema mais fluido.

A Amazon destaca que a nova geração é até 20 vezes mais rápida que a passada para mudar páginas ou abrir menus e isso pode ser sentido na prática, com uma navegação mais ágil e agradável em qualquer tela.

Graças a tela com proporção maior, a quantidade de “viradas” de página é mais ocasional, já que o usuário pode ler muito mais antes de precisar avançar no livro. Para quem, como eu, gosta de usar letras menores, a experiência é ainda melhor, já que não perdemos tanto tempo trocando de “folha”.

As bordas mais finas dão um aspecto mais sofisticado ao dispositivo e isso também melhora na hora da leitura.

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Para quem tem mãos maiores ou gosta de segurar nas laterais do leitor, é possível desativar o toque na tela para prevenir toques involuntários. Nesse modo, a troca de páginas é feita apenas ao deslizar para os lados.

Para ativar esse modo, basta tocar na parte superior do display, depois nos três pontos no canto direito e em “Desativar tela de toque”. Para desativar, é só bloquear e desbloquear a tela.

Quem já comprou o Kindle Paperwhite logo nos primeiros dias de venda, provavelmente receberá o dispositivo com o software “antigo”, mas a Amazon já liberou a versão mais recente.

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Ela oferece um visual mais minimalista e organizado para a biblioteca, com menus mais elegantes, tanto na página do livro quanto fora dele.

Assim como nas gerações anteriores, o novo Kindle Paperwhite também conta com um modo escuro. Apesar de a função não impactar na duração da bateria, isso pode agradar a parcela de usuários que prefere ter a página preta com letras brancas.

O modo também é útil para quem é casado e gosta de ler antes de dormir sem incomodar o parceiro, já que a iluminação fica bem mais baixa e não gera tanta claridade no ambiente.

Como dito anteriormente, além do controle de brilho, o novo Kindle Paperwhite conta com um controle de temperatura. O usuário pode selecionar entre 24 níveis, que podem ser gerenciados ao deslizar a tela de cima para baixo, na mesma barra de seleção de brilho.

O leitor digital também oferece um ajuste automático da temperatura, que conta com dois modos. O primeiro requer acesso à localidade do dispositivo e muda a cor ao nascer e pôr do sol. Já o segundo permite definir um intervalo de horário para fazer a alteração.

Caso não queira, naturalmente, é possível deixar tudo manual, para mudar de acordo com a necessidade do usuário e do ambiente.

Ficha técnica

  • Tela: e-ink de 6,8 polegadas
  • Resolução de 300 ppi
  • Retroiluminação com 17 LEDs
  • Armazenamento interno: 8 GB
  • Dimensões: 174 x 125 x 8,1 mm
  • Peso: 205g
  • Conexão: Wi-Fi
  • Formatos de arquivos: Kindle 8 (AZW3), Kindle (AZW), TXT, PDF, MOBI sem proteção, PRC nativo; HTML DOC, DOCX, JPEG, GIF, PNG, BMP
  • Bateria: não informada (duração de até 10 semanas)
  • Certificação IPX8 de resistência à água

Concorrentes Diretos

Há alguns anos, o Kindle enfrentava uma concorrência maior contra aparelhos de outras empresas, como a livraria Saraiva — com o e-reader Lev — e a Kobo, que possui um leitor digital com o mesmo nome.

A Xiaomi, empresa popular no mundo dos smartphones, também surgiu com sua própria aposta — o Mi Reader. No entanto, o dispositivo chinês passou longe de se tornar tão popular como os da Amazon, principalmente no mercado ocidental.

Dessa forma, o novo Kindle Paperwhite é “concorrente” de seus próprios irmãos — o Kindle Paperwhite da geração passada e o Kindle Oasis.

Indiscutivelmente, o Kindle Oasis ainda é a melhor opção para quem não tem medo de desembolsar uma quantia maior. Embora custe entre R$ 1.200 e R$ 1.400, o leitor oferece opções de 8 ou 32 GB de armazenamento interno, controles físicos na borda lateral e um acabamento mais premium, em metal.

A pegada com ele também é melhor, já que ele possui um relevo na parte traseira. Isso permite até que pessoas com mãos menores segurem o eletrônico sem grandes problemas.

A “menina dos olhos”, porém, continua sendo o Kindle Paperwhite e as evoluções na nova geração aproximam ele cada vez mais do modelo high-end. Já desde a geração passada, ele ganhou a mesma resistência à água do Oasis e, agora, uma tela com tamanho mais aproximado.

É fato que o Kindle Oasis possui mais vantagens, como a tela de 7 polegadas iluminada com 25 LEDs e controle de brilho automático. No entanto, quem não for tão exigente neste quesito e quiser pagar bem menos — entre R$ 600 e R$ 700 —, o novo Kindle Paperwhite é uma excelente escolha.

Também é importante frisar que os Paperwhite mais recentes são os primeiros Kindle a contar com carregamento USB-C — coisa que nem o Kindle Oasis possui ainda. Dessa forma, esse é mais um ponto positivo do novo modelo contra o leitor mais avançado da Amazon.

Dito isso, quem já tem um Kindle Paperwhite da geração passada e estiver pensando em fazer um upgrade, vá fundo!

Apesar de o preço ser consideravelmente maior — o antigo era encontrado em uma faixa entre R$ 300 e R$ 500 — os avanços na tela, em processamento e o conector USB-C justificam esse aumento e tornam ele um dispositivo interessante para leitores mais ávidos.

Leitores mais ocasionais, no entanto, talvez achem essas melhorias um tanto desnecessárias e o preço acaba não justificando nada disso. De qualquer forma, a escolha entre os dois modelos (novo e antigo) vai muito do perfil de leitura de cada um.

Novo Kindle Paperwhite: cada vez mais próximo do Oasis

Com o novo Kindle Paperwhite, a Amazon conseguiu corrigir alguns “erros” do passado e abriu mão do arcaico conector micro-USB para carregamento para dar vez ao USB-C — tecnologia mais recente e que é adotada na maioria dos eletrônicos mais atuais.

A companhia também reduziu consideravelmente as bordas do dispositivo, o que deu a ele um aspecto mais premium e agradável. A tela maior — de 6,8 polegadas — está cada vez mais próxima do tamanho visto no Kindle Oasis e isso é excelente para quem via essa vantagem no e-reader mais avançado da marca.

Mas não é só no aspecto visual que o leitor digital viu melhorias — o poder de processamento também está bem melhor. Agora, temos uma velocidade maior para abrir livros, desbloquear a tela ou acessar menus em comparação ao Kindle Paperwhite da 10ª geração.

Outra tecnologia herdada do Kindle Oasis é o controle de temperatura com 24 níveis. Essa função é mais uma adição bem vinda, principalmente para quem gosta de ler durante a noite, com as luzes apagadas.

Ele ainda “peca” por não entregar a ergonomia vista no Oasis, mas é natural que a gigante do varejo norte-americano queira deixar essa característica exclusiva para a linha mais avançada de e-readers.

Com tudo isso, o novo Kindle Paperwhite mostrou uma importante evolução em relação a geração passada. Ele também se posiciona no mercado como um dispositivo essencial para leitores mais ávidos que não querem pagar tanto quanto teriam que pagar no Oasis.